Você já se sentiu frustrado? Esse sentimento é muito negativo, pois surge quando a realidade fica abaixo das nossas expectativas ou quando não conquistamos as metas que havíamos definido. O fato é que, infelizmente, nem tudo na vida está sob o nosso controle, de modo que precisamos, desde a infância, compreender que a frustração vai aparecer em alguns momentos.

Mas o que exatamente é esse sentimento? Por que ele surge em nossas vidas pessoais e profissionais? Como podemos lidar adequadamente com essa emoção tão desagradável? Você conferirá as respostas no artigo a seguir. Boa leitura!

O que é a frustração?

A frustração é o sentimento de decepção e impotência que aparece quando as nossas expectativas não são alcançadas ou quando aquilo que esperávamos que ocorresse não acontece. É comum que esses resultados negativos surjam quando não nos dedicamos a eles. No entanto, há muitos casos em que, mesmo que uma pessoa se esforce ao máximo para conquistar o que deseja, ela não alcança o seu objetivo.

Quando isso acontece, podem surgir reações diversas, que incluem a tristeza, a raiva, a decepção, a culpa, a revolta, o desânimo e a incompreensão. Desde a infância, a criança é ensinada que, se esforçar-se bastante, será recompensada. No entanto, há diversos fatores da vida que não estão sob o nosso controle e que podem impedir que essa recompensa apareça. É aí que surge a frustração.

Essa emoção tende a ser mais intensa na infância, pois a falta de maturidade aumenta a revolta, a tristeza e a incompreensão acerca dos fatos da vida. Por isso, é importante que os pais permitam que a criança vivencie essa emoção para que aprenda a lidar com ela. Se a criança for superprotegida nesses momentos, ela não vai aprender a lidar com os fatos e a adaptar-se a diferentes realidades, tornando-se um adulto inflexível e com pouca autonomia.

Contudo, como toda e qualquer emoção, a frustração tem um propósito de existir, que é nos ensinar a moderar as expectativas que criamos, a compreender que há coisas que não dependem de nós e a recomeçar quantas vezes forem necessárias. Aprender com os próprios erros e ser resiliente depende da nossa capacidade de superar a frustração.

4 tipos de frustração

A frustração é um sentimento muito comum, vivido por qualquer pessoa em diferentes fases da vida e em distintos contextos. Na sequência, você conferirá 4 deles:

1. Necessidades não satisfeitas

Na Pirâmide de Maslow, de que já falamos aqui no blog, identificamos que o ser humano precisa satisfazer diferentes necessidades para ser feliz. Essas necessidades são fisiológicas, de segurança, sociais, de autoestima e de autorrealização. Sempre que algo nos impede de satisfazer essas questões, a frustração surge.

Esse é o tipo mais básico de frustração, com o qual lidamos desde cedo. Isso não quer dizer, todavia, que a pessoa deve cruzar os braços e desistir de alcançar o que deseja. Basta que ela tente novamente de um jeito diferente — daí a diferença entre persistir e insistir.

2. Objetivos não alcançados

Além das necessidades básicas, todo indivíduo define para si mesmo objetivos a serem alcançados em diferentes áreas da vida. Estudar, ter um bom emprego, juntar dinheiro, comprar uma casa, encontrar um grande amor, ter filhos, viajar, enfim, todas essas atividades representam objetivos.

Por diversos fatores, nem sempre conseguimos realizá-los, ao menos não no momento em que os desejamos. Há diferentes forças que interferem no alcance dessas metas e que podem nos frustrar. Nesses casos, precisamos recalcular a rota, tentar de novo ou simplesmente redefinir os nossos objetivos.

3. Falta de reconhecimento profissional

O ambiente profissional pode ser particularmente impactante nas frustrações de uma pessoa. Quem é que não se esforçou demais em um projeto e sequer ouviu um “muito obrigado”? Quem é que nunca estudou e fez horas extras para mostrar o seu valor e viu a promoção de cargo ir para outra pessoa?

Quando um esforço não é recompensado da forma que pensávamos que seria lógica e justa, a frustração dá as caras. Quando isso ocorre, podemos nos revoltar, ficar tristes, tentar de novo ou simplesmente partir em busca de uma nova oportunidade, possivelmente em outro lugar.

4. Insatisfação pessoal e amorosa

Além da vida profissional, também podemos nos frustrar na vida pessoal. Isso geralmente ocorre quando percebemos que o carinho, o amor e a consideração que oferecemos aos nossos familiares, amigos e parceiros amorosos não retornam a nós na mesma intensidade.

Quando alguém quebra a nossa confiança, as relações de amizade e de amor podem simplesmente se acabar, gerando a frustração. Ela ocorre porque as expectativas que criamos em relação a essas pessoas não se concretizaram e porque não sabemos se seremos capazes de encontrar novas pessoas especiais em nossos caminhos.

Quais são as consequências desse sentimento?

Na vida, somos orientados a procurar a felicidade desde a infância. A televisão, o cinema, a literatura, as redes sociais, tudo aquilo que está ao nosso redor parece nos estimular a ideia de que devemos estar sempre bem, sorridentes, alegres. No entanto, como seres humanos que somos, precisamos entender que viver assim 24 horas por dia é impossível.

Devemos, sim, sonhar, definir objetivos e lutar para que os realizemos e para que sejamos mais felizes. Contudo, precisamos entender que a vida também é feita de momentos ruins, e está tudo bem. Quem não aceita isso cria expectativas surreais. Quando a pessoa percebe que essas expectativas não serão concretizadas, surgem os sinais mais graves da frustração: tensão, insônia, desequilíbrio emocional, raiva, tristeza, entre outros.

Se esses momentos críticos não forem adequadamente administrados, podem desencadear transtornos da mente, como a depressão e a ansiedade. Nesses casos, o indivíduo começa a ter dificuldade não apenas em alcançar as suas metas, mas até mesmo em realizar as atividades cotidianas, demandando ajuda especializada.

Como lidar adequadamente com as frustrações?

Para que você não sofra de forma tão intensa quando as suas expectativas não forem concretizadas, separamos algumas dicas bastante úteis a serem colocadas em prática diariamente. Confira!

  • Aceite que nem tudo está sob o seu controle;
  • Tente ver as situações sob diferentes perspectivas;
  • Modere as expectativas que você cria, sobretudo em relação a determinados acontecimentos ou pessoas (não seja pessimista a ponto de achar que tudo será um desastre, mas também não se iluda acreditando que tudo será perfeito);
  • Defina prioridades e seja realista nas suas metas de curto, médio e longo prazo;
  • Pratique atividades que lhe despertem prazer para aliviar a tensão e a ansiedade das frustrações;
  • Comemore cada uma das suas conquistas, por menores que sejam;
  • Identifique a origem das suas frustrações para lidar adequadamente com elas e evitar que se repitam.

Como você pode perceber, há diferentes tipos de frustração, que podem afetar as nossas vidas pessoais e profissionais. Nesses casos, o autoconhecimento será a ferramenta essencial para superar essa emoção tão difícil e para que possamos, enfim, desenvolver a resiliência. Se necessário, procure ajuda especializada com coaches e/ou psicólogos.

E você, querida pessoa, consegue identificar as causas das suas frustrações pessoais e profissionais? Como tem lidado com elas? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!