Você já se perguntou o que é a felicidade? Será que todo mundo é feliz do mesmo jeito e pelos mesmos motivos ou ela é individual e indivisível?

Para você, a construção de uma família é o começo da felicidade. Para seu vizinho, a casa própria é aquilo que pode proporcionar felicidade. Para sua melhor amiga, é viajar para outro país e conhecer outra cultura. Há muitas outras formas de se alcançar a felicidade, elas são tão variadas quanto o número de pessoas que existem no mundo.

Contudo, há uma semelhança entre todos esses desejos: eles são caminhos e não destino. A maior felicidade está no percurso e não no destino final. Podemos explicar de forma mais detalhada.

Quando conseguimos aquele emprego dos sonhos ou fazer a grande viagem de nossas vidas, você acha que seus objetivos de vida acabaram? Eles estão apenas começando, pois, depois deles, virão outros tantos, pois o Homem é um ser naturalmente insaciável. Se você viver de objetivo em objetivo, será que conseguirá viver a felicidade de forma plena? Será que a felicidade sempre está adiante, em um futuro?

Quando pensamos em felicidade, precisamos ter em mente que ela só existe em um momento presente e não em nenhum ponto no futuro.

Não é possível ser feliz daqui 20 anos, depois de terminar a faculdade, quando nos aposentarmos, quando chegar as férias ou apenas no fim de semana. Esse sentimento de que a felicidade se encontra apenas no tempo futuro pode causar ansiedade e medo de se sentir frustrado, não realizado.

Em contrapartida, é necessário deixar no passado a felicidade já vivida e abrir espaço para novos momentos prazerosos que encham o coração de felicidade. Além disso, o passado sempre pode carregar um sentimento de culpa e arrependimento.

Mas, o que podemos fazer para sermos felizes hoje? Precisamos vivenciar a felicidade como se fosse aqueles remédios a conta gotas. Cada gotinha que cai no copo é um motivo de comemoração e de prazer.

Precisamos tentar viver o presente de forma profunda, apreciar cada momento, sentir cada instante, aprender com cada nossa experiência. Devemos perceber que tudo passa, que não podemos ficar o tempo todo remoendo algo que já passou que não voltará mais.

Como dissemos acima, a felicidade é mais parecida com uma estrada cheia de paradas, partes pavimentadas ou de terra, do que o horizonte distante que cresce à frente. Precisamos viver a felicidade diariamente, perceber que ela está no sol que invade a janela na parte da manhã, no bom café da manhã que você toma, nas pessoas que te cercam…

E, principalmente, em si mesmo. A felicidade nasce e é constante quando aceitamos plena e incondicionalmente a nós mesmos como somos, com nossa Luz e nossa Sombra. É entender que haverá dias em que estaremos com raiva, decepcionados, tristes, cansados, com ciúmes, com inveja, mas eles fazem parte da jornada, assim como os dias felizes, de paz, de bom-humor.

A partir do momento em que entendemos que esses momentos pertencem a uma vida plena, conseguimos desfrutar de cada experiência sem julgamentos ou críticas, pois estaremos mergulhados em um estado de repouso e calma.

Essa aceitação acontece quando criamos uma conexão profunda com a nossa essência e entendemos que somos feitos dessas nuances, das flutuações de nosso eu mais íntimo.

A felicidade não está na casa, nos seus familiares, no seu casamento e nos seus filhos, nas viagens para o exterior ou nos estudos, e sim no seu interior. O mundo exterior apenas vai refletir seu mundo interno. Se o interno estiver em um Estado de sofrimento, nada no mundo exterior vai satisfazê-lo. Contudo, se o mundo interior estiver em um Estado de Graça, não importará a casa em que estiver morando, nem quantas viagens fará por mês… ele estará satisfeito por si mesmo.

Por isso, é importante o reconhecimento e compreensão da nossa verdadeira essência, pois é ela que nos traz a felicidade, a aceitação e o amor direcionado a nós mesmos e aos outros, a celebração de cada momento, tudo convergindo para uma rede de paz e harmonia com o mundo.

 

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