O autismo é um distúrbio neurológico que começa a ser percebido ainda na infância e que tem um grande impacto sobre a forma com a qual um indivíduo vai sentir as coisas e interagir com o mundo ao seu redor. Apesar de ser algo bastante delicado para a criança e, também, para os seus pais, através da informação e do apoio de profissionais especializados é possível superar os desafios e lidar de maneira positiva com essa condição que afeta cerca de dois milhões de brasileiros. Continue lendo para saber o que é o autismo e como ele se manifesta.
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Por Que é Importante Falar Sobre o Autismo?
Quando se fala em autismo, o nome mais correto é Transtorno do Espectro do Autismo, conhecido pela sigla TEA. Isso porque se trata de uma condição que pode se manifestar de maneiras diferente em cada indivíduo. O professor norte-americano Stephen Shore, conhecido mundialmente por suas pesquisas sobre o assunto, disse que ter contato com um autista não faz de ninguém um conhecedor do autismo, já que cada caso é único.
Enquanto para alguns os sintomas se manifestam com maior intensidade, para outros são sentidos de forma mais leve. É exatamente essa diferença que faz com que o autismo seja rodeado de dúvidas. Por isso, é necessário falar sobre ele, para que cada vez mais pessoas tenham acesso à informação e saibam lidar de maneira positiva com os autistas, acolhendo a eles e seus pais, e evitando a criação de ideias preconceituosas.
O Que é o Autismo e Quais São as Suas Principais Características?
Ao observar um grupo de crianças, não é possível identificar se há alguns autista entre elas, já que se trata de um distúrbio que é invisível aos olhos. Como é uma condição neurológica, a diferença está na forma com a qual as pessoas que têm o problema processam as coisas. Isso impacta diretamente no comportamento, na forma de pensar e se comunicar.
De maneira geral, os portadores do TEA são mais sensíveis a estímulos que, normalmente, passam despercebidos para nós, como ruídos ou excesso de luz, o que faz com que eles se sintam sobrecarregados. Em relação à comunicação, um ponto bastante marcante é o fato de eles processarem as palavras de maneira literal, assim, se sentem confusos ao ouvirem expressões como “dar uma mãozinha”, “perder a cabeça”, “de mão beijada”, entre outras.
Em se tratando do comportamento, geralmente os autistas realizam movimentos repetitivos, como bater as mãos ou balançar o corpo, por exemplo, insistem em fazer sempre as mesmas coisas e têm resistência a mudanças. Muitos indivíduos com um transtorno do espectro do autismo têm prejuízos cognitivos significativos, embora alguns tenham um QI normal para a sua idade ou, até mesmo, acima da média.
Os Três Tipos e Níveis de Autismo
Por ser um transtorno com vários níveis e formas diferentes de manifestação, os casos de autismo são divididos em três tipos:
Síndrome de Asperger: é considerado o tipo mais leve de autismo. Nesse caso, o diagnóstico costuma vir mais tarde, quando a criança tem entre cinco e nove anos de idade. O desenvolvimento de sua inteligência ocorre normalmente, tanto que geralmente é acima da média, o problema se dá em relação às habilidades sociais. Assim, o indivíduo pode ter problemas para interagir com outras pessoas.
Transtorno Invasivo do Desenvolvimento: como o próprio nome sugere, nesse tipo de transtorno a criança apresenta alguns atrasos no desenvolvimento, incluindo sua capacidade de sociabilizar, se comunicar e usar a imaginação. Ela pode se sentir confusa em relação ao mundo ao seu redor e ter problemas para entender como tudo funciona.
Transtorno Autista: é conhecido como o tipo mais grave de autismo, o que faz com que se possa experimentar todos os sintomas apresentados de forma intensa. É comum que os sinais sejam percebidos logo cedo, podendo se tornar mais fortes conforme o indivíduo cresce. Alguns têm inteligência abaixo da média, mas muitos ficam dentro da média ou acima dela, sendo considerados autistas de alto desempenho.
Dicas Para os Familiares de Crianças Autistas
Receber o diagnóstico de algum tipo de Transtorno do Espectro Autista é, realmente, algo bastante delicado, tanto para a criança quanto para os seus familiares. Contudo, existem atitudes que podem ajudar a transformar os desafios em aprendizado e manter a família ainda mais unida. Confira!
1 – Busque Informações
O primeiro passo para lidar com o desconhecido é aprender mais sobre ele. Nesse sentido, procure se informar a respeito do autismo, lendo livros, visitando sites, conversando com profissionais da área. Quanto mais informações tiver acesso, mais seguro irá se sentir, o que, certamente, irá impactar positivamente na sua relação com a criança.
2 – Participe de Grupos de Apoio
Fazer parte de grupos de apoio de pais e familiares de autistas, sejam eles presenciais ou virtuais, é uma forma fantástica de se familiarizar com o assunto através do compartilhamento de dicas e experiências. Dessa maneira, é possível aprender através das vivências do outro e, até mesmo, fazer novas amizades com indivíduos que estão passando por situações parecidas com as que está vivendo.
3 – Estimule o Contato Social da Criança
Por mais desafiador que seja para uma criança autista interagir com outras pessoas, é muito importante que os pais incentivem esse contato. Peça para o profissional que está cuidando do caso que dê dicas para que essa interação aconteça de forma segura e positiva.
4 – Peça Ajuda
Uma criança autista precisa de muitos cuidados, principalmente nos casos em que os sintomas são mais intensos. Por isso, sempre que precisar, peça ajuda a outros familiares e amigos. Lembre-se que também precisa descansar para se manter forte e oferecer o seu melhor ao pequeno ser que precisa tanto de você. Por isso, quanto mais apoio tiver, melhor será para a criança e toda a família.
5 – Tire um Tempo Para Si e Para Outros Membros da Família
Muitos pais se dedicam tanto aos seus filhos que acabam deixando de cuidar de si. Essa postura deve ser evitada porque é fundamental eles estejam bem para darem todo o carinho que a criança precisa. Portanto, lembre-se de tirar um tempo para si, para fazer as coisas que gosta e, também, para dar atenção a outros membros da família, principalmente se tiver outros filhos.
Espero que este artigo tenha te ajudado a conhecer mais a respeito do autismo e seja um incentivo para que busque mais informações sobre o assunto. Aproveite para compartilhar o conhecimento em suas redes sociais e contribuir para que os autistas sejam cada vez mais acolhidos pela sociedade.
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