A Consciência é a capacidade do nosso Eu de estar ciente do seu próprio Ser e do mundo ao seu redor. Ela possui duas perspectivas, pessoal (Eu) e universal (Unidade), e elas não são excludentes nem pertencentes a dimensões distintas.

A Consciência e o Ser são realidades que não precisam do corpo para existirem. Elas são associadas ao mundo, ao Universo, ao coletivo. Quando acontece a divisão entre Consciência e Ser, o Ser perde, aos poucos, aquilo que o liga às capacidades absolutas da consciência e o contato com sua dimensão Universal.

É essencial que isso aconteça, pois só assim a Consciência em si pode surgir. No começo da vida, o recém-nascido percebe os pais e o mundo como uma extensão dele mesmo.

Podemos entender que o Ser é o todo e o um indivisível. Ele se manifesta para o Universo por meio de suas particulares e individualidades. Isso o torna único em sua essência, mesmo que integrado ao Universo.

A Consciência Universal materializa-se e personifica-se por meio dessa individualidade do Ser. O desenvolvimento máximo da Consciência de si e do mundo torna possível que Ser individualizado seja o espelho do Ser Universal.

Contudo, apesar de individualizado, o Ser deve manter a conexão com a dimensão Universal da consciência e descentralizar-se. Isso que vamos chamar de Consciência do Eu é um estágio para atingir a Consciência da Unidade, também chamada de Consciência Universal.

Dessa forma, o Ser Humano é movido por apenas dois estados de consciência: a Consciência do Eu e a Consciência da Unidade (também chamada de Consciência Universal). Por trás de toda vida humana, de qualquer ação ou escolha de todos nós, seja guerras, tratados de paz, acordos políticos e invasões, casamentos ou rompimentos, está uma dessas consciências e, consequentemente, um Estado Interno.

Todos os sistemas do mundo que nos influencia desde o início de nossas vidas até o fim, não se preocupam com os dois estados de consciência. Eles, pelo contrário, incentivam a competição, o que prejudica o crescimento e a conquista de uma vida plena.

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Quando estamos submergidos somente na Consciência do Eu, estamos voltados para o Ego, para nosso próprio umbigo. Tal atitude só traz mágoa e dor, pois é estar preso a 3 ilusões:

  • A ilusão do Self
  • A ilusão de Separação
  • A ilusão de Liberdade

Quando o indivíduo está preso a essas ilusões, ele experimenta uma fissura entre ele e a divindade na qual ele acredita ou a própria energia Universal. Quando isso acontece, é possível que culpe algo externo por seus fracassos, porém, quando vence, o poder de ter conquistado um objetivo é apenas dela.

As pessoas desconectadas da divindade costumam perceber que a vida está fora de controle, se recusam a se deixar levar pelas águas e culpam a tudo e a todos pelos desafios que a vida apresenta. Elas também apresentam uma tendência a silenciar, à reclusão e a doenças, como depressão e ansiedade.

As três ilusões estão ligadas a uma Consciência do Eu e a um Estado de Sofrimento, pois elas mostram que o Ser não tem a percepção de que o Universo é imprevisível, uma coisa viva em constante mudança.

Outra característica de alguém que está vivendo sob a perspectiva da Consciência do Eu é o estado de obsessão, cuja característica é estar preso à dor, às emoções ruins do passado ou às expectativas do futuro. Isso acontece porque o indivíduo está conectado ao seu cérebro inferior.

Quando não nos damos um tempo, ficamos em silêncio, desconectados de tudo, viramos reféns das nossas emoções negativas, como a raiva, o medo, a culpa, a ganância, a inveja. A vida passa a ser controlada por essas emoções. Quantas vezes você já se viu fazendo algo do qual você se arrependeu? Quantas vezes você já sentiu inveja ou culpa?

A Consciência do Eu é o estado em que criamos problemas e não resolvemos, é a vida em um estado de eterno sofrimento, cheio de frustração, sensação de solidão e estresse. Nos sentimos perdidos e desconectados dos outros.

A raiva e a confusão misturam-se aos nossos ideais e às suas virtudes. Quando um Estado de Sofrimento se mistura com nossos ideais, por mais elevado que sejam nosso patriotismo, o amor incondicional e a honestidade, eles se tornam irrelevantes. Como consequência, prejudicamos a própria causa que buscamos e magoamos as pessoas que amamos.

Existem três caminhos que todos nós tomamos para nos libertar do Estado da Consciência do Eu, estado de estresse ou de sofrimento, e chegar à consciência da unidade:

  1. Acreditar nos Estados de Sofrimento e seguir na dor desses estados;
  2. Tentar escapar do sofrimento e atingir uma alta de dopamina, porém, quando a dopamina se estabiliza, nós nos sentimos vazios e incompletos emocionalmente;
  3. Tentar substituir crenças inconvenientes por ideias e histórias mais convenientes.

