Todo desempenho, ou performance depende de três elementos principais:
-
-
Contents
Habilidades
-
Interesses
-
Conhecimento
-
Nossas habilidades ditam nossas particularidades, aquilo que faz de nós seres únicos. Muita gente sabe dar aula, mas a sua aula só você é capaz de dar; a mesma coisa com a comida, embora muita gente cozinhe bem, cada pessoa tem sua energia no alimento. E há outras pessoas que fizeram licenciatura, mas não sabem dar aula e outras pessoas que simplesmente não sabem cozinhar. Conhecer nossas habilidades e ter foco nelas melhor nossa performance.
Nossas áreas de interesse também nos motivam. Nossa performance melhora quando estamos atuando em áreas que são de nosso interesse pessoal, isso gera prazer e a sensação de prazer gera aumento da produtividade.
Mas mesmo que tenhamos determinadas habilidades e muito interesse em determinada área, nada será mais definidor de uma performance acima da média que o conhecimento que temos sobre o campo de atuação em que estamos trabalhando.
O conhecimento é fruto de uma série de conexões entre todos os nossos conhecimentos. Conhecer mais significa ter mais possibilidades de fazer ligações entre esses conhecimentos. É isso que potencializa nossa inteligência.
Mas como o cérebro consegue fazer essas conexões? Como um conhecimento sai do mundo e entra em nós? Há centenas de teorias e pesquisas na área do conhecimento. Os educadores, psicólogos e neurocientistas têm nos dado informações importantes todos os dias, mas aqui falaremos apenas de conceitos que possam ser observáveis e aplicados por qualquer leitor leigo.
Veja, por exemplo, os quatro estágios da competência, eles têm uma ligação direto com o saber e a consciência do saber. Esse Processo que vai desde quando recebemos uma informação até que ela se torne um conhecimento por meio dos quatro estágios da competência:
-
Incompetência inconsciente: não sabe que não sabe
É um estágio em que não nos damos conta de que somos ignorantes em tal assunto, porque talvez o assunto ainda não tenha tido relevância na nossa vida ou ainda por ser algo totalmente novo que aparentemente seja fácil. Em outras palavras, é a fase do “acha que sabe”. Todos estão dividindo tarefas para uma festa. Alguém pergunta: quem pode fazer os docinhos? Então você se candidata pensando “não deve ser tão difícil assim”. Ao fazer os brigadeiros e oferecer para alguém provar, descobre que “não sabia que não sabia”.
Em todo caso, sempre aprendemos também por tentativa e erro. Geralmente, quando pensamos que conseguimos realizar alguma coisa, somos ignorantes quanto a nossa incompetência em certas áreas. Para passar à próxima fase, é preciso ser sensibilizado o suficiente.
-
Incompetência consciente: sabe que não sabe
É o estágio em que descobrimos e aceitamos que não sabemos, mas isso não é tão simples. Nem todos aceitam bem que não sabem de algo. No exemplo do brigadeiro, pode ser que a pessoa não aceite tão bem o feedback e revide, dizendo que o seu doce está maravilhoso e quem está provando não sabe o que é bom. Pode ser, inclusive, que essa pessoa nunca aceite que não sabe.
A consciência da incompetência para fazer algo é o passo primordial para a aprendizagem. Sem reconhecimento da ignorância jamais haverá evolução intelectual. Por isso, aceitar que não sabe; trazer a incapacidade, a inabilidade e a falta de conhecimento para o campo da consciência é essencial. A postura correta é: “realmente não consigo fazer isso, vou aprender”.
-
Competência consciente: sabe que sabe
É o estágio em que, após o processo de aprendizagem, tomamos consciência de que sabemos/conseguimos algo. Depois de uma boa aula com uma professora, aprendemos a fazer um belo brigadeiro gourmet. Pode ser que nas primeiras vezes tenhamos que assistir a um vídeo para relembrar, ou olhar uma receita no livro, mas já temos consciência de que somos capazes.
Nessa fase, nossa competência para realizar algo ainda exige um planejamento, um raciocínio, uma rememoração. Precisamos para si mesmos, outros não abrem mão da “cola”. O mais importante é que ficamos empolgados com esse novo conhecimento que se assenta e continuamos praticando.
É como aprender um instrumento. Nas primeiras vezes você não vai conseguir tocar uma música sem olhar nas partituras. Ou dirigir, você ainda vai raciocinar sobre qual é a próxima marcha. Para chegar à última etapa, o mais importante é praticar.
