Você já esteve endividado? Se nunca esteve, seja grato, pois esse é um dos piores momentos que uma pessoa pode viver. Acompanhar aquela bola de neve financeira crescendo, sem que você possa ganhar dinheiro na mesma proporção para pagá-la é desesperador.
No entanto, nem tudo está perdido. Ainda que a educação financeira seja assunto pouco difundido no Brasil, as pessoas, aos poucos, começam a adquirir e a compartilhar conhecimentos nesse sentido. Acompanhando essa onda de sabedoria para cuidar melhor do seu dinheiro, selecionamos 7 dicas para que você saia do vermelho, ou para que nunca entre nele! Confira.
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1. Faça um levantamento de todas as suas dívidas
O que muitas vezes eleva os nossos níveis de ansiedade é justamente não ter noção do tamanho dos nossos problemas. Por isso, a primeira etapa para que você se acalme e possa sair do vermelho é reconhecer quais são as suas dívidas.
Faça um levantamento de todas elas: cartões, empréstimos, financiamentos, tudo mesmo! Monte uma planilha para registrar todas essas dívidas, incluindo o nome de cada uma delas, o valor devido e os juros cobrados. Montar essa planilha permite que você reconheça o desafio que tem pela frente.
Deixar as informações soltas pela mente apenas aumenta o seu desconforto emocional e não te impulsiona a resolver o problema. Em compensação, quando colocamos as dívidas numa planilha, seja num caderno ou no computador, sabemos tudo o que precisamos enfrentar. Isso o ajudará a organizar-se estrategicamente para quitar cada dívida.
2. Anote todas as suas despesas
Tendo registrado quais são as suas dívidas, é hora de questionar-se: por que elas surgiram? As dívidas geralmente aparecem quando as pessoas gastam mais do que ganham. Por isso, aproveitando que você já está neste momento de colocar a sua vida financeira no papel, é hora de construir mais uma planilha.
Nesse segundo documento, relate todas as suas fontes de renda e todos os seus gastos no período de um mês. Todos mesmo! Plano de saúde, combustível, alimentação, roupa nova, celular, enfim, todas as suas despesas. Depois, compare o valor total dos seus gastos com o valor total dos seus ganhos. Será que essa conta fecha?
Esse acompanhamento deve se tornar um hábito mensal. Somente assim você saberá exatamente como viver dentro dos seus limites. Gastar menos do que ganha é fundamental para evitar novas dívidas e para ter uma reserva de emergência.
3. Encontre possibilidades de economia
Se você identificar que os seus gastos estão muito altos, empatando ou mesmo superando os seus ganhos, você precisará fazer modificações em seu estilo de vida. Impor limites a si mesmo não é uma tarefa fácil ou agradável, mas é um pequeno sacrifício que compensa na realização de grandes sonhos e no simples, porém valioso, fato de não estar endividado.
Quer um exemplo? Leve marmita! Se você gasta em média 20 reais para almoçar nos dias úteis, isso quer dizer que você manda embora 400 reais no mês. Acha pouco? Essa conta fecha em 4800 reais ao fim do ano, o que seria um ótimo salário extra, não é mesmo?
Este é apenas um de vários exemplos de como jogamos o dinheiro fora, sem sequer percebermos. Restaurantes, transporte por aplicativo, perdas de promoções e roupas que usamos uma vez na vida também são exemplos de dinheiro que poderia ser economizado para gastos mais importantes.
4. Crie um fundo de emergência
Quando surge um gasto não planejado, como um conserto de veículo ou uma emergência médica, muita gente se vê sem saída, a não ser pedir dinheiro emprestado para um amigo ou para o banco. É aí que surge o endividamento.
A reserva de emergência, conforme falamos anteriormente, é a salvação dos momentos de crise. Uma pessoa que possui esse fundo financeiro não precisa recorrer a empréstimos para resolver os seus problemas. Por isso, planeje-se para construir esse fundo.
