O conceito de sabotagem nos remete à imagem de uma pessoa propositalmente prejudicando a outra, a fim de obter algum ganho com isso. No entanto, há circunstâncias em que nós mesmos nos prejudicamos, em um processo conhecido como autossabotagem.

A autossabotagem se refere a comportamentos derivados de pensamentos e crenças limitantes, possivelmente construídos ainda na infância, que nos impedem de alcançar os nossos objetivos. Sendo assim, é importante que possamos compreender e desfazer essas crenças para destruir os sabotadores que existem nas nossas mentes.

No livro “Psicologia Positiva”, o autor Shirzad Chamine relaciona 10 tipos de sabotadores, ou seja, de comportamentos que conduzem à autossabotagem e ao não alcance das metas do indivíduo. Conhecê-los é a melhor maneira de refletir sobre as suas próprias atitudes e identificar as crenças e ações que precisam ser modificadas. Conheça esses 10 sabotadores na sequência!

1. O crítico

O crítico é considerado o maior e talvez o grande desenvolvedor de todos outros sabotadores. Nesse caso, a pessoa é excessivamente crítica consigo mesma, com os outros e com as coisas em geral, focando muito nos defeitos e pouco nas qualidades. A negatividade é tão forte que pode desencadear processos intensos de medo, ansiedade, desmotivação, raiva, vergonha, culpa, estresse e frustração. Isso compromete a qualidade de vida da pessoa, que desiste das suas metas.

2. O insistente

O insistente é aquele indivíduo extremamente apegado aos procedimentos, métodos e processos para fazer algo. São pessoas perfeccionistas, que querem que tudo saia perfeito, conforme planejado. Todavia, quando a realidade se mostra diferente dos planos, essas pessoas se frustram e não sabem como agir. Elas insistem no mesmo modelo, ainda que ele já tenha se provado ineficaz. Falta a elas a flexibilidade de pensar diferente e de encontrar outras saídas. Por isso, decepcionam-se frequentemente.

3. O prestativo

O prestativo é o indivíduo que tem uma necessidade elevada de ser aceito pelo outro. Ele é dependente da aprovação alheia e acaba pensando mais no outro do que em si mesmo, sendo prestativo para quem precisar. Essas pessoas, contudo, desenvolvem algum receio de ser quem são, de expressar os seus sentimentos/opiniões e de agir da forma como desejam, por medo do que os outros vão pensar. Qualquer tipo de rejeição conduz ao ressentimento e ao desgaste das relações para elas.

4. O hiper-realizador

O hiper-realizador é aquela pessoa que está sempre dependente de bons resultados e de realizações importantes. Para ele, um resultado mediano é motivo de frustração. Se for para tirar nota 9, nem vale a pena fazer a prova. As expectativas desse indivíduo são tão altas que ele fica excessivamente competitivo. Além disso, ele tem uma necessidade de mostrar nas redes sociais, por exemplo, o seu sucesso profissional, como se fosse um atestado de competência. Se perceber que não alcançará um resultado excelente, desiste.

5. A vítima

A vítima é o oposto do hiper-realizador. É aquele indivíduo que está sempre reclamando de algo e culpando fatores externos pelos seus próprios fracassos. Em vez de aprender com os próprios erros e tentar novamente, a pessoa que se vitimiza lamenta e culpa terceiros, o que a impede de refletir e progredir. Alimenta sentimentos negativos e desiste com facilidade das situações, tão logo se mostrem complexas. Tende à depressão, à apatia e ao cansaço frequente.

6. O hiper-racional

O hiper-racional é o indivíduo que vivencia intensamente o seu lado racional, sempre pensando em relações de causa e efeito e calculando com exatidão as consequências dos seus atos. Ele entende os sentimentos como fraquezas e, por isso, evita demonstrá-los. Por isso, pode ser considerado frio, arrogante e excessivamente reservado, afastando as pessoas. Na verdade, pode ser alguém inseguro, que se protege por medo da vulnerabilidade.

7. O hipervigilante

O hipervigilante é o sabotador que está sempre em estado de ansiedade. Isso quer dizer que ele está com frequência pensando nos piores cenários possíveis, ou seja, em tudo aquilo que pode dar errado nos seus planos. Essa pessoa tem dificuldade em pensar naquilo que pode dar certo. Por isso, não consegue relaxar e descansar o corpo e a mente, o que causa desgaste e reduz consideravelmente a energia da pessoa para as suas atividades do dia a dia.

8. O inquieto

O inquieto é aquele sabotador que não sabe para onde vai. Ele começa um plano, depois muda de ideia, abandona uma atividade e inicia outra. Basicamente, ele não reflete antes de agir e, por isso, não planeja as suas ações. Age impulsivamente e desiste também de forma impulsiva. É impaciente e está sempre à procura de paz e alegria, substituindo determinados hábitos por outros, com frequência. Pode ser considerado um indeciso, ou alguém que não definiu claramente os seus objetivos.

9. O controlador

O controlador é um pouco parecido com o hipervigilante, no sentido de que fica bastante ansioso em relação aos seus planos. Esse indivíduo assume as suas responsabilidades, mas tenta controlar tudo, não compreendendo que há fatores da vida que não dependem de nós. Isso o angustia e eleva a sua ansiedade, a sua impaciência e a sua frustração quando as coisas não saem como ele esperava. Com expectativas tão elevadas, também acaba desistindo no meio do caminho.

10. O esquivo

Por fim, o esquivo é o oposto do controlador. É aquele sabotador que foge das responsabilidades e das tarefas difíceis. Prefere permanecer no básico que já domina, ou seja, na zona de conforto, em vez de aprender coisas novas para alcançar resultados mais expressivos. É o típico acomodado, que procura o prazer e que tem tendência à procrastinação das suas obrigações e ao não cumprimento de prazos.

Como lidar com tudo isso?

Para lidar com os seus sabotadores, é importante desenvolver o autoconhecimento para reconhecê-los nas suas atitudes. Depois, é preciso atacar a causa desses comportamentos para desconstruir as crenças limitantes que os originaram. A seguir, é necessário desenvolver novas competências que “desliguem” esse sabotador, como a inteligência emocional, o planejamento estratégico, o controle da ansiedade, a disciplina, a paciência e a persistência.

Por isso, combater a autossabotagem pode ser um processo muito benéfico nas sessões de coaching e/ou de psicoterapia. Como os profissionais dessas áreas são especialistas no comportamento humano, tenha a certeza de que eles podem orientá-lo para neutralizar os seus sabotadores, despertando a sua melhor versão para alcançar os objetivos que você almeja nas diferentes áreas da vida. Nesses casos, saiba que o IBC está pronto para auxiliá-lo, com os melhores profissionais do Brasil!

E você, ser de luz, identifica alguns desses sabotadores dentro de si? O que você tem feito para neutralizar a força deles? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!