As relações humanas podem se resumir a trocas de energias (alma, paixão, entusiasmo, força vital, rancor, remorso, alegria, amor etc.) pois os sentimentos são fluxos de energia que emanam de nós, chega até as pessoas e potencializa com a energia das demais pessoas. Tanto as constelações integrativas quanto os demais processos de Coaching se baseiam em agrupamentos de energias, o que chamamos de “Campo relacional” ou “Zonas de alta frequência”.
Esse campo relacional é gerado pelo estado de atenção focado entre duas ou um grupo de pessoas, em que elas transcendem, falam e sentem. Onde o encontro de duas fontes de conhecimento que se tornam uma terceira fonte maior com a ajuda de um ambiente propício, onde o sujeito “passa a sentir o que o outro sente”. Esse encontro acontece durante cada sessão de Coaching, numa relação sinérgica entre coach e coachee, e acontece de uma forma potencializada quando usamos processos sistêmicos e integrativos.
Evidentemente, quanto maior for à abertura das pessoas, criada por determinada situação, maior é a energia de determinado grupo, e grandes são as possibilidades de mudanças de vida significativas. Planejamentos participativos simbolizam uma ótima oportunidade para exercitar a interação, fazendo com que os participantes interajam muito uns com os outros. Essa interação mencionada cria a possibilidade de encontrar um equilíbrio dinâmico no produto final, seja ele qual for.
O campo coletivo está muito ligado à capacidade que cada indivíduo tem de perpetuar a zona de alta frequência, e isso influencia no trabalho com campos coletivos que se autossustentam depois do breve período de um workshop. A estrada de um negócio rumo à zona de alta frequência muitas vezes exige um trabalho desafiador para romper com padrões disfuncionais que contrariam a natureza da energia.
É no campo relacional que acontece o rapport de alma e que os movimentos de alma das constelações se tornam possíveis. E nesse mesmo campo relacional é provocado o fluxo entre as mentes inconscientes: sinergia. Mente, nesse caso, é metáfora de sabedoria maior.
Dentro de nossos campos coletivos também temos a capacidade de desenvolvermos a inteligência coletiva. Seu cérebro é mais criativo quando todas as suas sinapses estão vivas e interligadas em sua massa cinzenta. Assim como a inteligência organizacional, que também se baseia em caminhos interligados.
Usufruir da inteligência coletiva, dessa força potencializadora, tem mais a ver com formar uma comunidade do que com absorver informações. É um processo social desenvolvido em torno da informação, da participação, da vivência e da troca. Quando compartilham uma experiência de vida, todas as pessoas se sentem ligadas de alguma forma.
A genialidade das práticas sistêmicas e integrativas, como a que usamos no Coaching, não está na estrutura e nem nos processos, mas sim na maneira informal, inconsciente, automatizada e inspirada de como as pessoas somam suas energias em prol de curas, resolução de problemas e insights. Os benefícios de se cultivar uma inteligência coletiva são inestimáveis.
Todos nós podemos colocar nossa energia à disposição dos grupos aos quais pertencemos. Essa interligação acontece com todos nós e se torna mais intensa onde vivemos, trabalhamos e nos divertimos.
Cada novo ser que entra ou que deixa um grupo, modifica a energia do campo relacional. Por isso é tão importante sabermos lidar com nossas relações. Nós mesmos somos campos de energia, cada átomo de nosso ser é carregado de energia, cada célula tem um campo, etc.
Essa energia fica constantemente sendo transmitida por nossos nervos e sinapses. Nas práticas integrativas, é preciso ter consciência das energias que estão sendo movimentadas. Muitas pessoas antes de serem aceitas em um grupo precisam ser trabalhadas individualmente para, só em seguida, entrarem na Zona de Alta Frequência que já está formada.
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