A maior parte das teorias espirituais e religiosas defende que fazer o bem a outras pessoas é um traço de caráter. Elas argumentam que o bem que fazemos aqui é o que salva nossas almas depois da morte. No entanto, você não precisa seguir nenhuma religião para compreender a importância de se fazer o bem, não é mesmo?

O mundo tem quase 8 bilhões de pessoas. Se cada uma pensar apenas no próprio umbigo (como muitos já fazem), a vida em sociedade vai ficar difícil. Por este motivo, o artigo a seguir destaca a importância de se fazer o bem sem olhar a quem e algumas maneiras pelas quais você pode fazer isso. Se você está interessado em ser alguém melhor para si e para outras pessoas, continue a leitura.

Fazer o bem…

Se você observar as pessoas ao seu redor, em sua rua, em seu bairro, em sua cidade, em seu país e no mundo inteiro, você perceberá que todas elas enfrentam desafios. Problemas de saúde, conflitos nos relacionamentos familiares, desemprego, pobreza, fome, violência, guerras, baixa escolaridade, poucas oportunidades de crescimento — estes são apenas alguns dos males que fazem parte da vida em nosso mundo.

Certamente, existem pessoas em situação de vulnerabilidade, que enfrentam problemas mais graves do que as outras. Porém, de um jeito ou de outro, todos têm seus desafios pela frente, incluindo você.

No meio desses 8 bilhões de pessoas, certamente há alguém que pode te ajudar. Você também pode, com certeza, ajudar alguém no meio dessa multidão humana que habita a Terra. Você não precisa acabar com a fome no mundo ou levar a paz ao Oriente Médio, mas se oferecer uma ajuda a um colega de trabalho, visitar um amigo doente ou ouvir o desabafo de um familiar, certamente já estará fazendo o bem.

O grande erro das pessoas é acreditar que a bondade se resume a grandes doações financeiras, o que não é verdade. É claro que, se você tem essa possibilidade, pode fazer essas doações a instituições filantrópicas confiáveis. No entanto, mesmo que você não tenha muitos recursos, pode fazer o bem de muitas outras formas.

… sem olhar a quem

É óbvio que fazer o bem a algum amigo, familiar ou a alguém a quem amamos e estimamos é muito mais fácil. No entanto, quando o assunto é ajudar um completo desconhecido ou mesmo alguém que não julgamos merecedor de nossa ajuda, tudo isso fica mais difícil.

Isso acontece porque, lá no fundo de nosso ser, nós ainda nos preocupamos com a retribuição. Quando eu ajudo uma pessoa, ela poderá me ajudar futuramente, caso eu precise. No entanto, quando alguém ajuda outra pessoa já pensando no que vai receber em troca, estamos falando em troca de favores, e não de uma bondade genuína.

O mesmo se aplica àqueles que fazem o bem, mas estão sempre divulgando tudo aquilo que fazem à procura de holofotes e reconhecimento. Há uma frase popular que diz que “a caridade deve ser anônima, do contrário é vaidade”. Portanto, se você se propuser a ajudar alguém, faça o de coração puro, sem pensar em fama, glórias ou recompensas.

Por fim, não seja muito seletivo quanto às pessoas que “merecem” sua ajuda. Sempre que “olhamos a quem” antes de ajudar alguém, estamos assumindo uma postura de julgadores, como se estivéssemos em posição de superioridade. Será que nós realmente estamos em posição de julgar quem merece e quem não merece o nosso auxílio? Será que nós gostaríamos que alguém fizesse isso conosco?

Aliás, já que o assunto é merecimento, há um provérbio chinês que diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando eu mais preciso”. Isso significa que aquelas pessoas que demonstram antipatia, agressividade ou egoísmo podem estar manifestando esses comportamentos exatamente porque precisam de uma mão amiga. Ajudar essas pessoas certamente não é fácil, mas faz uma grande diferença.

5 sugestões de formas de fazer o bem

Existem infinitas formas pelas quais você pode ajudar alguém. Identificá-las em seu dia a dia exige, basicamente, duas coisas: altruísmo (o oposto do egoísmo, ou seja, compreender que o outro é tão importante quanto você) e empatia (colocar-se no lugar do outro, tentando imaginar o que ele está sentindo e o que poderia facilitar sua vida).