Contudo, nenhum desses caminhos tem o poder de tirá-lo do poder gravitacional do sofrimento a longo prazo, pois podemos até sair dele por um tempo, mas logo voltamos à espiral do Sofrimento e das emoções sufocantes habituais.

Precisamos de um poder interno maior capaz de nos levar ao Estado de Beleza Interior e esse poder é a verdade interna. Todo o sofrimento da humanidade é oriundo do pensamento autocentrado obsessivo, que é uma completa preocupação consigo mesmo.

Essa preocupação nos separa do outro. Quando estamos mergulhados no sofrimento, na infelicidade, no estresse, você está apenas preocupado consigo mesmo, com as injustiças que nos atingem, com o prazer que nos é negado, com as oportunidades que não aparecem à nossa porta e com o amor que está afastado de nós. Nesse estado, o pensamento está direcionado apenas ao Eu e não a uma solução dos problemas.

As ações de um Estado de Beleza Interior surgem a partir de um lugar de conexão e não de um ideal. Quando você percebe a fonte de todo o seu sofrimento, você desperta para uma consciência de poder, de conexão, de liberdade e de propósito.

A Consciência da Unidade é o estado de conexão, alegria, amor, compaixão, vitalidade e paixão. Nele, não há um rancor compulsivo do passado ou uma ansiedade quanto ao futuro. É um estado em que nos experienciamos a simplicidade interna e a transparência de uma mente livre. É o estado em que você se conecta com o presente.

É importante que todos nós tenhamos em conta que somos fortes o bastante para melhorarmos a nossa vida e ajudar todos aqueles que estão ao nosso redor.

Níveis da Consciência

A conquista da uma conexão com a Fonte Divina só é possível quando resgatamos e desenvolvemos aspectos mais universais da consciência. Essa compreensão e, consequentemente, despertar da Consciência acontece quando percorremos os sete níveis que a compõem.

1º nível: Consciência limitada (Eu degenerador);

2º nível: Consciência Acusadora (Eu acusador);

3º nível: Consciência criativa (Eu inspirado);

4º nível: Consciência novas perspectivas (Eu tranquilo);

5º nível: Consciência expandida (Eu realizador);

6º nível: Consciência da escolha (Eu satisfeito no nível maior);

7º nível: Consciência Universal (Eu perfeito).

 

1º nível: Consciência limitada (Eu degenerador): O primeiro nível é o do “Eu degenerador” e consiste em um estado de identificação com o Ego. A consciência corresponde à porção da realidade valorizada pelo Ego, que determina valores, desejos e visão de mundo.

A sensação de Ser está associada a uma representação que é originária da personalidade. Como a capacidade de atenção é pobremente exercida, a percepção e a relação com as realidades interna e externa ficam restritas aos limites que o Ego impõe.

2º nível: Consciência Acusadora (Eu acusador): o segundo nível corresponde ao do “Eu acusador”. Quando começamos a ter experiências centrais, surge a possibilidade de perceber outros aspectos em si mesmo e na realidade que ultrapassam os valores do Ego. Isso gera novas referências que devem ser buscadas, aprofundadas e mantidas.

Chamamos esse nível de acusador porque podemos nos voltar para nós mesmos e ser capaz de perceber, de forma clara e, muitas vezes, dolorosa, nossos limites, sono e mecanicidade. Quando nos percebemos restritos a limites e valores, surgem a reprovação e a acusação.

O Ser Humano, nesse nível, tem tendência maior à introspecção, voltando-se para si mesmo para poder se analisar, perceber verdadeiramente suas atitudes, sentimentos e reações.

3º nível: Consciência criativa (Eu inspirado): O terceiro nível é chamado de “Eu inspirado”. Aqui, já podemos perceber o início de uma nova sensação de Ser, pois nos permite contrapor o Ego e seus valores limitados.

Essa reflexão causa Estados mais profundos caracterizados por uma certa plenitude, liberdade e contentamento, como se um mundo novo começasse a se abrir.

Começamos a vivenciar um desapego parcial com relação aos aspectos restritivos ou impositivos do Ego, o que leva a uma diminuição do sofrimento e ansiedade. Conseguimos ser mais criativos no dia a dia, desenvolvemos uma atitude menos mecânica e condicionada, tanto ao percebermos as coisas quanto ao nos relacionarmos com elas.

Harmonia e perspectivas mais universais nascem nesse nível, pois é nele que conseguimos nos desprender das amarras dos hábitos e condicionamentos impostos pelo Ego.

A passagem do 3º para o 4º nível implica em uma mudança profunda em termos de nível de Ser. Contudo, quando vencido esse nível, conseguimos alcançar um novo grau de liberdade.