-
Competência inconsciente: não sabe que sabe
É o estágio em que o ciclo de aprendizagem se completa e o conhecimento está devidamente assentado, ocupando seu lugarzinho na nossa mente, tudo fruto da prática, da reflexão e da vivência. Competência inconsciente significa que incorporamos a habilidade de tal forma que ela se torna orgânica, quer dizer, a gente simplesmente faz. Esse conhecimento sai do campo da consciência, do racional, e passa a ser automatizado. Simplesmente fazemos, pois adquirimos uma perícia. Quem sabe tocar definitivamente, logo abre mão da partitura. Quem sabe dirigir simplesmente dirige, quem sabe cozinhar aplica naturalmente sua técnica.
Há autores que conseguem enxergar um quinto estágio que seria a competência reflexiva. Esse estágio diz respeito àqueles que, depois de automatizarem certos conhecimentos, passam a refletir sobre eles, criando teorias, construindo formulações etc; geralmente, com o intuito de passar esse conhecimento adiante.
A competência reflexiva é de extrema importância para a superinteligência, pois ela nos coloca no patamar de autores do próprio saber. Nós, depois de aprendermos, podemos pensar sobre como nós aprendemos, quais foram os caminhos, uma espécie de metaconsciência da aprendizagem. Mais que saber nós “sabemos do que sabemos”.
É um passo importante para qualquer pessoa interessada em seu máximo desenvolvimento saber as melhores formas de apreender conhecimento e também saber diferenciar conhecimento e informação. Você sabe o que é conhecimento? E sabedoria?
Para algumas pessoas as diferenças entre esses termos são difíceis de compreender, mas acredite existem grandes diferenças entre coisas que algumas pessoas consideram apenas sinônimos. Por exemplo, dados não são a mesma coisa que informações que, por sua vez, não são a mesma coisa que conhecimento, que também não é o mesmo que sabedoria.
Uma vez que as empresas trabalham muito com dados nos processos de avaliação dos funcionários, nas pesquisas de marketing e em diversos outros campos, vale destacar primeiramente que os dados são indicadores brutos. Por exemplo: quantas pessoas trabalham no seu escritório? Você pode responder apenas seis. Isso é um dado, não há mais nada aí e qualquer interpretação além se torna em uma informação.
E o que é uma informação? Seis pessoas trabalham no seu escritório, cada uma desempenhando determinada função, num trabalho sincronizado. Viu a diferença? E, a partir disso, podemos entender o conhecimento, que representa o que você entende pelo trabalho que estas seis pessoas estão fazendo em seu escritório. Você sabe que cada uma delas precisa estar ali para que a rotina da empresa funcione sem problemas. Você sabe que aquelas funções foram designadas por meio da observação de outros dados e informações, como ter menos que seis pessoas no escritório diminuiria a eficiência da empresa, assim como os lucros.
Para uma pessoa ou empresa crescer continuamente é necessário ter mais que dado, informação e conhecimento, é necessário ter também sabedoria. Seguindo o exemplo acima, não basta você saber que precisa ter seis funcionários, cada um desempenhando uma tarefa que é muito importante para a empresa, num trabalho sincronizado e que ajuda bastante o dia a dia.
A sabedoria é justamente fazer dessas funções, que cada uma dessas pessoas executa, um processo eficaz, prático e estratégico. Ser sábio implica em solucionar e evitar problemas por meio de medidas preventivas que driblem situações prejudiciais, com a finalidade de manter todo aquele sistema já previsto pelo conhecimento intacto e aperfeiçoado.
A sabedoria envolve também os níveis de autoconhecimento. Investir em autoconhecimento é designar esforços para conhecer a si mesmo e a suas emoções. É descobrir suas qualidades, capacidades, bem como seus pontos que devem ser melhorados. Além disso, é também saber lidar com isso tudo e encontrar as oportunidades para se autodesenvolver.
Quando a pessoa desenvolve o autoconhecimento, ela toma consciência das suas metas, desejos, objetivos e propósitos, repensa suas atitudes, fortalece suas qualidades, enfrenta as eventuais mudanças de cabeça erguida, repensa suas atitudes, potencializa sua coragem, reconhece e aceita suas emoções negativas e trabalha para que elas sejam modificadas.
Todo esse processo permite que o indivíduo cresça e conheça a sua essência, alcance uma melhor qualidade de vida e bem estar e adquiria autonomia sobre a sua vida, sua história e seus objetivos.
Copyright: 1161966886 – https://www.shutterstock.com/pt/g/kosecki