Nos ligamos às pessoas por meio do amor, independentemente de ser amizade, relacionamento conjugal etc. O amor é o sentimento- base das pessoas. Ele permeia nossa existência.

Quando estamos em contato com um amor profundo e verdadeiro tudo na nossa vida se transforma. É através do amor que passamos a ter a capacidade de compreender quem somos, de onde viemos, nosso eu mais profundo e a raiz de nossas dificuldades. É através do amor que descobrimos a enorme força que carregamos dentro de nós capaz de mudar tudo.

No desenvolvimento das constelações podemos entrar em contato com esse profundo amor, um amor real, imperfeito mas poderoso. O amor que buscamos entrar em contato nas constelações familiares nada tem a ver com o conceito de amor romantizado que vemos ser propagado por ai, ele é mais profundo e transformador, é ele que te dá a identificação do seu “EU” dentro de um sistema.

O psicoterapeuta Bert Hellinger observou que existem 3 leis universais que regem os sistemas e nossa vida: a lei da Ordem, do Equilíbrio e do Pertencimento. Elas coexistem e agem ao mesmo tempo. Ainda que não saibamos sua existência ou seu conteúdo, as leis ficam em ação e para que haja harmonia no sistema, elas devem ser respeitadas.

As Ordens (ou Leis) do Amor são leis naturais que acontecem ainda que não haja consentimento prévio de vontade.

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1ª Lei: Todos têm o igual direito de pertencer

A Lei do Pertencimento garante que todas as pessoas, independente de uma atitude “Condenável”, continuam tendo o direito de Pertencer ao Sistema (Família, Organização etc.).

A Lei do Pertencimento diz que todos que fazem parte de um sistema familiar jamais podem ser excluídos ou deixar de pertencer.

Nos casos em que há exclusão de um membro da família, acaba-se criando um efeito paralelo, que consiste na “Repetição, Não Intencional, do mesmo comportamento reprovável” em alguns membros das gerações seguintes (filhos, netos ou bisnetos) ou ainda, como questões entre irmãos ou casal.

Quando isso acontece, o sistema busca por uma “reinclusão” de quem está afastado na forma de alguma dificuldade para os membros do sistema. Tal dificuldade só passa quando o membro é incluído novamente no sistema.

2ª Lei: O equilíbrio entre o dar e receber

Segundo os estudos de Bert, entre pais, filhos e casais, existe uma ordem natural no processo de Dar e Receber. Esta ordem obedece uma hierarquia etária, ou seja, vem do mais antigo para o mais jovem: os pais dão amor e carinho aos seus filhos.

“Muitas famílias passam por sérios problemas quando esta ordem é invertida e esta alteração no processo de dar e receber, pode afetar a saúde física e emocional dos filhos em prol da união e felicidade dos pais.”

A Lei do Equilíbrio fala da troca entre dar e receber.

Caso uma pessoa dá e a outra só recebe, automaticamente, há um desequilíbrio.

Os desequilíbrios nas relações aparecem como rupturas.

Nessa relação, aqueles que muito recebem, podem agir de 3 formas:

  1. Ser grato pelo muito que recebeu
  2. Tentar diminuir e atacar a pessoa que deu muito, a ponto de uma das partes se sentir tão inferior quanto a outra
  3. Deixar a pessoa que muito deu, seja traindo ou abandonando a relação

Sendo assim, para que os relacionamentos sejam duradouros, para que o AMOR dê certo é extremamente importante que o Equilíbrio entre Dar e Receber seja respeitado.

3ª Lei: Hierarquia de tempo, os mais antigos vêm primeiro

A Lei da Ordem fala sobre a ordem natural das coisas. Isso significa que quem vem primeiro, é o mais antigo e deve ter prioridade sobre quem vem depois, ou seja, nos sistemas familiares, os pais têm prioridades sobre os filhos. Os pais são grandes e os filhos pequenos, desse modo, retomamos a segunda lei, os pais dão e os filhos recebem.

Quando esta ordem natural é invertida, de modo que os pais se sintam menores que os filhos, o estado emocional fica alterado e isso gera um grande desconforto que por sua vez, é manifestado em forma de sofrimento autoimposto.

A quebra dessa lei causa “pressão”, que busca restaurar o lugar na ordem de cada um dentro do sistema. E é comum essa lei ser quebrada quando os mais novos tentam curar a dor dos mais velhos.

A ajuda, nesse sentido, é possível desde que todos permaneçam em seus respectivos lugares dentro do sistema.

Nos casos em que acontecem um Segundo Casamento, a união atual tem prioridade sobre a anterior, contudo, se houver filhos do primeiro casamento, esses têm prioridades sobre o segundo casamento e há a necessidade que a mãe dos filhos seja reconhecida como a Primeira Mulher e mãe dos filhos do marido.

Durante uma Constelação, o objetivo é identificar quais leis  podemos transgredir e nos recolocar no sistema para que possamos respeitá-las.

A riqueza das Relações, sejam conjugais ou parentais, está pautada no Equilíbrio e Respeito a essas três leis.

Por meio de uma imagem viva e sensorial da Constelação, é possível que o constelado enxergue uma solução do conflito que pode ser nova e libertadora.

A Constelação pode ser a Cura da Alma.

Agindo desta forma, a vida segue em harmonia, equilíbrio e as relações serão bem-sucedidas.

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