O departamento de recursos humanos, o popular RH, é fundamental em toda e qualquer organização, independentemente de seu tamanho ou de seu segmento de atuação. Essa área apresenta diversas funções, de modo que algumas delas são mais burocráticas, enquanto outras são mais voltadas ao desenvolvimento humano e à qualidade de vida no trabalho.

Infelizmente, a realidade é que a maior parte das empresas ainda considera a área de recursos humanos como um simples setor burocrático, que deve cuidar das rotinas de departamento de pessoal. É claro que essas tarefas são importantíssimas para as organizações, mas não são as únicas de responsabilidade do RH.

Esse setor também precisa cuidar do desenvolvimento das pessoas, o que inclui a condução de processos seletivos detalhados, a comunicação interna eficaz, o desenvolvimento de uma política de qualidade de vida no trabalho, as ações de integração, os programas de desenvolvimento e capacitação profissional, o auxílio às avaliações de desempenho, as pesquisas internas de satisfação, e por aí vai.

É por essa complexidade das atividades da área de recursos humanos que algumas das suas funções podem ser descentralizadas, ou seja, atribuídas a outros departamentos e até mesmo terceirizadas a outras empresas que tenham soluções tecnológicas eficazes nesse sentido. Para saber mais sobre o tema, continue a leitura a seguir!

O que é a descentralização do RH?

A descentralização do RH é a atribuição de algumas das suas funções a outros departamentos e a prestadoras de serviços terceirizadas, com tecnologia adequada para cuidar das atividades burocráticas. Até mesmo o próprio colaborador pode, com o auxílio de programas específicos, ter um controle maior de suas horas trabalhadas, salário a receber, férias etc.

Isso quer dizer que a área de recursos humanos está perdendo a sua importância dentro das empresas? De maneira alguma! O processo de descentralização desse setor apenas parte do princípio de que algumas das tarefas mais burocráticas podem ser conduzidas pelos próprios gestores dos outros departamentos, que conhecem de forma mais profunda os seus colaboradores, ou por algum outro membro das equipes.

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Dessa forma, a área de RH pode ser mais bem utilizada. Os seus colaboradores não precisarão passar horas do dia preenchendo solicitações de férias e fechando folhas de pontos. Isso lhes permitirá que se dediquem à área mais humana e menos burocrática da gestão de pessoas — que inclui as atividades já citadas, como os programas de capacitação, as ações de qualidade de vida no trabalho, a comunicação interna, e por aí vai.

Quais tarefas podem ser descentralizadas?

Conforme citamos, as tarefas que podem ser descentralizadas são aquelas mais burocráticas e rotineiras, que ocupam um tempo valioso dos colaboradores do RH. Entre elas, podemos citar: a administração das folhas de ponto, a organização das férias dos colaboradores, os bancos de horas, as avaliações de desempenho, e por aí vai.

A ideia é que o próprio colaborador, ou os gestores dos outros departamentos, possam administrar essas questões, tornando a informação mais acessível e atualizada em tempo real.

No entanto, há tarefas típicas do RH que não podem ser descentralizadas, como as ações de endomarketing, a condução dos processos seletivos, as atividades para melhorar o clima organizacional, as pesquisas de satisfação, a promoção de eventos internos, a comunicação interna, a mediação de conflitos entre colaboradores, enfim, as atividades mais “humanas” e menos burocráticas. Essas devem continuar sob o olhar atento de quem tem formação e experiência no setor.

Como esse processo deve ocorrer?

Basicamente, o processo de descentralização pode ocorrer de três maneiras: por pontas de RH, por empresas terceirizadas e por soluções tecnológicas.

O sistema de pontas de RH ocorre quando os departamentos da empresa elegem uma pessoa da equipe para ser responsável por cuidar dessas questões burocráticas do time do qual faz parte e, depois, enviá-las diretamente ao RH. Essa pessoa deve fechar os pontos do mês dos colegas, organizar as férias da equipe, fazer recomendações de novas contratações, enfim, a parte burocrática. Muitas vezes, essa “ponta de RH” é o próprio gestor, se assim concordar.

A segunda maneira é a terceirização do departamento de pessoal, ou seja, a contratação de uma empresa especializada na realização das atividades típicas desse setor, por meio de soluções tecnológicas. Assim, essa companhia terceirizada poderia fechar as folhas de pagamento da empresa, calcular rescisões, enfim, cuidar da parte “matemática” da área, que não necessariamente precisa ser conduzida por alguém da empresa.

Por fim, existem também soluções tecnológicas que permitem que cada colaborador tenha acesso às suas próprias informações de departamento de pessoal. Estamos falando de programas de computador que permitem que cada indivíduo tenha acesso à sua folha de ponto, ao seu comprovante de pagamentos, ao seu informe de rendimentos, ao seu saldo de férias, e por aí vai. Nesse tipo de plataforma, o próprio colaborador pode fazer solicitações automaticamente, diretamente ao seu gestor, sem o intermédio de um profissional de recursos humanos.

Quais vantagens esse processo oferece?

A descentralização do RH nas empresas oferece muitos benefícios aos profissionais de RH, à empresa como um todo e a cada colaborador, individualmente. Conheça os principais deles na sequência:

  • Redução das atividades burocráticas no departamento de RH;
  • Automatização das solicitações, tornando-as mais práticas e rápidas;
  • Disponibilização da informação a todos da empresa — aos gestores e aos próprios colaboradores;
  • Registro histórico de processos, o que facilita a vida dos departamentos que passarem por trocas de gestores;
  • Consultas em tempo real de solicitações de férias, bancos de horas, folhas de ponto etc.;
  • Autonomia ampliada para o colaborador;
  • Redução de gastos com documentos impressos;
  • Melhor aproveitamento do tempo para os funcionários do RH, que poderão se dedicar às atividades essencialmente “humanas” do departamento, como: processos seletivos, pesquisas de satisfação, políticas de qualidade de vida no trabalho, endomarketing, comunicação interna, programas de treinamento e capacitação, e por aí vai.

Como é possível perceber, a descentralização do RH é um fator que depende da tecnologia, do apoio dos outros departamentos e do desenvolvimento de culturas organizacionais que favoreçam a autonomia dos colaboradores. Há um investimento inicial, mas os ganhos em longo prazo certamente compensam o que foi investido.

E você, querida pessoa, imaginava que o RH tivesse que monitorar tantas funções sob a sua responsabilidade? O que pensa sobre o processo de descentralização de algumas atividades desse departamento? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!