A dependência emocional é bastante nociva, tanto para quem é dependente quanto para aquele que é o alvo da dependência. Assim, um relacionamento que se baseia em constantes exigências por atençãAo não tem como ser saudável. Isso significa que nenhuma das partes se beneficia de tal envolvimento.
Mas o que exatamente é a dependência emocional? Como saber se eu estou em um relacionamento do tipo? Quais são os sinais? Quais são as causas desse problema? O que é possível fazer para resolvê-lo? Confira tudo isso e muito mais na leitura a seguir!
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Afinal, o que é dependência emocional?
Em linhas gerais, a dependência emocional consiste em uma relação em que se tem apego em excesso por outra pessoa. Esse indivíduo a quem é dedicada essa dependência pode ser um familiar, um amigo ou um parceiro amoroso. É mais comum observar esse tipo de dependência nesse último caso, tendo em vista que neles são depositadas mais emoções e sentimentos.
A dependência tende a ser mais presente em relações baseadas em ciúmes e possessividade. Nessa dinâmica de relação, o dependente deseja ser o centro do mundo do outro, chegando a sufocar a outra parte com as suas necessidades e demandas. Normalmente, as partes envolvidas deixam de ter o desejo de ficar juntas, permanecendo no relacionamento por um sentimento de obrigação.
Quais são as características das pessoas emocionalmente dependentes?
Uma pessoa emocionalmente dependente deseja que o tempo livre do outro seja dedicado totalmente a ela. Para conseguir ser o centro das atenções do outro, pode recorrer a chantagens emocionais e manipulações. Assim, é comum que o outro seja levado a desmarcar compromissos com amigos e familiares apenas para passar mais tempo com o dependente emocional.
Além disso, o dependente tende a criticar abertamente as experiências vividas pelo alvo da sua dependência com outras pessoas. Essas experiências são consideradas menos relevantes. Ao perceber que o parceiro tem bons momentos com terceiros, o dependente se questiona por que não é bom o suficiente.
Uma pessoa emocionalmente dependente deseja isolar o alvo dos seus sentimentos. A necessidade de reafirmação dos laços afetivos é uma constante em sua vida. Todavia, é importante ressaltar que nem sempre o dependente tem consciência de que há algo errado com o seu comportamento.
Essa necessidade extrema de atenção pode ser motivada por insegurança ou medo excessivo de perder a outra parte. No entanto, certamente não é um tipo saudável de relacionamento, uma vez que tem por base o sentimento de posse.
Quais são as causas da dependência emocional?
A dependência emocional tem base em uma série de fatores, de modo que é uma condição bastante complexa. Dessa forma, é essencial contar com ajuda especializada para compreender as motivações da dependência. A seguir, vamos pontuar algumas das principais causas.
1. Necessidade extrema de ser amado e valorizado
Geralmente, o dependente emocional tem baixa autoestima e não se valoriza. Dessa forma, o alvo da sua dependência costuma ter a função de preencher esse vazio emocional dela. A outra pessoa passa a ser responsável por completá-la. Entretanto, quando isso não acontece, é natural que o dependente use a persuasão para manter o outro preso a ele. É claro que a necessidade de ser amado é característica de qualquer ser humano, mas aparece de forma exagerada nos casos de dependência.
2. Insegurança demasiada
A extrema insegurança faz com que o dependente acredite que ficará sozinho para sempre se não fizer tudo pelo outro. O dependente não se sente confiante e nem se vê como alguém potencialmente interessante, capaz de iniciar um novo relacionamento se o atual terminar. Torna-se, então, fundamental deixar a outra parte feliz a qualquer custo. Essa busca incessante por manter o outro no relacionamento pode criar relações tóxicas, com abusos emocionais.
3. Necessidade de aprovação social
Você já deve ter ouvido que alguém que já passou de determinada idade “ficou para titia ou para titio”. Dessa forma, uma pessoa que chega a certa idade solteira e sem perspectivas de se casar tende a ser vista como alguém incapaz de ser amado. Em muitos casos, essa pessoa pode entrar em um relacionamento só para atender às expectativas alheias e acaba se tornando dependente. Ela entra na relação apenas para provar às pessoas que não está sozinha.
4. Desvalorização e falta de afeto na infância
Pessoas que sofreram abandono físico ou emocional na infância podem se tornar emocionalmente dependentes quando adultas, devido à insegurança do trauma. Experiências ruins na juventude também podem levar à dependência. Quando aqueles que deveriam amar o indivíduo (a sua família) não o fazem, há a necessidade de compensar isso por meio de outra pessoa. A relação, então, passa a ser uma forma de mostrar a si e a quem não o amou como deveria que a pessoa é capaz de ser amada.
