O psicólogo estadunidense Daniel Goleman é o responsável pela popularização mundial do termo “inteligência emocional”. Nas suas obras, ele defende que as emoções são aspectos essenciais da vida humana, sem as quais não conseguiríamos viver em plenitude.

No entanto, as emoções não existem apenas para que sejam sentidas, mas também para que sejam interpretadas. Por que as sentimos? O que as causa? Que tipo de resposta devemos ter para que sejamos mais felizes? Questionamentos como esses orientam a chamada inteligência emocional, que é o assunto deste artigo. Para saber mais sobre esse aspecto tão importante, continue a leitura a seguir!

Quem é Daniel Goleman?

Daniel Goleman é um psicólogo e pesquisador de Harvard, além de ser professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Nascido nos Estados Unidos, Goleman também atuou como jornalista científico, tendo contribuído por mais de 10 anos com o New York Times, abordando estudos do cérebro e o comportamento humano.

Somando o seu conhecimento em psicologia com as suas habilidades jornalísticas, Goleman também se tornou escritor de renome internacional. Isso ocorreu quando ele percebeu que os assuntos que tinha a explorar nem sempre se encaixavam nas pautas do jornal. 

A sua principal publicação é “Inteligência Emocional”, de 1995, obra em que explicou o conceito e o tornou mundialmente popular, embora não tenha sido o primeiro a empregar o termo. Além deste, tem mais de uma dezena de livros publicados, sempre focando em educação, psicologia, liderança, ciência, criatividade, transparência e aprendizagem. Em complemento, ainda atua como palestrante sobre essas mesmas temáticas.

O que é a inteligência emocional?

De acordo com Goleman, a inteligência emocional é a capacidade de identificar e reconhecer as próprias emoções, administrá-las diante das situações e lidar com elas da melhor maneira possível. Aliás, no livro “Inteligência Emocional”, o autor defende que o sucesso de uma pessoa depende em 20% do seu QI (Quociente de Inteligência) e 80% do seu QE (Quociente Emocional).

Isso quer dizer que a racionalidade, ainda que importante, não é o único elemento necessário para que uma pessoa alcance os seus objetivos. O equilíbrio, o gerenciamento das emoções, a compaixão e a empatia também são de extrema importância.

Dessa forma, a razão e a emoção não são forças antagônicas, mas aspectos complementares da experiência humana. Por isso, segundo o autor, precisamos utilizar a razão para compreender as emoções, tanto as de nós mesmos quanto as dos outros. Esse é o segredo de uma vida de sucesso.

Quais são as 5 principais habilidades da inteligência emocional?

Para facilitar a compreensão da inteligência emocional, o autor a subdivide em cinco itens conectados e complementares. Assim, uma pessoa emocionalmente inteligente apresenta essas cinco características, que podem sempre ser desenvolvidas ao longo da vida.

1. Autoconhecimento emocional

O autoconhecimento emocional consiste na capacidade que o indivíduo tem de perceber que está tendo uma emoção e de identificá-la. Assim, o primeiro passo para lidar com as emoções é entender quais são elas, quando e como surgem e qual é o seu nome.

Alegria, tristeza, nojo, raiva e medo são as mais básicas emoções humanas. No entanto, há muitas outras que fazem parte da nossa existência, como a inveja, a paixão, a calma, o tédio, a simpatia, a estranheza, entre outras. Muitas delas variam de acordo com o meio e com a cultura em que vivemos. Desse modo, quanto mais conhecermos a nós mesmos, mais facilmente perceberemos qual é a emoção do momento e como lidar com ela.

Nesse sentido, também é importante compreendermos que as nossas emoções não definem quem nós somos. É claro que todos nós temos os traços dominantes da nossa personalidade, mas todas as emoções são passageiras. Não há raiva ou tristeza que dure para sempre. Contudo, se alguma emoção está dominando o seu dia, vale a pena conversar com algum profissional da saúde mental para ver se há algum problema e como resolvê-lo.

2. Administração emocional

Depois de identificar a emoção sentida, é preciso relacioná-la ao evento que a provocou. Por exemplo: se você se sentiu triste, o que foi que causou esse sentimento? Foi algum fator externo ou alguma decepção de você consigo mesmo? É preciso verificar se as emoções identificadas fazem sentido, ou se há a possibilidade de interpretar os acontecimentos de alguma outra maneira. Assim, talvez a situação não seja tão negativa, e exista algum aspecto positivo que você ainda não percebeu.

Por isso, a administração emocional envolve a dosagem dessa emoção. Será que a intensidade daquilo que você está sentindo é proporcional aos acontecimentos? É importante refletir sobre isso.

Dica: evite usar a expressão “controle emocional”. Isso pode transmitir a ideia de repressão, o que não só é inútil, como inclusive agrava a capacidade de administrar o que sentimos com inteligência.

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3. Automotivação

A automotivação ocorre quando uma pessoa direciona as suas emoções, de forma positiva, à realização dos seus objetivos. Seja no âmbito pessoal, seja no profissional, todos nós precisamos de motivação para realizarmos as nossas atividades, o que exige equilíbrio emocional.

