Em se tratando dos benefícios da meditação, podemos dizer que uma mente atribulada também é incompatível com a superinteligência. É fundamental termos isso como ideia central, pois o estímulo, que é tão importante para o desenvolvimento da inteligência e das múltiplas capacidades que estão latentes no cérebro, nada tem a ver com o stress puro e simples que na vida moderna todos nós conhecemos de perto.
O aproveitamento das funções cerebrais é a maximização das potencialidades de que nosso órgão maior dispõe e essa melhoria das respostas e especificidades de nossa caixa cinzenta acontece também em momentos de paz e tranquilidade.
Ao contrário do que sugere o senso comum, nosso cérebro tende a atuar melhor quando recebe os melhores estímulos. Mas estresse, tensão, medo, nervosismo e seus correlatos não podem ser enquadrados na categoria de bons estímulos, já que na verdade nos movem na direção contrária, provocando reações químicas que limitam nossas capacidades.
Benefícios Cerebrais da Meditação
- Melhora a circulação sanguínea no cérebro, estimulando mecanicamente uma maior atividade cerebral.
- Propicia um estado de relaxamento que facilita a reflexão ponderada e busca por soluções imaginativas.
- Atenua a tensão física, que queima energias indevidamente e rouba a atenção cerebral de áreas onde elas seriam mais bem usadas.
- Disponibiliza ativadores mentais e associações psíquicas que desvinculam vícios e comportamentos condicionados, possibilitando tratamentos médicos e mudanças de hábito.
- Auxilia na produção de neurotransmissores vitais, facultando o aumento das células cerebrais.
- Propicia sensação de paz, que desencadeia processos físico-químicos responsáveis pela aceleração da inteligência.
- Ativa os mecanismos localizados de estímulo à atividade neural como um todo, ou focada em questões específicas.
- Desencadeia processos de neurotransmissão, neuroplasticidade e neurogênese, aprimorando ou reconstruindo as células nervosas.
- Aumenta a produção de hormônios essenciais ao bem-estar ao pleno funcionamento do aparelho neurológico.
- Promove a melhoria da memória através de associações mentais e atividades indutoras de todos os mecanismos neurais.
Trocando em miúdos, o que isso quer dizer é que estar em paz é a melhor das condições para a total desobstrução das vias cerebrais por onde os neurônios se conectam em milionésimos de segundo, processando informações, encontrando respostas e mobilizando todos os recursos possíveis e a meditação é um excelente método para isso.
A superinteligência, que é justamente a ampliação desse estado de alta atividade cerebral, é uma filha dileta de momentos de calmaria e paz, isto é, situações completamente avessas ao estresse e à tensão.
Há muito a ciência demonstrou que a meditação, como exercício mental de múltiplos reflexos em aspectos físicos e corporais, ativa conexões neurais que parecem adormecidas mesmo quando estamos conscientemente em estado de alerta.
Os benefícios de meditar, mesmo aqueles não praticantes dessa arte sabem, são mais do que notáveis e por isso mesmo pessoas muito agitadas, quando entram em contato pleno com o que significa de fato meditar são capazes de seguir naquele exercício ou condição por horas a fio.
Experimente Meditar
A arte de meditar tem uma parte importante do seu funcionamento baseada em exercícios e técnicas respiratórias (biofeedback), que é justamente uma das funções vitais do nosso corpo, e sem a qual é impossível ficar. Mais do que coincidência, isso é o reflexo direto de como a meditação e seus efeitos sobre a mente são na verdade um abre alas para os resultados práticos sobre o corpo.
Fatores emocionais têm uma enorme preponderância sobre a regulação de nossas atividades físicas. Das mais simples às mais complexas, tudo tende a sofrer influência maior ou menor de como estamos nos comportando no domínio mental.
Pessoas com vícios de natureza física, tais como um tipo de postura, uma maneira de cruzar as pernas, um trejeito muito típico ou até mesmo um tique nervoso tendem a repetir esses vícios quando submetidas a situações de stress. Isso só comprova como, sob um nível exacerbado de tensão, nossa atividade cerebral se contrai e só consegue operar em um modo menos inventivo e mais predeterminado.
É nesse sentido que a meditação, como exercício promotor de um bem-estar mental, pode significar na prática um convite a uma forma de raciocínio que é ao mesmo tempo leve e aprofundado. Leve, porque ocorre sem que o indivíduo experimente qualquer tensão, e acontece em um momento que é eminentemente de relaxamento; e aprofundado porque o raciocínio nessas condições tem a possibilidade de alcançar uma excelência neural que só repete naqueles momentos que convencionamos chamar como “inspirados”.
A prova de que a atividade cerebral sai aguçada de um momento bem feito de meditação é que os praticantes conseguem inclusive resolver dilemas e questões que parecem insolúveis em momentos de tensão ou durante um simples estado de alerta convencional.