Alimentar-se é um fato tão rotineiro que nós não nos atentamos às emoções e sentimentos que estão atrelados a ele. Nossos hábitos alimentares são resultados de uma série de decisões: O que comer? Quanto comer? Quando comer? Onde comer?
Todas essas decisões são resultados de nossos sentimentos e emoções, dois conceitos frequentemente utilizados como sinônimos. No entanto, eles apresentam algumas diferenças básicas.
As emoções são respostas biológicas e bioquímicas da mente diante de estímulos externos. Elas se fazem sentir fisicamente e geralmente ocorrem de forma mais breve e mais intensa.
Os sentimentos, por sua vez, são as respostas de nossa mente não a estímulos externos, mas às nossas próprias emoções. São sensações internas, de caráter mais suave e duradouro do que as emoções. Os sentimentos são respostas mais profundas, construídas ao longo do tempo, enquanto as emoções são respostas mais imediatas.
Os impactos emocionais sobre a nutrição
Nossas emoções e sentimentos têm um impacto muito grande sobre nossos comportamentos alimentares e sobre nossa saúde de maneira geral. Os alimentos são capazes de nos proporcionar grande prazer, como as massas, os doces e as carnes, por exemplo.
No entanto, também é possível que nós utilizemos as emoções como força motivacional para mantermos o peso, ou mesmo emagrecer. Pensando nos resultados positivos que podemos obter, ficamos muito mais animados para seguir uma dieta com alimentos mais saudáveis e encontrar um exercício físico que seja prazeroso.
É sempre uma questão de ponderar: o que vai me deixar mais feliz? Comer um bolo de chocolate ou me olhar no espelho e ver a forma física com a qual sonhei a vida inteira?
Adotando novos hábitos
Essas respostas emocionais condicionam nossa mente a tomar as decisões de que falamos no início do artigo. Elas determinam suas prioridades: o prazer momentâneo do alimento ou o prazer mais duradouro de um corpo saudável e que aumente sua autoestima.
Portanto, mesmo que às vezes a nossa percepção seja a de que as emoções sempre descontrolam nossas ações, na verdade elas também podem nos impulsionar a adotar hábitos mais saudáveis.
Nas primeiras vezes, comer um vegetal ou ficar 1 hora na academia é bastante difícil. Contudo, conforme associamos essas tarefas a emoções e motivações positivas, fica mais fácil transformá-las em hábitos.
Em contrapartida, em muitos dos casos em que uma pessoa desenvolve compulsão por determinado alimento, também há uma memória emocional envolvida, que pode ser desconstruída.
A boa notícia é que os profissionais da saúde auxiliam os indivíduos a identificarem e administrarem suas emoções diante dos alimentos, comportamentos alimentares e objetivos que desejem atingir, como o emagrecimento. Como sempre, tudo começa com esse despertar da consciência e da inteligência emocional, para que sejamos capazes de tomar decisões mais assertivas.
Cabe a você decidir o que é prioridade para você: os prazeres mais imediatos do doce da geladeira ou os objetivos de longo prazo