Toda pessoa desenvolve crenças e valores ao longo da vida. Eles são ideias que fazem sentido para nós e que moldam a nossa visão de mundo. Muitas delas nós mesmos desenvolvemos com base em nossas vivências, mas há outras que são implantadas e reforçadas em nós por meio de familiares, amigos, veículos de comunicação e pela cultura da sociedade em que vivemos.
Algumas dessas crenças e valores despertam o que há de melhor em nós e nos impulsionam a sermos pessoas de sucesso, como a ética, a responsabilidade e a disciplina. Contudo, também há crenças negativas, que ao invés de nos impulsionarem, nos prendem e bloqueiam o nosso progresso — as chamadas “crenças limitantes”.
Para saber o que são essas crenças limitantes e como elas podem ser substituídas por crenças mais construtivas, continue a leitura a seguir.
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O que são crenças limitantes?
As crenças limitantes são algumas ideias que nos ensinam ou que nós mesmos desenvolvemos ao longo da vida. Como o próprio nome sugere, elas limitam as nossas atitudes, pois nos levam a crer que a vida parece mais difícil do que de fato é ou que nós somos menos capacitados do que de fato somos.
“Eu nasci pobre e vou morrer pobre”. “Eu não nasci para falar em público”. “Eu não tenho mais idade para isso”. “Não tenho competência para essa profissão”. “Investir é coisa de gente rica”. “Sucesso é coisa de quem tem sorte”. “As pessoas nunca mudam”. Você, em algum momento, já pensou em coisas assim? Essas ideias impõem entraves automáticos em seu cérebro. Quanto mais uma pessoa alimenta essas crenças, mais o cérebro as toma como verdades.
Em consequência disso, o indivíduo deixa de tentar progredir, pois já tem a falha como algo certo e definitivo. Com isso, a pessoa nem ao menos tenta e se permite surpreender com resultados positivos. Esse mecanismo mantém as pessoas presas às suas zonas de conforto — que não são tão confortáveis assim!
O lado bom é que essas crenças podem ser quebradas e substituídas por novos valores, que sejam mais construtivos e edificantes. Quer saber como isso pode ser feito? Então, confira as dicas a seguir.
1. Identifique as suas crenças limitantes
Acima, você já teve alguns exemplos de crenças que limitam os potenciais das pessoas. Agora, reflita sobre as crenças da sua vida, em todas as áreas — vida pessoal, autoestima, relacionamentos amorosos, amizades, família, carreira, aparência física, dinheiro, espiritualidade, saúde etc. Quais são as crenças que você tem em cada uma dessas áreas?
Se desejar, escreva-as num papel. Depois, circule aquelas crenças que você percebe que limitam os seus potenciais. Pense em todas as vezes que você se forçou a fazer algo que não queria, ou que se proibiu de fazer algo que você desejava. Quais são os pensamentos que têm atrasado ou bloqueado o seu crescimento? Identificá-los é o primeiro passo para combatê-los.
2. Apure as origens dessas crenças
Após identificar essas crenças, questione-se: de onde elas vieram? Por que você pensa dessa forma? Quais fatores estão por trás desses pensamentos que colocam tantos empecilhos aos alcances dos seus objetivos?
Podem ser frases que você ouviu de um amigo, conversas que você teve com pais ou professores, discussões que teve com um chefe, brigas que protagonizou com irmãos, experiências negativas que teve na escola ou no trabalho, conflitos motivados por dinheiro, entre outros.
Ainda que acontecimentos passados possam ter produzido ensinamentos valiosos, eles também podem ser fontes de traumas e de crenças negativas. Mas você não precisa acreditar nessas ideias eternamente. É possível superá-las!
3. Entenda que a vida pode ser vista sob diferentes perspectivas
Muitas vezes, crescemos com alguns pensamentos tão enraizados em nosso ser que nem sequer paramos para pensar se eles fazem sentido. Reproduzimos de forma automática aquilo que a vida nos ensinou ou o que ouvimos de pais e professores pelo simples fato de que confiamos nessas pessoas.
Por mais que haja uma relação de confiança, nem sempre aquilo que ouvimos de fato faz sentido. Durante a infância e a adolescência, o nosso senso crítico ainda não está muito apurado, mas na idade adulta teoricamente sim. Portanto, aprenda a questionar esses valores, ideias e pensamentos que as pessoas te ensinaram.
Questione também as conclusões a que você chegou sobre si mesmo. Será que elas fazem sentido? Abra-se ao novo, pois um acontecimento pode ser compreendido de diferentes formas.
4. Invista em autoconhecimento
Quanto mais você conhecer a si mesmo, mais você conseguirá quebrar as crenças limitantes. Por exemplo, se você for capaz de identificar as suas forças e os seus pontos que realmente precisam de desenvolvimento, dificilmente falará frases do tipo: “eu não nasci para ser rico” ou “eu jamais serei feliz no trabalho”.
