IBCCoaching Os olhos têm muito a dizer sobre nossa verdadeira essência

 

Enquanto uma linha da ciência liderada pelo pesquisador Masataka Watanabe, do Instituto Max Planck, da Alemanha, acaba de descobrir que ver e enxergar são funções cerebrais completamente distintas, outra, liderada por especialistas, avessos a algumas teorias da Programação Neurolinguística, querem destruir o mito de que é possível identificar uma mentira apenas por meio do Movimento Provável dos Olhos.

De acordo com o que sabemos, até então, sobre o MPO, o direcionamento de nossa visão para esquerda, direita, alto ou para baixo corresponde a um determinado tipo de informação sobre nós. Assim, com base nesta ideia, se, por exemplo, uma pessoa movimenta seus olhos olhando para a direita, ela pode estar confabulando uma versão de uma história e tentando esconder a verdade. Será mesmo?

Por outro lado, segundo uma publicação da revista científica PLoS ONE, não seria assertivo dizer que uma pessoa está mentindo simplesmente pelo movimento que seu olhar faz. Veja a figura que ilustra o Movimento “Provável” dos Olhos e entenda qual é a sua lógica:

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Mentira nos Olhos – Mito ou Verdade?

Focados em desmitificar a teoria da Programação Neurolinguística, que defende que é possível identificar uma mentira por meio do nosso movimento ocular, cientistas das Universidades de Hertfordshire e Edimburgo, do Reino Unido, fizeram experimentos para provar que esta ideia não procedia.

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Para isso, os pesquisadores reuniram um grupo de 32 pessoas, sendo todos os componentes destros. Na sequência, eles começaram a observar qual era o movimento dos seus olhos dos participantes quando falavam a verdade e quando mentiam. Ao analisarem os resultados, os cientistas constataram que não havia nenhuma relação com o movimento dos olhos quando os voluntários eram falsos ou verdadeiros em suas opiniões.

Além disso, outro estudo, realizado com 50 pessoas também foi bastante esclarecedor. Nele, o grupo foi divido em duas partes e convidado a assistir e analisar alguns vídeos. Metade foi orientada, segundo as técnicas da PNL, a identificar mentiras por meio dos movimentos oculares e a outra parte não recebeu nenhuma orientação deste tipo.

Contudo, os resultados mostraram que em ambos os grupos não havia uma exatidão na análise que permitisse realmente dizer quem mentia ou não. Ou seja, tanto os que foram orientados com os métodos da Programação Neurolinguística quanto os que não foram não obtiveram respostas conclusivas e significativas que comprovassem que o Movimento Provável dos Olhos fosse realmente assertivo na identificação de verdade ou mentira.

Estas pesquisas nos trazem uma nova dimensão, uma vez que muitos defendem o MPO como um método 100% conclusivo. Entretanto, como podemos perceber, nem tudo que parece é, ou seja, nem sempre o movimento dos olhos indica que estamos mentindo ou falando a verdade. Seria muito pouco até usar apenas uma ferramenta para concluir que alguém é mentiroso ou verdadeiro, não é mesmo?

O que sabemos, pois já foi comprovado na prática, é que a nossa visão está realmente relacionada ao que chamamos de memória de longo prazo, ou seja, às lembranças e aos acontecimentos que vivenciamos. Por isso, muitas vezes, para responder a um questionamento, recorremos a ela para ter as informações que precisamos.

Isso não quer dizer que estejamos confabulando mentiras ou manipulando a verdade, pois se pensarmos no perfil de uma pessoa analista, por exemplo, logicamente ela precisará de um tempo de resposta maior do que de uma pessoa mais comunicadora.

Além disso, sabemos também que nosso cérebro possui a fantástica capacidade neuroplástica, a neuroplasticidade, que permite que áreas diferentes das originais exerçam suas funções. Sendo assim, em determinados momentos, nossa forma de raciocínio pode não seguir o padrão normal e, os nossos olhos podem também tomar direções diferentes daquelas consideradas pela PNL como as certas ou erradas.

As diferentes visões nos trazem reflexões importantes a cerca de quais métodos devemos usar em nosso trabalho diário. Isso é importante para que tanto em nossa atuação como coaches ou especialistas em comportamento humano, tenhamos a lucidez e o bom senso de utilizar ferramentas realmente testadas e comprovadas, e que não deem margem para contestações negativas.

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Quando mais assertiva é a abordagem, melhores são os resultados de quem atende e de quem é atendido.  Fique atento a isso, seja bastante criterioso e busque agregar o maior número de conhecimentos ao que você faz. Conteste, estude, discuta e observe como cada pessoa responde aos diferentes tipos de ferramentas e abordagens.

E lembre-se – suas experiências práticas darão uma excelente base ao seu trabalho, trarão novas informações e ajudarão poderosamente em seu desenvolvimento como profissional e ser humano. Esteja sempre atualizado e busque fontes confiáveis para embasar o seu trabalho junto aos seus clientes.

Por fim, quero ressaltar que mesmo que haja controvérsias em relação ao Movimento Provável dos Olhos é inegável que eles são a janela da alma e tem muito a dizer sobre nós, nossas experiências, memórias, emoções e sentimentos e, creio eu, que na maioria dos casos, revelam muito sobre nós.

Neste sentido, deixo minha reflexão final – e o seus olhos, o que eles têm a dizer?