Sempre que uma pessoa luta por um objetivo em sua vida, tudo parte de uma intenção de ver aquele objetivo concretizado. É assim se alguém deseja fazer um curso, poupar dinheiro, crescer na carreira, comprar um carro, e por aí vai. Antes que essa pessoa tenha qualquer atitude concreta em relação a esse objetivo, ela teve uma intenção, ou seja, uma manifestação real de um desejo.

Quando alguém não consegue realizar aquilo que havia se prontificado a fazer, é comum a pessoa dizer que “o que vale é a intenção”. Mas será que isso é verdade? Até que ponto as intenções importam? Acompanhe a reflexão a seguir.

O que é uma intenção?

A intenção é o objetivo na mente, ou seja, a ideia; a visualização de que aquilo pode ser posto em prática. Sem a intenção, não existe objetivo nenhum. Toda empresa que hoje é um sucesso partiu de uma intenção. Todo medicamento que leva a cura a complicadas doenças foi, um dia, uma intenção. Toda produção hollywoodiana que foi sucesso de bilheterias também passou pela fase da intenção.

Quando uma pessoa tem a intenção de fazer algo, isso significa duas coisas. A primeira é que ela tem uma capacidade de sonhar e de transformar sonhos em projetos. A segunda é que ela precisa agir para que essa intenção transforme-se em realidade. E é aí que a intenção começa a exigir outros elementos.

Por que a intenção apenas não basta?

A intenção de fazer algo é importantíssima para que esse algo se realize. No entanto, ela deve ser entendida apenas como um ponto de partida, ou seja, como um fator motivacional inicial. Passado esse momento, é preciso colocar essa intenção no papel e planejar as ações necessárias para que ela ganhe vida.

Se uma pessoa, por exemplo, tem a intenção de abrir um negócio próprio, é claro que essa intenção é importante. Provavelmente, ela é resultado de uma mente empreendedora, que acredita em suas capacidades de trazer ao mundo uma solução inovadora, por meio de produtos ou serviços.

Contudo, para que essa empresa de fato exista, esse indivíduo deve começar a arquitetar esse projeto. Ele deve colocar no papel questões do tipo:

  • Qual produto/serviço será comercializado? Quais preços serão cobrados?
  • Será uma empresa física ou digital? Por quê?
  • Quais departamentos farão parte da composição da empresa? Quantas pessoas deverão ser contratadas?
  • Qual é o público-alvo da empresa?
  • Quanto dinheiro precisará ser investido?
  • Qual é a estimativa de tempo até que essa empresa comece a lucrar?

Essas são apenas algumas das questões mais básicas que todo empreendedor precisa responder no início de um projeto. Entretanto, qualquer pessoa, diante de qualquer objetivo na vida, cedo ou tarde se depara com questionamentos desse tipo, que, embora desafiadores, orientam as ações para a concretização dessa intenção.

Precisamos desenhar estratégias, ponderar opções e fazer escolhas diante de qualquer objetivo: fazer um curso, adquirir um imóvel, ter filhos, entre outros. Depois de executar um bom planejamento, é hora de colocar as mãos na massa e, de fato, trabalhar para que esse sonho se torne realidade.

Por que utilizamos a desculpa da intenção?

Quando uma pessoa começa, de fato, a agir em busca da concretização da sua intenção, ou mesmo na etapa anterior (a do planejamento), ela pode dar-se conta de que o caminho entre o ponto atual e o ponto desejado não é assim tão curto ou rápido. É nesse momento que muita gente desiste e dá como desculpa frases do tipo “ao menos eu tentei” ou “o que vale é a intenção”.

Como citamos anteriormente, é claro que a intenção é importante. No entanto, não podemos viver apenas de intenções, não é mesmo? Se Steve Jobs tivesse parado na fase da intenção, provavelmente a Apple não existira. Se Thomas Edison acreditasse que “o que vale é a intenção”, provavelmente ninguém saberia hoje o que é uma lâmpada incandescente.

Geralmente, as pessoas empregam a desculpa da intenção quando percebem que não serão capazes de concretizar um determinado objetivo. Isso normalmente ocorre por dois motivos: por uma falha na fase de planejamento ou por procrastinação.

A falha na fase de planejamento pode acontecer porque a intenção da pessoa estava muito distante da realidade e, na hora de agir, ela percebeu que o caminho seria muito mais complexo do que pensava. A procrastinação, por sua vez, tem a ver com a distância que existe entre o que a pessoa deseja e o que a pessoa faz para concretizar esse desejo. Há pessoas que têm tanto medo de falhar que adiam constantemente a realização dos seus sonhos e, com isso, não saem do lugar.

3 dicas para sair da fase da intenção e realizar os seus sonhos

Agora que você já entende as razões que levam as pessoas a se utilizarem da intenção como desculpa para as suas falhas, você deve estar se perguntando: como podemos “sair dessa fase” e de fato transformar intenções em conquistas? Para isso, confira as três dicas a seguir.

1. Tenha certeza do que você quer

Boa parte das pessoas que não saem da fase da intenção comete esse erro porque não tem certeza daquilo que quer. Existe uma diferença muito grande entre “quero ser dono do meu próprio negócio de estética” e “talvez seja interessante ter uma empresa de alguma coisa aí”. Uma intenção se torna um projeto quando uma pessoa tem clareza dos seus objetivos. Sem essa motivação real, qualquer problema do percurso se torna desistência.

2. Planeje as suas ações

Tendo definido exatamente o que você deseja, é hora de planejar tudo aquilo que será necessário fazer, adquirir ou desenvolver para que essa intenção de fato se torne uma realidade. Lembre-se do exemplo do empreendedor do início do texto: há muitas questões a serem respondidas e muitas escolhas a serem feitas. No planejamento, desmembre o seu grande objetivo em metas menores, definindo prazos para cada uma delas. De degrau em degrau, você se surpreenderá com as suas capacidades.

3. Não espere o momento ideal

Muitas pessoas desenvolvem a crença de que haverá um momento futuro em que todas as circunstâncias serão perfeitas para agir. O problema é que esse momento não existe, e, quando a pessoa se dá conta, ela já perdeu muito tempo e opta por desistir. Portanto, você deve, sim, planejar, mas não espere o momento perfeito, pois ele jamais chegará. Essa crença serve apenas para que você procrastine, o que é um enorme gatilho para que você abandone os seus sonhos.

Planeje-se, mas não demore em começar a agir. Obstáculos que você nem imagina vão surgir, e você deverá recalcular a rota do seu planejamento inicial algumas vezes. É assim mesmo, mas, se a sua intenção for realmente forte, certamente você será capaz de vencer as adversidades e concretizar tudo aquilo que um dia esteve em sua mente.

Que as dicas acima possam estimular você a abandonar a desculpa da intenção e a agir para conquistar os objetivos que você tiver determinado para todas as áreas da sua vida!

E você, está apenas na fase da intenção ou já está agindo para transformar a sua realidade? O que você tem feito para realizar os seus sonhos? Comente e deixe a sua resposta no espaço abaixo. Por fim, não se esqueça de compartilhar este artigo em suas redes sociais. Leve esta reflexão a todos os seus amigos, colegas e familiares!