As ondas cerebrais são atividades que ocorrem de forma rítmica no sistema nervoso central. Elas existem em cinco frequências diferentes, que são: Delta (0,5 a 4 Hz), Teta (4 a 8 Hz), Alfa (8 a 13 Hz), Beta (13 a 30 Hz) e Gama (30hz e 70 Hz). Como se pode ver, algumas atuam em uma frequência baixa, enquanto outras são mais altas, e é exatamente essa diferença que torna a combinação entre elas tão harmoniosa.

Neste artigo você saberá mais a respeito das frequências cerebrais e de como elas podem influenciar sensações, pensamentos e emoções, alcançando o perfeito equilíbrio. Continue a leitura e confira!

O que são Frequências Cerebrais?

Na década de 20, mais precisamente entre 1924 e 1929, o psiquiatra alemão Hans Berger realizou o primeiro eletroencefalograma, que é um tipo de exame em que eletrodos são colocados na cabeça de um indivíduo para analisar a atividade elétrica do seu cérebro.

A real intenção de Berger era descobrir a existência da telepatia e, embora não tenha conseguido provar isso, fez outra grande descoberta, de que as ondas cerebrais não são capazes de transmitir informações para o ambiente externo, mas possuem um papel de grande importância internamente, influenciado os estados de consciência. Tanto é que ele comparou o eletroencefalograma a um tipo de “espelho do cérebro”.

Atividades que geram estados como alerta, excitação, sono e variações de humor surgem como resultado de frequências altas e baixas do cérebro. A forma com a qual essas frequências cerebrais variam influencia diretamente no nosso estado emocional, cognitivo e em relação a vários outros estímulos.

5 Tipos de frequências cerebrais e suas funções

Ao longo de um dia inteiro, o cérebro mantém as cinco frequências em funcionamento, diferenciando apenas em relação ao nível de atividade de cada uma. Entender como elas funcionam é importante porque nos permite aprender a regulá-las de modo consciente, como, por exemplo, para controlar um estado de ansiedade, acompanhe!

1 – Delta (0,5 a 4 Hz)

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São as ondas mais lentas, estão associadas ao estado de sonolência profunda e, também, ao efeito de anestesias. Quando um eletroencefalograma mostra que uma pessoa tem picos elevados de onda beta, pode ser um sinal de transtornos de aprendizado e lesões cerebrais.

Já em níveis baixos, pode representar problemas no sistema imunológico e sono deficiente. Em seus níveis normais, as ondas delta representam sistema imunológico saudável, sono eficaz e boa capacidade de aprendizado.

2 – Teta (4 a 8 Hz)

As ondas teta estão relacionadas ao rebaixamento do nível de consciência, dando espaço para a intuição e as conexões emocionais intensas. É um estado em que há grande tranquilidade e contato com o subconsciente e, por essa razão, é bastante utilizado para a aplicação de técnicas de hipnoterapia.

Pessoas com transtornos emocionais, como depressão, geralmente apresentam níveis elevados de ondas teta. Aquelas que possuem questões como ansiedade, descontrole emocional e estresse podem apresentar níveis baixos. Indivíduos com níveis normais, costumam se mostrar criativos, intuitivos e dotados de grande capacidade de se conectarem emocionalmente.

3 – Alfa (8 a 13 Hz)

A frequência alfa costuma ser associada ao processo de meditação, por ser um estado de grande relaxamento, porém sem a presença do sono. Além disso, também está ligada à criatividade e à facilidade de memorização. Uma alta da frequência beta pode resultar em problemas de atenção e falta de energia. Já uma baixa pode ter como resultado episódios de insônia, estresse e ansiedade.

4 – Beta (13 a 30 Hz)

Geralmente, a frequência beta é percebida em situações que requerem atenção, como durante a realização de certas atividades, como dirigir e executar uma tarefa importante do trabalho, por exemplo. O nível baixo de ondas beta pode levar a um estado demasiadamente relaxado, chegando a ser prejudicial. Em níveis normais, promove a concentração e a facilidade para solucionar problemas.

5 – Gama (30hz e 70 Hz)

A mais alta das frequências e a última a ser descoberta por especialistas, a onda gama está relacionada ao processamento de estímulos visuais, auditivos e táteis, sendo, por isso, considerada altamente sensorial. Recentemente, pesquisadores passaram a associar a frequência gama à meditação por ser capaz de gerar um estado de amor profundo e universal. Quando a onda atinge um nível acima de 70 Hz é chamada de supergama.

É a responsável por reconhecer e recriar experiências. Sendo assim, quanto mais forte uma experiência é para uma pessoa, mais alta é a frequência de ondas gama que ela apresenta. Além disso, o nível elevado facilita a lembrança de algo que havia sido esquecido.

A importância de entender o funcionamento das ondas cerebrais

Viu só como é interessante esse universo das frequências cerebrais? Saber mais a respeito delas é mais do que uma simples curiosidade, pois permite que entenda melhor o funcionamento dos seus processos mentais, emocionais e outras funções cerebrais.

Agora que sabe mais sobre o assunto, poderá se observar para identificar seus estados e gerenciá-los através de técnicas, como é o caso da meditação, a prática de atividades físicas, o sono regular e várias outras.

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