Todo mundo deseja ganhar mais dinheiro, não é mesmo? Para que isso ocorra, uma série de atitudes deve ser colocada em prática: diversificar as fontes de renda, negociar as dívidas, planejar os gastos, pesquisar preços, negociar, aprender a investir, e por aí vai. No entanto, para que tudo isso dê certo, é preciso, antes de qualquer outra coisa, desenvolver uma mentalidade financeira.

A mentalidade financeira é o que nos permite pensar, planejar e não agir impulsivamente em relação ao dinheiro. Sem essa mentalidade, uma pessoa até pode enriquecer, mas dificilmente será capaz de manter o dinheiro conquistado. Neste artigo, vamos nos aprofundar nesse tema, com algumas sugestões práticas de como desenvolver esse tipo de pensamento. Continue a leitura e saiba mais!

Mentalidade financeira: o que é?

A mentalidade financeira é o conjunto de crenças e pensamentos que uma pessoa desenvolve nas situações que demandam o uso do dinheiro ou a ele relacionadas. Dessa maneira, todo mundo tem uma mentalidade financeira, mas nem toda mentalidade financeira é funcional, saudável e produtiva.

Há pessoas, por exemplo, que têm como objetivo ostentar um estilo de vida luxuoso. No entanto, nem sempre elas têm meios para sustentar essa ideia e acabam contraindo dívidas. Trata-se de uma mentalidade em que a imagem da pessoa é uma prioridade, em detrimento da segurança e até mesmo de uma mente tranquila.

Por outro lado, há aqueles que planejam as suas compras e que até conseguem viver momentos mais “luxuosos”, mas sem comprometer as compras dos itens essenciais. Portanto, são mentalidades financeiras distintas, sendo que, em boa parte, elas estão associadas ao conceito de inteligência emocional.

Mentalidade financeira: o que não fazer?

A mentalidade financeira de uma pessoa é resultado de todas as experiências relacionadas ao dinheiro que ela já viveu, o que inclui a situação financeira da família em que nasceu, a situação financeira atual, os hábitos de compra, os ensinamentos que recebeu da família, os aprendizados que obteve sobre o tema na escola, e por aí vai.

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O problema é que a educação financeira no Brasil é um tema que ainda engatinha, sendo oferecido em algumas escolas há bem pouco tempo. Por isso, algumas concepções equivocadas e crenças limitantes imperam e geram comportamentos nada saudáveis, no que diz respeito à vida financeira. Confira alguns exemplos:

  • Sempre culpar terceiros pelas dificuldades financeiras, sem assumir a sua parcela de responsabilidade;
  • Acreditar que os problemas são impossíveis de serem resolvidos;
  • Sonhar muito, mas planejar pouco;
  • Não pensar no futuro, apenas na satisfação das necessidades e desejos imediatos;
  • Desenvolver ressentimento em relação às pessoas que têm mais dinheiro ou que o utilizam com mais consciência;
  • Permitir que o medo paralise, impedindo a pessoa de investir, de estudar, de prosperar na carreira, enfim, de enriquecer de modo geral. É comum a crença de que “eu nasci pobre, portanto não nasci para enriquecer”.

Mentalidade financeira: como desenvolvê-la de forma mais saudável?

Quem desenvolve as crenças limitantes acima mergulha em uma espécie de zona de conforto, pois é mais fácil eximir-se da responsabilidade pela vida financeira, sempre culpando a sorte ou o destino. Contudo, uma mentalidade financeira saudável é aquela que define objetivos, corre riscos calculados, aprende com os erros, administra as emoções e desenvolve uma ambição positiva para enriquecer. Quer saber como alcançar essa mentalidade? Então, confira as dicas a seguir!

1. Examine a sua situação financeira atual

Quanto você ganha mensalmente? Quanto você gasta mensalmente? Quais são os seus gastos necessários? Quais são os seus gastos supérfluos? Você tem dívidas? Qual é o valor delas? É essencial responder a essas perguntas para diagnosticar a sua situação financeira atual.

Infelizmente, muita gente nem sabe a quantas anda a sua vida financeira, o que leva as pessoas a gastar mais do que ganham sem nem se dar conta disso. Outras têm compras em parcelas a perder de vista, deixando de identificar o quanto isso compromete o orçamento mensal. Por isso, construa uma planilha de orçamentos pessoais e acompanhe-a mês a mês, pois identificar os problemas é o primeiro passo para resolvê-los.

2. Modifique as suas crenças

Se você acha que gente rica não pesquisa preços, que negociar é vergonhoso, que investir é muito difícil e que devemos nos preocupar apenas com o presente, é hora de rever os seus conceitos. Gente rica economiza tudo o que pode, pesquisa preços, faz orçamentos, barganha sem medo e planeja muito bem o futuro.

Dessa forma, desenvolva essa mesma mentalidade, quebrando todas as crenças limitantes, como: “meu caso não tem solução”, “eu nasci pobre e vou morrer pobre”, “não há nada que eu possa fazer”, e por aí vai. Você é o dono da sua vida financeira. Compreenda isso e assuma as rédeas dela. É difícil, mas nunca impossível!

3. Adquira novos comportamentos

Toda mudança de mentalidade deve vir acompanhada de uma mudança de atitude. Diante disso, ao assumir as rédeas da sua vida financeira e diagnosticar os problemas dessa área, aja no sentido de resolvê-los.

Para isso, encontre novas fontes de renda, corte os gastos supérfluos, planeje todas as suas compras, saia de casa com o dinheiro contado para evitar a impulsividade, negocie as suas dívidas e, se necessário, peça ajuda a um consultor financeiro. Apenas entenda que, se você deseja uma nova vida financeira, é preciso desenvolver novas ações.

4. Estude sobre finanças

Quanto mais conhecimento você adquirir em relação às finanças, mais você será capaz de desenvolver hábitos saudáveis e uma mentalidade financeira positiva. A educação financeira é uma área do conhecimento riquíssima (sem trocadilhos!) que pode ser aprendida em escolas, universidades, sessões de coaching financeiro e até mesmo em cursos online. Confira o que você pode aprender em cursos dessa área:

  • O seu relacionamento com o dinheiro;
  • Realização de um orçamento pessoal/familiar mensal;
  • Técnicas para poupar dinheiro e fazer um consumo consciente;
  • Meios de administrar as emoções em momentos de consumo;
  • Métodos de diversificação de fontes de renda;
  • Negociação em situações de compra e venda;
  • Negociação para quitar dívidas;
  • Dicas para prevenir o endividamento;
  • Noções básicas sobre a economia e sobre o funcionamento do mercado financeiro brasileiro (o que são juros, parcelamentos, empréstimos, financiamentos, impostos, débito, crédito, cheque especial, inflação, taxa SELIC etc.).
  • Matemática financeira básica;
  • Possibilidades de investimento (renda fixa, renda variável, fundos de investimentos etc.);
  • Plano de carreira e planejamento da aposentadoria.

Adquira esse tipo de conhecimento e, de preferência, conte com um coach financeiro que possa compreender a sua realidade e orientá-lo com mais precisão e dedicação personalizada.

E você, ser de luz, como avalia a sua mentalidade financeira? Em quais pontos você ainda precisa melhorá-la? Por quê? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!