Você se sente merecedor das coisas que tem?
Se sim, o que o faz sentir-se merecedor? O que você faz que lhe dá a segurança de merecer aquilo que tem?
Se não se sente dessa forma, por que você acredita que não merece ter ou conseguir algo? O que você fez ou deixou de fazer nesse sentido? Acompanhe-nos na reflexão a seguir!
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A essência do merecimento
Merecimento é o que torna alguém ou algo digno de mérito. O merecimento carrega em si uma sensação plena de justiça, de coerência e de prosperidade. Ser merecedor de algo é o resultado de uma história. Ninguém é merecedor ao acaso, pois merecer é uma consequência de como vivemos a nossa vida e nos relacionamos com as pessoas.
É comum afirmarmos que um funcionário merece uma promoção porque identificamos as suas competências, habilidades e atitudes no dia a dia que de fato levam a empresa a obter melhores resultados. É comum também enaltecermos o merecimento de um medalhista olímpico quando acompanhamos a sua trajetória de superação de dificuldades e a sua rotina intensa de treinamentos. Resumidamente, o merecimento se estabelece quando é fácil identificar as razões pelas quais coisas boas acontecem.
E quanto ao não merecimento?
Há situações, porém, em que essa identificação não ocorre com facilidade, o que desperta a sensação de não merecermos algo. Há muitas questões de autoestima ligadas ao sentimento de não merecimento. Por isso, na constelação familiar, percebemos que muitos cenários familiares impediram o desenvolvimento de uma imagem benéfica de si mesmo. Há muitas famílias que, por motivos diversos, desenvolvem sujeitos com baixíssima estima por si.
A relação entre autoestima e merecimento é muito evidente. O amor próprio e o autorreconhecimento de habilidades e competências individuais são os portais para que o sentimento de “eu sou merecedor de tudo que recebo” exista.
Todavia, o merecimento é uma qualidade que torna alguém digno de prêmio e também de castigo. Qualidade, que torna alguém digno de apreço: “este rapaz tem merecimento”. Importância, superioridade, habilitações. No entanto, esse ato de merecer também reflete, muitas vezes, um julgamento: “Ele mereceu essa pena”.
O fato principal é que o merecimento é fruto de uma lei universal: a lei do retorno. Trata-se daquele princípio natural e espiritual que afirma que todo efeito tem uma causa e que toda ação produz uma reação. Como dizia o escritor chileno Pablo Neruda, “Você é livre para fazer as suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências delas”.
5 dicas para sentir-se mais merecedor
Quando coisas boas nos acontecem, mas nós não sentimos que as merecemos, estamos diante de um fenômeno conhecido como “síndrome do impostor”. Basicamente, ela ocorre quando não acreditamos ou confiamos nas nossas próprias capacidades de alcançar resultados positivos. Para evitar que isso ocorra com você, confira as 5 dicas que separamos, na sequência:
1. Conheça a si mesmo
Quanto mais você conhecer as suas próprias características, mais você se sentirá merecedor das consequências dos seus atos, tanto as positivas quanto as negativas. Conheça as suas forças e os seus pontos de melhoria. Isso reforçará simultaneamente a sua autoestima para reconhecer os próprios méritos, bem como a humildade para identificar o que ainda precisa melhorar. O coaching e a psicoterapia proporcionam esse mergulho no autoconhecimento, o que gera uma visão mais realista sobre si.
2. Acolha e agradeça pelos elogios recebidos
Se você conhecer mais a si mesmo, também saberá, com mais facilidade, diferenciar os elogios sinceros que receber daqueles que não passam de bajulações. Com esse discernimento “afiado”, você conseguirá aceitar melhor os elogios que receber, sem falsa modéstia e sem desconfiar de tudo e todos. Procure conectar os cumprimentos recebidos às suas atitudes, identificando relações de causa e efeito. Se um bom trabalho seu for reconhecido, agradeça e felicite-se pelas suas próprias competências!
3. Compartilhe os seus conhecimentos
Muitas vezes, nos esquecemos de tudo aquilo que sabemos — os nossos dons, talentos, conhecimentos, saberes teóricos e práticos da vida, habilidades, competências e atitudes. Quando você se propõe a compartilhar essa riqueza interior com outras pessoas, tanto você como elas saem ganhando. Você reforça a sua autoestima e relembra o próprio valor, enquanto os outros absorvem a sua sabedoria e crescem em consequência disso.
4. Invista no autocuidado
Se você ouvisse os seus próprios pensamentos da boca de um amigo, ele continuaria sendo seu amigo? Se a resposta for “não”, reveja a maneira como você dialoga consigo mesmo. Pare de se cobrar tanto! Cuide de si mesmo, sobretudo da sua saúde física e mental. Descanse, alimente-se adequadamente, exercite-se com regularidade, dedique um tempo às suas atividades favoritas, enfim, viva com prazer. Além do mais, olhe para si mesmo com mais carinho. Ame-se, com qualidades e pontos de melhoria!
5. Evite comparar-se com outras pessoas
Por fim, abandone de vez os hábitos de comparar-se com outras pessoas. É comum acharmos sempre que a vizinha é mais bonita, tem um carro melhor, vive em uma casa maior, tem uma família mais feliz, ganha mais dinheiro no trabalho, e por aí vai. Contudo, lembre-se de que você conhece a si mesmo na totalidade, mas só conhece os outros com base naquilo que eles permitem que você veja. Todo mundo tem prós e contras, sem exceções. Portanto, seja você mesmo e evite as comparações!
Tudo na vida é merecimento
Vitórias, derrotas, erros, acertos.
Tudo é fruto do nosso esforço, da nossa falta de esforço ou pelo menos não o suficiente esforço.
Serão conquistas ou desperdícios, conforme saibamos recebê-los e usá-los.
Não desistir do que acreditamos merecer (nossos sonhos) significa:
Não desistir de estudar… Não desistir de trabalhar…
Não desistir do caminho do bem. (Rub Levy)
E você, querida pessoa, como tem lidado com a questão do merecimento na sua vida? Tem se sentido merecedor das suas conquistas e consequências? Ou convive com a sensação de não merecer as coisas boas que lhe acontecem (síndrome do impostor)? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!