Você se considera uma pessoa madura? Por quê? Quais critérios fazem uma pessoa ser considerada madura, e outra não? As perguntas de abertura deste artigo não são lá muito fáceis de responder.

Se olharmos a definição de maturidade no dicionário, encontraremos diversas definições, como “a idade adulta”, “a experiência de vida adquirida por uma pessoa” ou “o estado de plenitude num determinado saber ou habilidade”. Em geral, diz-se que alguém é maduro por sua idade ou por seus conhecimentos sobre algo. Mas será que a maturidade se resume a esses dois fatores: o etário e o intelectual?

Pois fique sabendo que também existe a chamada maturidade emocional. Para saber o significado deste conceito e como ele pode ser desenvolvido, continue a leitura deste artigo!

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O que é a maturidade emocional?

Segundo o Centro de Estudos da Consciência, a maturidade emocional é um processo contínuo que reflete a capacidade de conhecer e administrar as emoções, bem como de compreender o estado emocional dos outros. Trata-se, portanto, da habilidade de se relacionar com as pessoas ao seu redor da melhor maneira possível.

A maturidade emocional é caracterizada por um comportamento equilibrado e responsável diante das diversas situações e problemas que vivenciamos em nosso dia a dia. Ela também está relacionada a uma visão positiva e otimista, à autoaceitação, ao respeito a si mesmo e aos outros e à administração das emoções e dos sentimentos.

Um aspecto de diferentes áreas da vida

É importante lembrar que a maturidade não diz respeito apenas à vida pessoal, sendo um elemento fundamental também para a vida profissional. Isso ocorre porque saber como administrar as emoções faz com que o indivíduo encare melhor as situações, pressões e dificuldades enfrentadas no dia a dia profissional, impedindo que os problemas afetem e prejudiquem a vida e a carreira.

Desenvolver a maturidade emocional é uma tarefa complexa, que exige comprometimento, aceitação, superação de crenças e comportamentos sabotadores, eliminação de preconceitos e, principalmente, aprendizado para enxergar a vida de forma diferente.

Amadurecer emocionalmente não significa aprender a controlar os seus sentimentos, pois isso é impossível. Os sentimentos são respostas emocionais aos acontecimentos da vida. Não podemos controlar o que sentimos. Contudo, podemos controlar o que fazemos com aquilo que sentimos. Resumidamente, não controlamos emoções, mas controlamos atitudes, mantendo a harmonia e o equilíbrio em nossas relações.

É natural que a idade e a experiência de vida tornem uma pessoa mais madura emocionalmente, mas isso não é uma verdade absoluta. É possível que indivíduos mais jovens tenham mais maturidade emocional do que pessoas mais velhas e também que pessoas menos escolarizadas possam lidar melhor com as suas emoções do que as mais estudadas. Portanto, qualquer relação que se estabeleça entre a maturidade emocional e as questões etárias ou intelectuais é relativa.

6 dicas para desenvolver a maturidade emocional

Confira algumas dicas poderosas que podem lhe ajudar a conquistar a maturidade emocional, independentemente de sua idade:

1. Seja grato

Muitas vezes, desenvolvemos um olhar mais pessimista sobre a vida porque focamos sempre naquilo que nos falta, ignorando tudo aquilo que já temos ou que já conquistamos. Por isso, a gratidão diária é uma questão que pode fortalecer a nossa saúde mental e a nossa maturidade emocional.

Você tem saúde, casa, carro, comida, roupas, emprego, família, amigos, inteligência, liberdade, acesso à informação e ao lazer. Parecem coisas simples, mas, se pararmos para pensar, são itens essenciais a uma vida de qualidade, e, infelizmente, há muitas pessoas privadas desses itens. Portanto, agradeça por tê-los na sua vida. Isso dará a você uma perspectiva mais otimista.

2. Pense antes de falar e de agir

Antes de falar ou de agir, faça a si mesmo, mentalmente, as seguintes perguntas:

Preciso falar/fazer isso?

Qual a melhor maneira de falar/fazer?

Qual o melhor momento de falar/fazer?

O meu discurso ou a minha atitude pode ferir ou magoar alguém?

