Fé

4Max/Shutterstock Cientistas acreditam que somos programados biologicamente para ter fé. E você?

Contrariando a crença dos ateus ou dos crentes, uma pesquisa realizada pelo Instituto de Saúde dos Estados Unidos (NIH) afirma que a , mais que uma questão espiritual, uma escolha pessoal ou iluminação divina,mas sim faz parte de uma natural propensão biológica que todo ser humano tem de acreditar em algo maior.

Alguns chamam esta representação da sua fé de Deus, Buda, Alá, Davi, Jesus, Krishna entre muitos outros deuses presentes nas mais diversas culturas ao redor do mundo. Porém, ao estudar o funcionamento do cérebro de pessoas que se diziam acreditar numa força superior e que seguiam suas religiões, os cientistas descobriram que a parte da mente e os neurônios ativados neste momento eram os mesmos daquelas pessoas que não acreditavam em nada.

Com isso, os pesquisadores do NIH criaram o que chamaram de “Teoria da Mente”. Na prática, podemos dizer que este conceito poderia ser substituído pela palavra empatia, pois reafirma também a capacidade das pessoas de entenderem umas as outras, colocarem-se no seu lugar do outro e observar o mundo sob a sua perspectiva.

A partir desta conclusão os cientistas começaram a afirmar também que esta capacidade empática é que faz toda diferença para os seres humanos possam se relacionar, expor seus sentimentos e emoções e não ficarem alheios a si, ao outro e ao mundo à sua volta.

Para eles, esta habilidade de coexistir e de crer em algo também foi o que tornou o homem um ser mais sociável, uma vez que em diversas culturas a crença numa deidade sempre foi primordial para que houvesse uma empatia entre as pessoas que levasse ao desenvolvimento de relações interpessoais entre elas.

O Que é a Fé para a Ciência?

Segundo os especialistas, isso é uma prova de que mesmo com todas as evoluções científicas, é da natureza do homem acreditar em algo que está além da sua própria compreensão.  Isso é o que também acredita Justin Barrett, psicólogo, da Universidade de Oxford, que há anos tenta responder a seguinte pergunta – por que algumas pessoas não acreditam em Deus e outras têm plena certeza de sua existência? Hoje ele já tem o que acredita ser a resposta.

Usando o exemplo das crianças e fazendo um comparativo com duas figuras da sua infância – a fada do dente e o Papai Noel, Barrett nos traz a seguinte questão – Por que a crença nestes dois personagens desaparece na infância, enquanto Deus continua vivo em sua vida adulta? Segundo o psicólogo, isto e deve porque a imagem de Deus é mais poderosa e forte, pois diferente dos outros, que só verifica se o dente está debaixo do travesseiro ou que só aparece no natal, ele é onipresente e onisciente.

Portanto, por estar em todos os lugares, saber de tudo o que fazemos e ter um poder supremo sobre nossas vidas, ele existe. “As crianças são propensas a acreditar na criação divina. Já a ideia de evolução não é natural para elas”, afirma o psicólogo.

Por fim, é importante ressaltar que a fé de cada um de nós deve sempre ser respeitada. Muitas das nossas crenças religiosas ou mesmo da falta delas, também pode ser herdadas dos nossos antepassados, o que se mostra na vida adulta por meio da nossa forma de compreender o mundo. Não há certo ou errado, apenas visões diferentes e formas distintas de viver as ideias que as pessoas acreditam.

Eu particularmente tenho as minhas crenças e verdadeiramente respeito às suas e das pessoas à minha volta. Isso, independente de uma religião, faz com que as pessoas alimentem sentimentos, emoções e ações positivas e tenham – compaixão, empatia, amor e possam se relacionar positivamente independente do acreditar em algo ou não. Este respeito é o mais importante!

E você, no que acredita ou não acredita? Comente e compartilhe sua opinião!