Os especialistas apontam que as pessoas devem ter uma reserva no valor referente a seis meses do seu custo de vida. Isso significa que, se uma pessoa vive com 3 mil reais por mês, por exemplo, ela deve ter uma reserva de emergência de aproximadamente 18 mil reais. Isso é bastante útil no caso de desemprego, por exemplo, pois a pessoa tem seis meses para se recolocar profissionalmente.
Ainda segundo os especialistas, o ideal é deixar esse dinheiro em alguma aplicação de liquidez diária (que você possa retirar no momento em que precisar).
5. Evite os financiamentos
É fato que a maioria das pessoas, quando chega à idade adulta, faz grandes planos: concluir um curso de graduação, adquirir um carro, comprar um imóvel, casar-se, entre outros. A questão é que, nesse início da vida adulta, as pessoas geralmente ainda não têm salários muito altos, o que as leva ao financiamento como estratégia para realizar todos esses sonhos.
O problema do financiamento é que os juros são altíssimos. Assim, a pessoa acaba por pagar o dobro ou o triplo do valor à vista daquele carro ou apartamento. Não seria melhor adiar um pouco a realização desses sonhos, juntar dinheiro e investi-lo corretamente até que você possa pagá-los à vista (ou ao menos parcelá-los pelo menor tempo possível)?
E será mesmo que ter um carro ou uma casa própria são importantes para você? Às vezes, compensa mais ter uma casa próxima de alguma estação do metrô do que gastar com um veículo que precisa de combustível e manutenção frequentemente. Reflita sobre os seus sonhos!
6. Converse com alguém sobre os seus problemas financeiros
Como citado anteriormente, as dívidas são fontes de aflições psicológicas cruéis. Muitas vezes, bate o desespero e parece que a situação não tem mais solução. Uma dica para lidar melhor com os seus sentimentos nesse momento é se abrir com alguém de sua confiança. Mesmo que essa pessoa não tenha nenhum conselho para lhe dar, o simples fato de ser ouvido pode tranquilizar você.
Além disso, quando compartilhamos um problema com alguém, o nosso subconsciente processa essa conversa como um compromisso que fazemos para resolver esse problema. É mais fácil desistir dos desafios da vida quando só nós sabemos deles do que quando os compartilhamos com outras pessoas.
Por isso, relatar os seus problemas a alguém pode ser um fator motivacional interessante para que você se dedique a resolvê-los. Além disso, você terá alguém para apoiá-lo, mesmo que apenas emocionalmente (o que já não é pouco!).
7. Aprenda a renegociar
Se você já está endividado, procure os seus credores para renegociar as suas dívidas. Se você conseguir juntar algum dinheiro, faça uma proposta a eles para que o montante da dívida seja reduzido. Ou, ao menos, peça para que os juros sejam amenizados para que a sua dívida não cresça de forma tão violenta.
Nesse sentido, fique atento aos eventos conhecidos como “feirão limpa nome”, que algumas empresas promovem. Eles são ótimas oportunidades para que você faça uma boa oferta, negocie e saia de lá com um endividamento menor.
A dica é priorizar as dívidas com maiores taxas de juros, já que elas se tornam bolas de neve das quais fica difícil sair depois. Reúna os seus argumentos, estude um pouco de negociação e lute por melhores condições financeiras!
As 7 dicas acima têm um grande potencial para que você não apenas saia do vermelho, como também possa evitar contrair dívidas novamente. Leia-as com atenção, quantas vezes forem necessárias!
Se este artigo foi positivo para você e se você tiver mais dicas com que queira complementar, sinta-se à vontade para deixar o seu comentário aqui embaixo. Além disso, não se esqueça de compartilhar este texto nas suas redes sociais. Nunca sabemos a quem poderemos ajudar com um simples compartilhamento, não é mesmo? Faça a sua parte e vamos todos sair do vermelho!
Imagem: Por Africa Studio
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