“O Gambito da Rainha” é, até o momento, a minissérie mais assistida da história da Netflix. Lançada no final de outubro, a produção já foi assistida em mais de 62 milhões de domicílios espalhados por todo o mundo, apenas em seu primeiro mês de exibição.
Ambientada nos anos 1950, a trama conta a história da jovem Elizabeth Harmon, uma garota órfã que demonstra talento para o jogo de xadrez desde a infância. A série acompanha a rápida ascensão de Harmon no jogo, ao mesmo tempo em que precisa lidar com os traumas de sua história pessoal, com a sua personalidade oscilante entre impulsiva e introspectiva e com o vício em álcool e calmantes.
Para os não familiarizados com o xadrez, o termo “gambito”, que aparece no título da série, refere-se a um movimento estratégico do jogo em que é preciso sacrificar uma peça na jogada atual para obter uma vantagem nas jogadas seguintes. “Rainha”, que também aparece no título, é uma das peças do xadrez.
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7 lições valiosas extraídas da série
Com atuações elogiadas, uma trama bem desenvolvida, ambientações realistas e o emocionante jogo de xadrez como “personagem” instigante, “O Gambito da Rainha” é uma produção que merece a atenção e a audiência que tem recebido.
Além disso, é importante ressaltar que a obra se utiliza do contexto do jogo de xadrez para despertar no espectador um mindset preparado para lidar com estratégias de alto nível. Logo no primeiro episódio, é possível identificar algumas lições sobre perseverança, resiliência e determinação, diante do ar concentrado, e ao mesmo tempo questionador, da protagonista da história.
Há pelo menos 7 lições que podem ser extraídas dessa trama encantadora. Confira:
1. É importante ser apaixonado pelo seu propósito
Seja numa profissão, num esporte, numa atividade voluntária ou num jogo como o xadrez, paixão, o propósito, são ingredientes essenciais ao sucesso. Ninguém que obtém resultados expressivos ou que é campeão em alguma coisa chega até esse patamar sem gostar daquilo que faz.
Dedicar a maior parte do dia a uma atividade específica exige que sintamos um mínimo de prazer nela. Isso é facilmente verificado nos empreendedores de sucesso, nos campeões dos esportes, nas personalidades históricas e também em Beth Harmon. Um jogo complicado e que exige tanta atenção fica mais fácil de ser vencido quando estamos apaixonados por ele. Isso vale para tudo o que fizermos em nossas vidas.
2. Desenvolver a atenção concentrada é uma habilidade dos vencedores
Você talvez saiba que o jogo de xadrez possui diferentes peças, e cada uma delas apresenta particularidades de movimentos. Esse conjunto de regras torna a partida muito mais interessante, já que, para vencê-la, o jogador precisa visualizar com antecedência os movimentos de seu adversário.
Para que isso aconteça, é fundamental estar concentrado, ou seja, com a atenção 100% focada no jogo. Assim também é na vida. Seja no trabalho ou na resolução dos problemas de nossas vidas pessoais, não podemos dar ouvidos às distrações. Soluções eficazes só são obtidas quando dedicamo-nos 100% ao problema.
3. Pedir ajuda é humilde
Ninguém chega a lugar algum sozinho. Elizabeth Harmon teve ajuda de muitos amigos que a auxiliaram no estudo de jogadas e no preparo para os jogos. Além disso, eles a incentivaram a superar seus vícios e a participar das competições, inclusive com ajuda financeira em determinado momento.
O auxílio das pessoas é muito importante, sobretudo nos momentos de grande adversidade. É bom contar com a sabedoria e com o ombro amigo daqueles que fazem parte de nossas vidas. Essa força nos motiva e nos impulsiona ao alcance de todos os nossos objetivos.
4. Os grandes mestres têm muito a ensinar
Harmon aprendeu a jogar xadrez porque o senhor que trabalhava no orfanato em que a jovem crescera concordou em compartilhar com ela os seus conhecimentos. Além disso, são frequentes as cenas da jovem estudando a dinâmica do jogo por meio de livros que relatam jogadas incríveis dos grandes mestres do xadrez. Enxadristas de sucesso sempre observam e estudam as estratégias dos campeões do passado.
Em todas as áreas da vida, todos nós precisamos de modelos a serem seguidos. Eles podem ser nossos pais, professores, amigos, chefes ou colegas de trabalho que são mais experientes na carreira escolhida do que nós. Conversar com essas pessoas é sempre um momento enriquecedor. Temos muito a aprender com eles.
5. A autoconfiança é mais do que acreditar nos seus objetivos, mas em você mesmo
Beth Harmon tem diversos desafios ao longo da trama. Seja para superar seus vícios, confrontar seus traumas ou vencer as partidas de xadrez, é inquestionável que ela precisa acreditar em si mesma.
A insegurança surge em nossas vidas em diversos momentos, mas precisamos ignorá-la se realmente quisermos ser vencedores.
O desenvolvimento da autoconfiança é um exercício diário. Ele é possível quando trabalhamos algumas questões, como o autoconhecimento e a inteligência emocional. Quanto mais conhecemos a nós mesmos, mais somos capazes de potencializar nossas forças e “corrigir” nossos pontos que precisam de melhoria. Isso permite que acreditemos sempre em nossas capacidades, independentemente do tamanho dos desafios que surgem à nossa frente.
6. A visão sistêmica é necessária para o cumprimento do xeque-mate
O xeque-mate é o objetivo principal do jogo de xadrez. Ele consiste no ataque decisivo ao rei, a peça mais importante do jogo, não permitindo ao adversário qualquer possibilidade de fuga ou defesa. Quem realiza o xeque-mate é declarado vencedor, decretando o término da partida.
Na vida, todos nós precisamos dar alguns “xeques-mates”, ou seja, vencer obstáculos difíceis para que obtenhamos sucesso. Seja na vida pessoal ou na vida profissional, precisamos ter visão sistêmica, isto é, conseguir compreender as coisas analisando o funcionamento e a integração de cada uma de suas partes. Essa tarefa de raciocínio lógico e pensamento estratégico permite que nós sejamos capazes de realizar as “jogadas” que nos levarão à vitória, como ocorre no xadrez.
7. A derrota é uma oportunidade de aprendizado
Por fim, não podemos nos esquecer de que, assim como no jogo de xadrez, nem sempre atingimos nossos objetivos na vida. Se isso acontecer, no entanto, não devemos desanimar, desistir, nem mesmo questionar nossas competências e habilidades.
O que precisamos fazer nesse momento é ter a resiliência necessária para recompor nossas forças. Além disso, é preciso entender o porquê de termos errado e o que poderia ter sido feito de diferente para evitar a derrota. Assim, estaremos mais espertos e preparados para acertar numa próxima oportunidade. Em todas as circunstâncias da vida, as pessoas mais sábias conseguem aprender com os próprios erros e, assim, dar continuidade ao seu ciclo de desenvolvimento pessoal.
Se você gostou das lições acima, não perca tempo e assista a “O Gambito da Rainha”, minissérie que faz parte do catálogo da Netflix. Além disso, responda à seguinte questão aqui nos comentários: você conhece alguma outra série que tenha uma história tão inspiradora quanto essa? Comente e deixe as suas sugestões.
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