Em dez segundos antes de falar ou de tomar qualquer atitude, podemos refletir e encontrar as respostas para as perguntas acima. O problema é que, no impulso ou na falta de consideração com o outro, nos esquecemos de refletir e, quando percebemos, já falamos ou tomamos atitudes inadequadas. Por isso, o simples ato de pensar, nem que seja por 10 segundos, nos leva a evitar os constrangimentos, as ofensas e os arrependimentos, que tanto prejudicam as nossas emoções.

3. Conheça a si mesmo

Como você descreveria a sua personalidade a alguém? Quais são os seus pontos fortes; as suas qualidades? Quais são aqueles aspectos em que você ainda precisa se desenvolver mais? Quais são os princípios e valores que norteiam a sua vida? Quais são os seus sonhos e objetivos? Por quê?

O autoconhecimento é a reflexão sobre nós mesmos, que nos ajuda a responder as perguntas acima. Por meio dele, podemos canalizar as nossas energias e atitudes para alcançarmos os nossos objetivos nas diferentes áreas da vida. Além disso, é também com o autoconhecimento que aprendemos a potencializar as nossas forças e que diagnosticamos as nossas “fraquezas”, de modo que possamos corrigir e aperfeiçoar esses pontos delicados. É um processo contínuo, que nos torna melhores.

4. Assuma a responsabilidade por seus atos

“Errei porque não fui informado”. “Minha vida não vai para frente porque sou azarado”. “Não consigo ganhar mais dinheiro por causa do governo”. Se há um “sintoma” típico das pessoas emocionalmente imaturas é a sua incapacidade de olhar para dentro, assumir as suas atitudes e responsabilizar-se pelas consequências delas.

Pessoas com elevada maturidade emocional, no entanto, alegram-se ao reconhecer as suas conquistas, mas também não encontram grandes problemas em admitir os seus erros. Elas compreendem que errar é humano e que não podemos voltar no tempo. O que se pode fazer é assumir a responsabilidade, aprender com as circunstâncias e fazer melhor numa próxima oportunidade.

5. Seja empático e altruísta

A boa administração das nossas emoções tem como consequência uma nítida melhora nos nossos relacionamentos. A família, os amigos e os colegas de trabalho são beneficiados por essa maturidade desenvolvida. No entanto, para que isso ocorra, é preciso que sejamos empáticos e altruístas, isto é, que saibamos nos colocar no lugar do outro, de modo que o respeito e a harmonia imperem em toda e qualquer interação.

Isso é importante para que saibamos ouvir o que o outro tem a dizer, sempre com total atenção e respeito. Além disso, é necessário também não julgar a realidade do outro, pois não sabemos de forma profunda o que se passa em sua vida.

6. Desenvolva a resiliência

A resiliência é a capacidade de superar as adversidades da vida, recuperando as energias e a estabilidade emocional depois dos problemas. Ser resiliente é manter o equilíbrio, mesmo sabendo que a vida é uma grande sucessão de altos e baixos.

Indivíduos resilientes focam nas soluções, e não nos problemas. Eles sofrem quando os problemas ocorrem, mas acolhem esse sofrimento, permitem-se senti-lo e, depois, gradativamente, trabalham na superação dessa questão, de modo que possam seguir em frente.

As seis dicas acima são essenciais para que você desenvolva a sua maturidade emocional. Ela pode ser obtida por meio da gratidão, da reflexão antes de falar/agir, do autoconhecimento, da autorresponsabilidade, da empatia, do altruísmo e da resiliência. Em complemento, salientamos que práticas como o coaching, a psicoterapia e até mesmo a meditação podem contribuir também com o desenvolvimento da maturidade emocional.

E você, querida pessoa, consegue agora responder às questões do início do artigo? Considera-se alguém emocionalmente maduro? Qual das dicas acima você considera a mais importante? Deixe um comentário no espaço abaixo com as suas respostas. Por fim, lembre-se de compartilhar este artigo com todos os seus amigos, colegas, familiares e com quem mais possa se beneficiar dele, por meio das suas redes sociais!

Imagem: Por Krakenimages.com