O dinheiro traz felicidade? Esse questionamento permeia a mente de muitas pessoas, tenham elas muitos recursos financeiros ou não. O dinheiro é um elemento muito importante na vida de qualquer ser humano, o que lhe garante o mínimo de sobrevivência. Mas a máxima “quanto mais, melhor” é verdadeira? Quanto mais dinheiro eu tiver, mais feliz eu serei? Ou eu preciso ter o suficiente para uma vida sem restrições?
Muitas pessoas já se fizeram esse questionamento, em diferentes lugares do mundo e em diferentes épocas da história da humanidade. Isso nos leva a um questionamento ainda mais profundo: o que é a felicidade? Será que ela depende apenas das nossas posses materiais e das experiências que o dinheiro compra? Esses e outros questionamentos fazem parte da reflexão a seguir. Siga em frente e tenha uma ótima leitura!
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Não há uma resposta definitiva
Como boa parte dos questionamentos filosóficos, a resposta é que não há uma resposta definitiva. Isso depende do que é essencial para cada um. Para alguns, a busca desenfreada por uma conta bancária recheada faz com que eles esbanjem felicidade por onde quer que passem. Já outros não veem a necessidade de tanto dinheiro assim para sentirem-se realizados, pois só precisam saber que no final do mês não vai faltar nada.
As pessoas podem ter dinheiro e ser sozinhas, não ter relacionamentos verdadeiros e duradouros, e, por isso, sentirem-se frustradas e infelizes. A relação de cada ser humano com o dinheiro é relativa. Todavia, é preciso reconhecer: o dinheiro, em algum nível da nossa consciência, faz diferença nas nossas vidas. Apenas devemos entendê-lo como um instrumento para viver, e não como um objetivo final, OK?
Que felicidade é essa que o dinheiro traz?
De acordo com a pesquisa World Database of Happiness, que faz estudos relacionados à felicidade, os países ricos são mais “felizes” do que aqueles que passam por dificuldades financeiras. O que por um lado faz sentido, por outro pode ser contestado, uma vez que os países ricos também são recordistas em quadros de depressão e suicídios.
Outro estudo, realizado pela Universidade de Princeton, diz que o dinheiro influencia os índices de felicidade do ser humano e que, mais que isso, para uma pessoa ser feliz, ela precisa de aproximadamente U$ 11,3 mil por mês.
Para Angus Deaton, economista e coordenador da pesquisa, esses dados são relevantes, porém, ele considera que a relação entre dinheiro e felicidade é bem mais complexa e não está relacionada diretamente com o quão rico um indivíduo é, mas sim com a possibilidade de realizações pessoais.
Deaton explica que: “Ter mais dinheiro não significa ser mais feliz desde que você tenha dinheiro o suficiente para fazer as coisas de que gosta”. O dinheiro traz felicidade quando possibilita à pessoa fazer as coisas que quer, ou realizar os seus desejos de consumo.
Entretanto, isso não é uma opinião consensual, pois um estudo de Diener & Biswas-Diener (2002) indica que o aumento de renda produz pouco benefício adicional ao bem-estar e às suas formas correlatas, como a felicidade, a satisfação com a vida e o afeto positivo — o que apontaria para uma baixa relação entre os indicadores econômicos e o alcance da plenitude.
Mas ser feliz é só isso?
Essa negativa da relação entre esses dois campos, o dinheiro e a felicidade é reforçada pelos clássicos estudos de Csikszentmihalyi e da Dra. Lilian Graziano, que, em sua tese de doutorado, corrobora a literatura sobre o assunto, dizendo que dadas as condições básicas de sobrevivência, a condição socioeconômica não se relaciona com os parâmetros de condições de felicidade.
De fato, a Psicologia Positiva não atrela a condição financeira à sensação de bem-estar e felicidade. Isso acontece porque ela é um elemento externo, e as sensações de estado ótimo que essa ciência descreve é fruto do cultivo de forças motivadoras que residem dentro de cada pessoa.
O dinheiro é mais um dos elementos com os quais nos relacionamos no cotidiano, e é importante que o valor que atribuímos a ele seja repensado sempre que nos deixamos esvaziar de sentimentos positivos pela ausência dele. Pense nisso e busque entender o que realmente o faz feliz!
O que o dinheiro compra?
Há uma frase bastante popular que circula há alguns pela internet e que traduz bem a relatividade da relação entre o dinheiro e a felicidade:
“O dinheiro compra a casa, mas não te dá o lar. Compra o remédio, mas não te dá a saúde. Compra a cama, mas não te dá o sono. Compra o crucifixo, mas não te dá a fé. Compra o livro, mas não te dá a sabedoria. Compra o relógio, mas não te dá o tempo. Compra um título, mas não te dá o respeito. Compra o sangue, mas não te dá a vida. Compra o sexo, mas não te dá o amor”.
Isso revela que o dinheiro, em termos materiais, de fato oferece mais conforto e oportunidades na vida de uma pessoa, mas isso não necessariamente significa felicidade. Ele ajuda no dia a dia, e nos livra de muitas preocupações. No entanto, o conceito de felicidade ultrapassa as fronteiras do que é material. Os itens citados na frase; como o sono, o tempo, o amor e a saúde; são significativos para a qualidade de vida de qualquer ser humano, mas o dinheiro nenhum poder tem sobre eles.
Dessa forma, vivendo no mundo em estamos hoje, é claro que todas as pessoas devem estudar e trabalhar para ganhar dinheiro e, com ele, adquirir uma condição relativamente confortável. Apenas não podemos atribuir à condição financeira todo o conceito de felicidade, pois essa relação é limitada.
E você, querida pessoa, de que maneira lida com o seu dinheiro? Ele é uma ferramenta ou um objetivo na sua vida? O quanto você associa a condição financeira à felicidade? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!