A seguir, você confere 5 sugestões para colocar o altruísmo e a empatia em prática:

1. Ouvir um desabafo

Muitas vezes, tudo o que uma pessoa deseja é ser ouvida. Quando enfrentamos problemas, nem sempre desejamos que alguém faça algo concreto para nos ajudar, mas apenas que nos ouçam. Saber que há alguém disposto a nos ouvir e a entender a nossa situação já é um grande alívio.

Ouvir o que as pessoas têm a dizer e oferecer uma palavra amiga ou um abraço já são formas de fazer o bem. Você não precisa dizer que vai resolver o problema da pessoa, mas apenas colocar-se à sua disposição para o que precisar. Um simples “conte comigo” já deixa a pessoa mais tranquila e confiante.

2. Visitar alguém doente

Todos nós passamos por problemas de saúde física ou psicológica em alguns momentos da vida. Nesses casos, receber uma visita de alguém querido pode transformar nosso dia.

Por isso, se você conhece alguém que está enfermo, ou uma mãe que acabou de dar à luz, por exemplo, pergunte se a pessoa gostaria de receber uma visita. Converse com a pessoa, ofereça uma palavra de motivação para sua recuperação, leve uma comida gostosa, ofereça ajuda para limpar ou organizar a casa. São pequenos gestos que facilitam a vida da pessoa que se encontra debilitada.

3. Ajudar alguém no trabalho ou nos estudos

Você tem algum conhecimento que pode auxiliar outra pessoa? Pode ensiná-la alguma matéria da escola/faculdade ou algum procedimento/ferramenta no trabalho? Está com algum tempinho sobrando enquanto seu colega está super atrasado em seus afazeres? Estão aí excelentes oportunidades de compartilhar seu tempo e seu conhecimento para ajudar alguém.

Dessa forma, você estará ajudando a pessoa a concluir seus estudos, obter boas notas, entregar seus trabalhos a tempo e a progredir na carreira. Numa empresa, por exemplo, o trabalho de uma pessoa sempre afeta, direta ou indiretamente, o desempenho geral da organização. Isso quer dizer que ao ajudar um colega, você está ajudando a empresa como um todo e, consequentemente, a si mesmo também.

4. Ser educado e gentil

Esta quarta dica é tão óbvia e básica que nem deveria aparecer numa lista de sugestões de como fazer o bem. No entanto, precisamos pontuar que existem pessoas incapazes de dizer um “bom dia”, “muito obrigado” e “por favor”. Educação parece ser um comportamento raro atualmente. Não seja mais um dos que tratam os outros sem qualquer consideração.

Além disso, lembre-se de que fazer um elogio a alguém pode transformar consideravelmente o dia dessa pessoa, oferecendo-lhe mais confiança e autoestima. É claro que não devemos associar nossa felicidade às opiniões dos outros, mas é sempre agradável ouvir um “você fez um ótimo trabalho hoje!” ou “você é uma excelente mãe!”.

5. Doar

Por fim, chegamos às doações. Doar roupas, brinquedos, alimentos ou mesmo determinadas quantias em dinheiro a instituições que auxiliam os mais necessitados é uma boa forma de amenizar os impactos da desigualdade que assola nosso mundo.

No entanto, se você não tiver meios de fazer doações materiais, doe seu amor, sua atenção, seu tempo, seu trabalho voluntário. Há muitas pessoas que visitam orfanatos, asilos, hospitais, moradores de rua, entre outros, simplesmente para levar-lhes uma mensagem de apoio e carinho.

Como é possível perceber, o mundo precisa de mais pessoas dispostas a fazer o bem, sem olhar a quem. Isso pode ser feito de diferentes maneiras. Você pode escolher a que fizer mais sentido para você. Apenas não se esqueça de agir com altruísmo e empatia, sem vaidade e sem esperar recompensas. Esse é o grande segredo de uma bondade genuína e sincera.

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