Encontrar pessoas insatisfeitas com sua forma física é um tanto quanto fácil nos dias de hoje. Sempre ouvimos relatos de alguém sobre ter uns quilos para perder, massa muscular para ganhar ou outros detalhes que deseja mudar. Muitos associam o aumento da insatisfação com o corpo com o surgimento das redes sociais, afinal de contas, basta abrir o Instagram para ver dezenas de fotos de pessoas exibindo seus corpos perfeitos e, para completar, em paisagens paradisíacas, tornando a comparação ainda mais desigual.

O resultado de tudo isso vem em forma de transtornos alimentares, preocupação excessiva com a aparência, dietas mirabolantes, uso de substâncias que prometem transformar o corpo rapidamente e assim por diante. Nem preciso dizer o quanto tudo isso é prejudicial para a saúde, tanto física quanto mental, não é mesmo?

Se você está insatisfeito com seu corpo ou mesmo deseja entender o motivo que leva alguém próximo a se sentir assim, continue acompanhando o artigo e entenda o que precisa ser feito para lidar com tudo isso.

A origem da insatisfação com o corpo

Não dá para saber exatamente de onde essa insatisfação generalizada com o corpo veio, mas certamente os padrões impostos pela mídia têm uma forte influência. E isso já acontecia no passado, antes das redes sociais existirem, através da televisão e das revistas, que exibiam pessoas com os chamados corpos perfeitos, compartilhando dicas de dietas, incentivando os leitores e telespectadores a buscarem aquela mesma forma física e, consequentemente, estimulando a comparação.

Com o surgimento das mídias sociais, mais precisamente do Instagram, os padrões de beleza começaram a ser ainda mais reforçados, principalmente entre os jovens. O agravante se dá pelo fato de que, na internet, há uma maior aproximação entre o usuário e aquele que está compartilhando suas fotos e vídeos, porque são pessoas comuns na maioria das vezes e não artistas de TV vistos como seres inalcançáveis.

Assim, a comparação se torna ainda mais intensa, porque aquela pessoa que está ali, com o celular nas mãos, sente que poderia ter exatamente o mesmo corpo que está vendo, ignorando fatores como: biotipo, recursos para fazer procedimentos estéticos, tempo para se dedicar integralmente aos exercícios físicos, sem contar nos filtros, ângulos favoráveis e possíveis alterações feitas na fotografia.

Comparar a própria vida e o próprio corpo com o que se vê nas redes sociais é o mesmo que comparar os seus bastidores com o palco de alguém. Afinal de contas, no palco mostramos apenas o que é bonito, organizado, agradável, assim como no teatro. Ninguém publica nas redes sociais fotografias das contas que precisa pagar, do próprio corpo em ângulos desfavoráveis e assim por diante. Quando vemos uma pessoa exibindo uma bela forma física na internet, em uma paisagem maravilhosa, não é possível ver o que está por trás daquilo.

Relação entre insatisfação com o corpo e autoestima

É bastante comum vermos pessoas relacionando a insatisfação com o corpo com autoestima e, embora exista essa ligação, é importante ressaltar que se amar vai muito além da forma física. Uma pessoa com a autoestima elevada é aquela que se sente segura sendo quem é, não apenas por sua imagem, mas também por sua inteligência, sua capacidade, seus valores, enfim, sua essência.

Por mais que alcançar a forma física dos sonhos possa fazer bem para o modo como um indivíduo se vê, é preciso que ele aprenda, também, a se apreciar como um todo. Senão, a insatisfação que antes existia em relação ao corpo irá aparecer em outras áreas da vida. Perceba que, em muitos casos, o problema não é exatamente o corpo e sim uma insatisfação generalizada, que surge ora relacionado ao abdômen, ora a uma insegurança profissional ou pessoal e assim por diante.

Se amar é muito mais do que gostar da imagem que reflete no espelho, inclusive acho que, para apreciar o lado externo, é preciso em primeiro lugar acolher e aceitar o lado interno. Lembrando que isso não significa que irá se acomodar e não buscar mudar algo que te incomoda e sim realizar essa mudança por amor e não por raiva de si mesmo.

5 Atitudes para superar a insatisfação com o corpo e aprender a se amar

Mesmo que tenha passado a vida alimentando insatisfações em relação ao seu corpo, saiba que sempre é tempo de melhorar a relação que tem com ele. Através das atitudes a seguir poderá iniciar um processo de mudança e acolhimento.

1 – Ampliar a perspectiva

Para muitas pessoas, a insatisfação corporal é o centro de suas vidas, causando grandes danos à sua paz de espírito e aos seus relacionamentos. Uma maneira de enxergar isso de outra maneira é mudando a perspectiva. Além da sua forma física, o que realmente importa para você? Se este fosse o seu último mês de vida, acha que iria se preocupar com o corpo tanto assim? Faça esses exercícios e mude a importância que dá à sua imagem.

2 – Ser grato ao seu corpo

Você já parou para pensar na máquina fantástica que o seu corpo é? Veja bem, através dele você consegue andar, correr, se alimentar, suportar pesos e realizar mais uma série de atividades incríveis. Apreciar e ser grato por tudo isso também te ajudará a mudar a forma com a qual o vê.

3 – Combater seus pensamentos e não o seu corpo

Geralmente, quando uma pessoa começa a sentir raiva do próprio corpo, tende a lutar contra ele, realizando ações mirabolantes na tentativa de mudá-lo. Que tal fazer diferente e começar a lutar contra esses pensamentos? Questione-se em relação ao motivo que te leva a se sentir assim e trabalhe isso dentro de si.

4 – Inspirar-se em pessoas que amam seus corpos

No início do artigo, falei a respeito da influência das redes sociais em relação à não aceitação do corpo. Sabia que você pode usar essa mesma ferramenta para se inspirar a se amar? Para isso, basta que comece a acompanhar perfis de pessoas que falem a respeito de aceitação corporal e que se mostrem felizes sendo quem são.

5 – Cuidar do próprio corpo com amor

Por fim, lembre-se que aceitar e acolher o próprio corpo não significa deixar de cuidar dele, pelo contrário. Quanto mais amar essa que é a sua casa e onde a sua alma habita, mais motivação terá para se alimentar melhor, praticar atividades físicas, fazer checkups regulares, mas sempre com o intuito de se sentir bem e não de se encaixar em padrões.

A jornalista Daiana Garbin, autora do livro “Fazendo as pazes com o corpo”, tem uma frase bastante interessante sobre o assunto, que diz: “O dia em que você parar de sentir vergonha da sua aparência e de si mesmo, vai conquistar coisas que deixou de buscar por não se sentir adequado”. Pense nisso e aproveite para compartilhar este artigo em suas redes sociais e incentivar as pessoas a se amarem e se aceitarem!

 

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