O jejum intermitente – JI é um estudo atual, um estilo de alimentação no qual a pessoa permanece de 16 a 24 horas em jejum, praticando de 2 a 3 vezes por semana o método, que na verdade consiste numa alteração da fisiologia do corpo. Consiste numa forma de alimentação praticada há séculos e estudos sobre este tipo de jejum já verificaram que ele traz efeitos benéficos à saúde passando pelo emagrecimento até a neurogênese.
Por isso mesmo, embora haja neste momento um foco a mais neste tipo de alteração de fisiologia, o JI pode ser considerado um exercício milenar, praticado há séculos e repassado as novas gerações através do tempo. Neste sentido, é possível reconhecê-lo em práticas religiosas, como o “Ramadan”, o mês sagrado no islamismo, no qual os muçulmanos não ingerem bebidas e alimentos do nascer ao pôr-do-sol, praticando este jejum intermitente por aproximadamente 12 horas. Esse tipo de ritual religioso também pode ser evidenciado no cristianismo, budismo, judaísmo e hinduísmo em dias específicos da semana ou do ano.
Pesquisas sobre o Jejum Intermitente e Alteração de Fisiologia
Dos poucos estudos aplicados in vitro, em animais e em seres humanos, foram detectados inúmeros benefícios desta alteração de fisiologia. O primeiro deles está relacionado ao emagrecimento, no qual a não ingestão de alimentos promove produção de hormônios e, onde nos picos de produção, há queima de gordura e ganho de massa muscular. Além disso, estudos relacionados à sensibilidade à insulina mostraram que este método aumenta tal sensibilização, causando fatores que permitem que mais gordura armazenada esteja disponível para metabolização.
Foi verificado ainda que esta sensibilização pode causar também resistência à falta da insulina, o que pode ser uma proteção contra a diabetes tipo 2. Outro benefício, relacionado à saúde cardíaca, no qual o JI pode reduzir a quantidade de colesterol LDL (o colesterol “ruim”) e também, a redução de marcadores químicos de inflamação, prevenindo contra doenças crônicas.
Quando se trata de reparo celular, a alteração de fisiologia também tem seus benefícios, no qual a prática causa o início de processos de autofagia, onde as células autodigerem proteínas e materiais genéticos defeituosos, velhos e disfuncionais que poderiam gerar um câncer. Além disso, aumenta o estresse oxidativo, um dos principais fatores responsáveis pelo processo de antiaging celular (antienvelhecimento) e prevenção de doenças neurodegenerativas (Alzheimer e Parkinson, por exemplo).
Outros estudos evidenciam que aqueles submetidos ao jejum intermitente possuem um aumento de aproximadamente 37% em sua expectativa de vida. Por fim, porém não o fim, o Jejum Intermitente pode auxiliar na neurogênese e também na sobrevivência neuronal, no qual a prática aumenta a produção de um hormônio que atua no hipocampo, córtex cerebral e tronco cerebral, onde auxilia a manutenção de neurônios já presentes, além de permitir o crescimento e diferenciação de novas redes neurais.
Ainda há muito campo de estudo sobre o jejum intermitente, no entanto, é notório que esta alteração fisiológica no estilo de alimentação está relacionada com benefícios poderosos ao corpo humano. Melhorias essas que estão relacionadas com o aumento da capacidade cerebral, uma vez que o florescimento de novas conexões neurais está conectado à neuroplasticidade, aprendizagem acelerativa, ao self empowerment e muito mais.
Portanto, o jejum intermitente, além de despertar mudança fisiológica no corpo humano, estimulando o rearranjo do material genético num processo de ressignificação e propiciando uma transformação permanente, traz ricos benefícios à saúde.
Como a Alteração Fisiológica Acontece em meus Treinamentos
Sempre acreditei que para passarmos por qualquer processo de mudança e transformação é necessário não apenas modificar a mente, mas também reprogramar nosso corpo por meio de alterações fisiológicas como o jejum. Por isso, é natural que durante meus treinamentos, mesmo havendo toda uma estrutura com alimentos frescos, gostosos, servidos em horários determinados e sempre disponíveis a todos, que meu grupo de alunos, por estar totalmente em flow e conectado com os aprendizados, passe horas e horas numa espécie de jejum intermitente, ou seja, sem nem mesmo perceber que horários de almoço, lanche ou jantar já passaram há tempos. Sim, isso é possível!
Dentro da Programação Neurolinguística, abordagem que também dá base a todo o trabalho que eu faço, além dos princípios da Repetição, Modelagem também se destaca a Meditação, que é um estado de atenção concentrada onde nos desligamos do “tempo real” e a passamos a criar um espaço para a criação de atemporalidade naquilo que estamos fazendo.
Não por acaso, quando estamos em estado de flow deixamos inclusive de nos alimentar, pois estamos tão profundamente conectados ao que estamos fazendo, que o tempo passa a ser uma grande metáfora, ou seja, de certa forma ele deixa de existir, assim como a fome, a sede e tudo mais que envolve nossas necessidades fisiológicas.
Podemos concluir que esta alteração fisiológica também é uma forma de jejum intermitente praticado de forma inconsciente, que faz parte de minhas formações e serve como base para a reprogramação mental e os aprendizados proporcionados pelos ensinamentos que compartilho. Maravilhoso!
E você, o que acha do jejum intermitente e das alterações fisiológicas que ele traz? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe sua opinião sobre o assunto!