Toda a vida é composta de pequenas partículas em fluxo constante. Todos os seres humanos compartilham as mesmas partículas que os elefantes, as cobras, os animais marinhos, com a atmosfera. É a energia que circula entre nós que nos une e nos conecta. Quando falamos da Divindade interior, não estamos dizendo que apenas a veem ou a entendem quem possui uma religião, e sim quem olhou para dentro de si mesmo e percebeu que, na verdade, a

Divindade mora dentro de nós. Ela é justamente essa energia que circula e abraça cada um de nós, em qualquer lugar do mundo. Isso que estou chamando de energia é o que nos forma. Somos apenas seres que caminham, falam, deitam e sempre levantam porque essas pequenas partículas formam partículas maiores (átomos, moléculas, células e assim por diante) para termos formas, jeitos e sentimentos.

Pense que cada pessoa carrega a criação do mundo dentro de si, cada pessoa é um universo de partículas microscópicas. Então, como podemos parecer distantes uns dos outros se somos feitos do mesmo pó de estrela? Por isso, quando ingressamos no caminho da consciência universal, adquirimos a percepção de que somos feitos da mesma coisa, compartilhamos a mesma energia Divina e só podemos ser vistos como únicos dentro de uma unidade maior.

Uma mente evoluída tem a verdadeira noção de que essa energia nos toca profundamente de forma amorosa e gentil, fazendo com que nossos mais profundos desejos sejam atendidos e nos guiando para o caminho devido (que pode não ser o mais fácil a princípio, mas é o único que nos leva à evolução). O sentimento da solidão deixa de existir dentro de nós, a carência e a fraqueza do espírito evaporam. Se sentir perdido ou à margem da sociedade não parece mais um problema. Isso acontece quando temos a ciência de que não é possível estar sozinho quando a energia que emana de nós atinge a todos os seres viventes.

A carência deixa de ser uma constante quando vemos em cada abraço, em cada pensamento ou em cada palavra sincera uma fonte genuína de amor e tranquilidade. As nossas fraquezas são apenas um motivo para sermos ainda mais fortes. O caminho se estende a nossa frente, cada passo que damos é cheio de convicção e certeza. Não há vendas nem encruzilhadas quando tomamos o caminho carregando no peito todo o estado de graça, estado que conduz diretamente à riqueza espiritual e material, por consequência.

A vida flui como vento que sopra nas árvores, que faz as folhas balançaram, mas elas sempre voltam a sua posição inicial e em direção à ordem da vida. Tudo se apresenta envolto em amor incondicional, alegria genuína e tranquilidade sem limites. O laço que criamos com a Divindade nada mais é que o laço que atamos com os mais fortes nós de nossa própria essência e com a felicidade universal. Não adianta se dirigir ao exterior e tentar encontrar na vida ao redor o real valor do Supremo.

É necessário que seja feita uma incursão sobre si mesmo e ver que a felicidade já existe, que a abundância já existe, que o amor já é pleno e infinito. A partir desse momento, não importa em que lugar esteja, com quem esteja, em quem realmente acredite (ou se não acredita em nada), você encontrou a Divindade e encontrou algo ainda bem mais poderoso: o verdadeiro sentido da união da vida. Tudo que era imenso se transforma em pequenas coisas, e aquilo que parecia pequeno, até invisível, se transforma no mais imensurável ser.

O Universo era pequeno, seu ego enorme. A Divindade afaga e nos mostra que inverter essa lógica traz muito mais felicidade do que se a mantermos desse jeito. O Universo precisa ser grande, as pessoas que nos cercam precisam ser infinitas em bondade e amor, os animais precisam ser infinitos, o ecossistema precisa ser infinito, e não tudo aquilo que acreditamos ser o que impede a nossa profunda realização. Deixemos os problemas, os obstáculos, as tristezas, os rancores e as raivas pequenas para que passemos por eles mais facilmente e não deixemos de ver o Divino que construiu sua morada dentro de nós.

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