De todas as perguntas existencialistas a mais recorrente é “quem sou eu”. É claro que podemos responder essa pergunta de muitas formas. A mais banal seria os dados que te identificam como sujeito no mundo. Então, você poderia respondê-la dizendo seu nome, o nome de seus pais, sua idade e profissão.
Tenho pensado que, para sua maior compreensão, podemos mudar a pergunta para – “O que sou eu?” Em vez de quem nós somos, é mais assertivo pensarmos “o que nós somos”. O que você é? Que tipo de pessoa você é? Quais são seus valores? No que você acredita? O que você preza? Quais as verdades em que você acredita? Quais suas atitudes que mais contribuem para o mundo? Você tem mais atitudes construtivas ou destrutivas?
Refletir sobre essas questões nos faz pensar em nossa identidade. Logo, meu propósito de vida está diretamente ligado à pessoa que eu sou. É por isso que, no Coaching que defendo, o princípio de tudo é o autoconhecimento.
Sim, nossa identidade é uma construção irrefreável. Estaremos, enquanto vivermos, em constante construção, ou seja, nossa identidade nunca estará pronta, mas é possível nos conhecermos cada vez melhor, a ponto de podermos entender até mesmo os caminhos que ainda virão.
A ligação entre descobrir nossa missão de vida e descobrir a nós mesmos é extremamente íntima. Aliás, elas estão entrelaçadas e uma leva à outra. Se você quiser um lugar por onde começar esse processo, comece por esclarecer e questionar a sua formação das crenças. Nós somos fruto daquilo em que acreditamos, dos valores que cultivamos e das habilidades que desenvolvemos.
Nossas crenças direcionam nossas vidas, agindo tanto como permissões quanto como proibições de nossas ações. Nossa identidade pessoal é, portanto, formada não apenas pelo que conhecemos intelectivamente, mas especialmente pelas coisas nas quais acreditamos.
Nós somos produto das nossas crenças e elas passam a balizar nossa existência. Nossa identidade pessoal, nossa missão de vida, nossa meta para os próximos anos (propósito de vida) são caminhos que convergem para o mesmo ponto.
O Processo Evolutivo Começa pelo Autoconhecimento
Na Pirâmide dos Níveis Evolutivos somos convidados a pensar nos papéis que assumimos na nossa vida. Quais papéis você exerce? Pense que nossos papéis não são mero fruto do acaso, mas são resultado de como construímos nossa identidade e como conduzimos nossa vida.
É claro que podemos estar, em determinado momento, em papéis que não nos deixam confortáveis, muitas vezes estamos em lugares que não nos cabem. Essa sensação é uma boa oportunidade de, por exclusão compreender o que não cabe na nossa missão de vida.
As crenças podem ser motivadoras ou limitantes. Muitas pessoas são retraídas, tímidas, porque acreditam que não são capazes de se comunicar adequadamente. Isso gera o medo de se expor e, por conseguinte, dificuldades de várias formas. Ao tentar encontrar um propósito para a vida, essas pessoas tendem a pensar que não são suficientemente boas para terem um sentido na vida.
Encontrar seu propósito pessoal começa no autoconhecimento. Autoconhecimento exige exame de suas crenças.
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