Pessoas que conhecem a si mesmas determinam objetivos em suas vidas que as aproximam dos seus ideais de felicidade. Portanto, quanto mais você souber quem é, menos dará ouvidos aos pensamentos pessimistas e aos julgamentos que os outros fazem a seu respeito. Leia, medite, reflita sobre as suas emoções e atitudes. Essas são as iniciativas que promovem o autoconhecimento.
5. Desenvolva a sua inteligência emocional
Muitas das nossas crenças limitantes aparecem por conta de sentimentos negativos, como medo, decepção, entre outras questões que estejam mal-resolvidas. A inteligência emocional é uma capacidade que nos permite superar esses eventos passados e lidar melhor com os problemas que ainda estiverem por vir.
Uma pessoa emocionalmente inteligente consegue identificar as suas emoções, investigar as suas causas e administrar a sua intensidade diante dos fatos. Assim, ela permite que identifiquemos os pensamentos que nos fazem mal e as ideias que despertam coragem e autoconfiança. Quanto mais uma pessoa desenvolver essa capacidade, mais ela conseguirá se distanciar de crenças e hábitos nocivos e mais ela desenvolverá novas crenças e comportamentos positivos.
6. Medite para estimular a reflexão
A quebra de crenças limitantes exige de nós um comportamento específico: deixar de conduzir a vida no piloto automático, pausar momentaneamente as tarefas do dia a dia e refletir sobre aquilo que pensamos, sentimos e fazemos. O melhor mecanismo para desenvolver esse comportamento é adquirir o hábito de meditar diariamente.
A meditação consiste em retirar-se para um local tranquilo, encontrar uma posição confortável e apenas permitir que os pensamentos passem pela mente, sem focar em nenhum deles. Prestando atenção numa música, num som ou na própria respiração, o indivíduo consegue obter mais clareza em seus pensamentos e relaxamento, além de deixar de lado, por alguns minutos, as suas preocupações cotidianas. Se desejar, escreva as suas ideias num diário, como observações sobre a sua meditação.
7. Identifique novas crenças para fazer as substituições
Ao adquirir uma postura mais reflexiva e aberta a novos pontos de vista, você conseguirá substituir crenças limitantes por novas formas de pensar. Confira alguns exemplos:
- “Já passei da idade para isso” por “nunca é tarde para fazer o que faz sentido para mim”;
- “Tenho medo de falhar” por “a possibilidade do erro existe, tanto quanto a do acerto”;
- “Eu não sei fazer isso” por “posso perfeitamente adquirir o conhecimento necessário”;
- “Tenho medo de errar” por “errar não é o fim do mundo, mas uma fonte de aprendizado para fazer melhor numa segunda tentativa”;
- “Só tem dinheiro quem tem sorte” por “eu posso trabalhar e aprender a investir adequadamente o meu dinheiro”;
- “Eu vou morrer sozinho” por “posso conhecer várias pessoas e encontrar alguém especial. Se não encontrar, sei que isso não me tornará menos feliz”;
- “Tudo dá errado em minha vida” por “tenho dificuldades como qualquer outra pessoa, mas a forma como eu reajo ao que ocorre em minha vida está sob o meu controle”.
Essa mudança não ocorre do dia para a noite. Ela demanda algum esforço para tirar o pensamento do piloto automático e encontrar novos meios de entender a vida. Isso se faz com reflexão e determinação.
8. Recorra à ajuda especializada
Já que o processo não é assim tão simples, lembre-se de que você sempre pode recorrer ao auxílio de profissionais especialistas na mente e no comportamento humano, se julgar necessário. É o caso dos coaches e dos psicólogos, que estudam profundamente os meios pelos quais as pessoas desenvolvem crenças, valores e hábitos.
Para desconstruir-se e reconstruir-se, é necessária muita reflexão, conversas com alguém de fora da sua vida, exercícios e dinâmicas específicas. Os profissionais da mente conhecem muito bem esse caminho e podem auxiliá-lo nessa jornada. Lembre-se: nunca é tarde para rever os seus conceitos e desenvolver as crenças e os valores mais alinhados com o seu propósito de vida e com a sua ideia de felicidade!
Que as dicas acima sejam capazes de promover uma transformação extraordinária na sua vida e de despertar em você alguém que conquista todos os seus objetivos! Se este artigo fez sentido para você, deixe o seu comentário no espaço abaixo e não se esqueça de compartilhá-lo nas suas redes sociais. Leve esta mensagem transformadora a todos os seus amigos, colegas, familiares e a quem mais estiver necessitado desta mudança!
Imagem: Por Bankrx