Uma pessoa com esse tipo de trauma pode aceitar ser “amada” por qualquer um que demonstre o mínimo interesse. Assim, pode nascer um apego a um cônjuge ou até a um amigo, fazendo dessa pessoa o centro do seu universo.
Como lidar com a dependência emocional?
Agora que você já compreende os mecanismos e causas da dependência emocional, confira algumas recomendações sobre como lidar com esse problema de maneira eficaz.
1. Reconhecer a dependência emocional
Em primeiro lugar, entenda que a estratégia de tentar satisfazer as suas pendências emocionais por meio de outra pessoa raramente dá certo. Essa busca tende a ser eterna, uma vez que nenhuma outra pessoa pode preencher o vazio emocional de quem depende. O dependente emocional acredita que é impossível viver sem ter alguém ao seu lado, o que reforça o ciclo de dependência. Por isso, o primeiro passo é entender que há uma questão emocional que o impede de viver relações saudáveis.
2. Compreender as origens da dependência
O segundo passo para lidar com a dependência emocional é investigar as suas causas. Conforme citamos, elas podem estar relacionadas a experiências ruins na infância, a uma relação que terminou mal ou até mesmo à falta de afeto por parte dos familiares. Esse processo de autodescoberta exige confrontar questões emocionais profundas e pode ser desconfortável. No entanto, é libertador conhecer essas causas para adotar uma nova perspectiva.
3. Confrontar as suas emoções e limitações
Esse não é um processo fácil, como citamos acima. Ele exige introspecção e o desenvolvimento do amor-próprio. Ao encarar essas questões de frente, o indivíduo começa a identificar as suas limitações emocionais e a trabalhar para superá-las. Isso é crucial para conseguir avançar e se libertar da dependência. É por isso que toda iniciativa que promove o autoconhecimento é muito bem-vinda nesses casos.
4. Libertar-se da dependência
Quando o elo da dependência emocional é quebrado, o indivíduo experimenta a liberdade pela primeira vez. Por mais que essa nova fase possa parecer intimidadora para quem nunca viveu de forma independente, é um passo essencial. É importante desenvolver autoconfiança, reconhecendo que você é interessante e capaz por si só. As outras pessoas podem trazer valor à sua existência, mas, antes disso, você precisa compreender que é um ser humano completo e valoroso, mesmo que esteja sozinho.
5. Transferir a necessidade de amor para si mesmo
Ao deixar de ser dependente emocional, o indivíduo aprende a canalizar a necessidade de amor e atenção para si mesmo, em vez de buscar isso em outra pessoa. Esse processo implica em se tornar o próprio “porto seguro”, ao invés de atribuir esse papel a terceiros. Por isso, é necessário desenvolver a autoestima, identificar as próprias qualidades e valorizar as conquistas individuais.
6. Construir um relacionamento saudável consigo mesmo
Chegar a esse ponto exige reflexões profundas sobre a vida, as emoções e as crenças que precisam ser transformadas. Pode levar um tempo até que o dependente emocional entenda as razões pelas quais deve se valorizar e se amar.
7. Buscar apoio
Se o processo de lidar com a dependência emocional parecer desafiador, buscar apoio em terapia ou grupos de ajuda pode ser um grande passo. Um profissional pode guiar o indivíduo na jornada de autoconhecimento e ajudar a enfrentar as dificuldades emocionais. Coaches e psicólogos podem guiar a pessoa nessa jornada de autoconhecimento, de modo a fortalecer a sua autoestima e a iniciar relações mais saudáveis em todas as áreas da vida.
8. Ter paciência consigo mesmo
A jornada para superar a dependência emocional é longa e pode ser marcada por altos e baixos. Por conta disso, ter paciência consigo mesmo durante esse processo é fundamental, permitindo que o crescimento emocional ocorra de maneira gradual e genuína. A descoberta do autoconhecimento e do valor próprio é lenta, mas muito importante para a preservação da saúde mental e para o desenvolvimento de relacionamentos muito mais felizes.
Concluindo, superar a dependência emocional é um processo desafiador, mas fundamental para o desenvolvimento pessoal. Ao entender as suas origens e trabalhar o amor-próprio, o indivíduo pode libertar-se da necessidade de buscar validação externa. Com paciência e introspecção, é possível construir uma relação saudável consigo mesmo, tornando-se autônomo emocionalmente e capaz de estabelecer conexões mais equilibradas e genuínas com os outros.
E você, ser de luz, já passou por alguma situação parecida? O que fez/faz para superar a dependência emocional? Colabore deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!