Por exemplo: se você está feliz no seu trabalho, é sinal de que está no caminho certo e deve continuar em frente. Em contrapartida, a tristeza ou o estresse podem levá-lo a questionar se fez a escolha adequada ou se é melhor partir para um novo caminho. Isso nos leva a uma importante observação: ter inteligência emocional não significa ignorar as emoções negativas, mas promover algum tipo de mudança nas nossas vidas a partir delas. Dessa forma, encontraremos um estado de maior realização.

Por isso, é importante aceitar que as emoções negativas existem e fazem parte da vida de qualquer pessoa, sem exceção. Não é preciso negá-las ou ter vergonha de senti-las. No entanto, não podemos deixar que elas nos dominem, já que elas servem apenas para que adotemos novos hábitos, que nos conduzam a uma vida mais feliz.

4. Empatia

Como você percebeu na definição de inteligência emocional, esse processo não envolve apenas a identificação das nossas próprias emoções, mas também das emoções do outro. Dessa maneira, uma pessoa emocionalmente inteligente consegue também se colocar mentalmente no lugar do outro, tentando imaginar o que ela sente conforme a situação em que se encontra.

Essa é a definição de empatia, ou seja, compreender e respeitar aquilo que o outro sente. Por exemplo, se você percebe que o seu colega de trabalho está irritado por algum motivo e precisa cobrar-lhe de alguma tarefa, a decisão emocionalmente inteligente seria compreender que ele não está em um bom momento e esperar para fazer a cobrança quando ele estiver mais tranquilo. Portanto, a empatia deve orientar as nossas ações com inteligência diante do outro.

5. Relacionamentos Interpessoais

Por fim, em consequência de todos os pilares acima, a inteligência emocional é uma ferramenta que nos permite construir relacionamentos mais saudáveis com familiares, amigos e colegas de trabalho. Quando administramos as nossas emoções e respeitamos os sentimentos do outro, as chances de criarmos algum tipo de conflito diminuem drasticamente.

Por este motivo, ser emocionalmente inteligente é algo que beneficia todas as esferas da nossa vida: autoestima, saúde mental, vida profissional, relacionamentos amorosos, relações familiares, amizades etc.

Em conclusão, desenvolver a inteligência emocional não é uma tarefa simples, mas também não é algo impossível. São pequenas ações do dia a dia, pautadas em muita reflexão, que nos permitem lidar com os nossos sentimentos de maneira mais saudável e construtiva. É assim, de acordo com Daniel Goleman, que alcançamos os nossos objetivos de vida!

Transformar as emoções em aliadas exige prática, consciência e orientação. Por isso, o DSP oferece todo o suporte necessário para quem deseja evoluir emocional, profissional e pessoalmente. Invista em si mesmo e potencialize a sua inteligência emocional para conquistar mais equilíbrio, propósito e bem-estar. Participe!

FAQ – Perguntas frequentes sobre inteligência emocional

1. O que significa “inteligência emocional”, segundo Daniel Goleman?

Para Goleman, a inteligência emocional é a capacidade de identificar as próprias emoções e as dos outros, compreendê-las e gerenciá-las de modo construtivo. Trata-se de usar a razão e a emoção de forma integrada: reconhecendo os sentimentos, regulando as reações, motivando-se e cultivando a empatia em relacionamentos saudáveis. Na sua visão, essa competência é fundamental para o sucesso pessoal e profissional.

2. Quais são as principais habilidades que constituem a inteligência emocional?

Goleman destaca 5 pilares: autoconhecimento emocional (perceber e nomear os sentimentos), controle ou regulação emocional (lidar com as emoções de forma equilibrada), automotivação (usar as emoções como combustível para agir), empatia (compreender o outro) e habilidades sociais (relacionamentos saudáveis e eficazes). Juntas, essas competências ajudam a administrar os conflitos, tomar decisões mais conscientes e melhorar a convivência.

3. Por que a inteligência emocional é importante para a vida profissional e pessoal?

Porque grande parte da vida é feita de relações, como no trabalho, em casa, com os amigos etc. Desse modo, quem desenvolve a inteligência emocional se comunica melhor, lida com a pressão e os desafios com equilíbrio, entende e acolhe os outros e toma decisões mais acertadas. Isso favorece a produtividade, o bem-estar, boas lideranças, relacionamentos saudáveis e um crescimento sustentável em qualquer área da vida.

4. A inteligência emocional pode ser desenvolvida ao longo da vida?

Sim. Ainda que algumas pessoas tenham inclinações naturais, as habilidades de inteligência emocional podem ser aprendidas e aprimoradas com consciência e prática. O autoconhecimento, a reflexão, a gestão emocional e a empatia são competências cultiváveis. Quanto mais atenção damos às próprias emoções e às relações, mais essa inteligência floresce, contribuindo para uma vida mais equilibrada e plena.