Você já percebeu que, em alguns aspectos ou em algumas fases da vida, parece que simplesmente não progredimos? É como se a cada passo que damos para frente, damos dois para trás. Na verdade, o que ocorre são “prisões” que a própria mente cria e que se convertem em comportamentos negativos.
O psiquiatra e autor Augusto Cury deu a essas prisões o nome de “armadilhas da mente humana”. Elas são 4: comodismo, vitimismo, ignorância em relação aos próprios erros e medo de arriscar-se. Neste artigo, você vai compreender melhor essas armadilhas, bem como vai conhecer o que podemos fazer para lidar adequadamente com elas. Para saber mais sobre o tema, é só continuar a leitura a seguir!
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Armadilha 1: comodismo
O comodismo, ou conformismo, é a armadilha daqueles que se sentem presos às vontades do destino. Para eles, a vida é incontrolável, sendo que nada pode ser feito para lidar com o que acontece de ruim. Isso não é verdade. É fato que nem tudo está sob o nosso controle, mas há muitas coisas que estão. Por isso, cada pessoa deve compreender que ela tem o poder de agir e de reagir diante das diferentes situações que a vida nos apresenta.
Todo mundo tem um pouco do conformismo dentro de si, alguns mais, outros menos. Essas pessoas não lidam bem com as críticas, por exemplo. Assim, ao receberem um resultado negativo em algum aspecto da vida, abandonam o barco e desistem de tentar novamente. Preferem permanecer na zona de conforto, fazendo aquilo que já sabem e que já conhecem.
De fato, permanecer nessa área pode nos livrar dos riscos, mas também nos afasta de muitas oportunidades de crescimento. Para livrar-se dessa armadilha, deixe a preguiça de lado e defina objetivos maiores. Confie nas suas próprias capacidades, pare de encontrar desculpas para não fazer algo, admita as suas dificuldades e se esforce para superá-las. É um processo difícil, mas essencial para realizar os seus sonhos. Se necessário, peça ajuda, sem medo das opiniões alheias!
Armadilha 2: vitimismo
A segunda armadilha é conhecida como vitimismo ou coitadismo. Ela é um pouco parecida com a primeira, mas ainda mais intensa e prejudicial. O coitadismo consiste em ter uma compaixão excessiva por si mesmo, colocando-se sempre na posição de vítima das circunstâncias, como se todas as outras pessoas quisessem o seu mal. Isso potencializa o comodismo, ou seja, a sensação de que não há nada que a pessoa possa fazer, o que nem sempre é verdade.
A grande desvantagem do vitimista é que ele é teimoso, defendendo com alguma frequência ideias como “eu sou assim”, “eu não tenho como mudar”, “eu não tenho culpa se os outros me odeiam”, e por aí vai. Essa pessoa é incapaz de perceber que muitos dos problemas que ela tem podem ser resolvidos se realizar pequenas mudanças no seu próprio comportamento. São indivíduos que precisam compreender que nem todo mundo está contra eles.
Todo mundo é um pouco vitimista, mas não podemos permitir que esse comportamento seja constante. Para isso, devemos mergulhar no autoconhecimento, identificando as nossas forças e os nossos pontos que precisam de melhorias. Assim, a pessoa que conhece bem a si mesma não vai dar tanta importância nem acreditar em tudo aquilo que lhe falam sobre ela mesma. Mais do que isso, ela vai aprender a progredir no que precisa, em vez de sentir-se perseguida ou inferior.
Armadilha 3: ignorância em relação aos próprios erros
A armadilha 3 é uma das mais fortes em qualquer ser humano. Todo mundo erra, afinal de contas, a perfeição não faz parte da nossa espécie! Sendo assim, as pessoas evitam se expor ou se mostrar completamente como são, sempre selecionando bem a maneira como vão se relacionar com os outros. Os erros e as falhas, por mais que sejam naturais, são motivo de vergonha para muitos
Em decorrência disso, as pessoas têm medo de se arriscar e de viver em plenitude. Especialmente quando há relações de poder desiguais, segundo Augusto Cury, aí é que a pessoa tem mais medo de mostrar as suas vulnerabilidades.
O problema é que, quando nós não nos permitimos entrar em contato com os nossos erros, não nos permitimos também aprender com eles. Resumidamente, o importante é aceitar que os erros fazem parte da experiência humana e que, por mais que eles sejam indesejados, vale a pena extrair deles aprendizados. Aliás, cometendo erros, nós encontramos o jeito certo de agir. Além disso, assumir os erros pode ser muito relaxante, pois nos tira de vez a pressão de ser perfeitos — o que, aliás, é impossível!
Armadilha 4: medo de arriscar-se
Por fim, a armadilha 4 é diretamente uma consequência da armadilha 3. Quem tem medo de errar tem medo de se expor às situações em que o erro possa ocorrer, ou seja, aos riscos. O problema é que tudo aquilo que fazemos na vida envolve algum tipo de risco. Começar um curso, procurar um emprego, trabalhar, investir dinheiro em algo, dirigir, cozinhar, começar um relacionamento amoroso, comprar uma casa, e por aí vai.
As nossas escolhas sempre podem ou não dar errado. O que nós podemos fazer é investir na preparação, no planejamento e na organização, mas é impossível que nós nos fechemos de vez em uma bolha, sem correr qualquer risco. Ao contrário das vítimas das armadilhas anteriores, quem tem medo de se arriscar até define os seus objetivos, mas não consegue agir para concretizá-lo.
Por isso, para vencer esse medo, devemos permitir que a vontade de vencer supere o receio de dar errado. Somando essa motivação interna ao planejamento cuidadoso, o indivíduo conseguirá agir e vencer os obstáculos, mesmo sabendo que é impossível acabar com todos os riscos existentes. Além disso, é importante lembrar que a existência de riscos engrandece as nossas vitórias, o que será algo a ser comemorado!
Conclusão
As armadilhas da mente humana são “abrigos” que as pessoas encontram para evitar o sofrimento, mas que, paradoxalmente, as prendem na zona de conforto e as impedem de alcançar as suas metas, o que também causa sofrimento. Diante disso, confie um pouco mais nas suas habilidades. Reconheça-se como um ser humano que às vezes cai nessas armadilhas, o que acontece com absolutamente todos nós. Contudo, reconheça-se também como um ser humano capaz de superá-las!
E você, querida pessoa, em quais dessas armadilhas da mente humana tem caído com mais frequência? O que você pode fazer para vencê-las? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!