No 4º nível, presenciamos uma nova perspectiva do que é a Consciência e do que é o Ser, pois os próximos níveis nos afastam de uma concepção de vida ancorada no Ego para se aproximar de uma dimensão com valores centrados mais no coletivo.

A própria individualidade, a essência que temos buscado, começa a ser percebida como parte de um todo maior. A separação entre o que cada um sente Ser e o Ser em si começa a diminuir, dando início a uma nova etapa do processo que culminará com o nível Universal da Consciência

4º nível: Consciência novas perspectivas (Eu tranquilo): O quarto nível é chamado de “Eu tranquilo” por ser um estado mais pleno de ser e viver se torna mais permanente.

Nesse nível, adquirimos uma tranquilidade que tem origem na contemplação de novos propósitos e objetivos. Focamos nossa vida no presente e a sensação de Ser está voltada a uma identidade principal que começamos a desenvolver. Os valores empregados pelo Ego deixam de ser nossa única referência e o Ser se expande em direção a uma natureza mais essencial.

A tranquilidade é a característica principal desse nível, podendo se estabelecer de forma permanente e duradoura, juntamente com a capacidade de enxergar a própria vida e a realidade a partir de um ponto de vista mais amplo, deixando de lado o Ego e sua perspectiva pessoal.

5º nível: Consciência expandida (Eu realizador): o quinto nível é o do “Eu realizador”, no qual o indivíduo é capaz de perceber as necessidades e agir de acordo com o momento, pois somente ao adentrar este nível estamos prontos a deixar para trás todo o mecanicismo ao qual estamos condicionados.

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6º nível: Consciência da escolha (Eu satisfeito no nível maior): O sexto nível é chamado de “Eu satisfeito”, no qual somos capazes de estabelecer uma relação mais direta e constante com uma totalidade.

Não há mais a sensação de isolamento, já que vida representa uma experiência constante de contato com uma dimensão mais Universal. Nasce uma nova forma de compreensão, na qual nos sentimos satisfeitos, pois compreendemos a realidade e a nos mesmos a partir de novos parâmetros e estamos libertos das visões limitadas que caracterizavam nosso modo de ser.

A Consciência apresenta a condição de juntar diversas concepções da realidade e, como consequência disso, o próprio ser percebe a si mesmo num estado mais equilibrado e em harmonia com a realidade. Nesse nível, adquirimos a habilidade de aprender diretamente da realidade, percebendo que, seja o que for que aconteça, a função principal sempre será a busca pelo aperfeiçoamento.

Sentimos, dessa forma, que a realidade não tem que estar de acordo com nossos julgamentos ou demandas que eram impostos anteriormente pelo Ego, mas que ela oferece oportunidades constantes para podermos expandir ainda mais nossa compreensão do mundo e de si.

7º nível: Consciência Universal (Eu perfeito): esse nível corresponde ao “Eu perfeito”, no qual podemos atuar como um espelho no qual a Criação se manifesta. Sua consciência e, portanto, seu Ser estão estabelecidos dentro de um novo patamar ainda mais amplo e permanente.

Nesse ponto, existe um mergulho rumo a um novo Estado de Ser, que reconhece a si mesmo como parte de uma Universalidade. A realização de qualquer trabalho será feita sem que se espere nenhum tipo de pagamento ou retribuição, pois é feito visando um bem maior, Universal, e não uma satisfação pessoal, mas é feito em decorrência de uma compreensão mais profunda do que é a existência e do papel das coisas e de nós mesmos.

No sétimo nível, não há mais separação entre as dimensões pessoais e universais da consciência. O Ser se torna um reflexo do Ser Universal e a Consciência, como uma realidade indivisível e única, utiliza o Ser como um veículo perfeito de expressão e desenvolvimento.

Os níveis da consciência é o caminho que percorremos quando despertamos de uma Consciência do Eu para uma Consciência da Unidade.

Quando começamos a jornada, saímos de uma desconexão completa com a Fonte Divina para chegar a uma transcendência e iluminação sem precedentes. O caminho nos leva a aceitação de nossa própria existência, ao empoderamento de quem realmente e verdadeiramente somos até a destino, que podemos chamar de início de uma vida concepção de vida, no qual atingimos a purificação do Ego e a compreensão de que somos parte de um Universo infinito e abundante.

Despertamos, no começo, a um entendimento de nosso Ser e nossa realidade, passamos por uma compreensão da Experiência sistêmica e, por fim, nos incorporamos a uma experiência de Unicidade e integração com o Universo, na qual existe Amor e Compaixão.

Após a explicação sobre os níveis da consciência, convido você a olhar para si mesmo, para o mais profundo de seu Ser e pergunte-se: em qual nível de consciência acredita estar? Você se sente aberto para caminhar o caminho do Autoconhecimento e da jornada da consciência?

Créditos da Imagem: Por Jacob_09 – ID da foto stock livre de direitos: 368965931