Uma vida mais feliz é o que toda e qualquer pessoa do mundo deseja. Não importa se ela esteja agora no Japão ou se tenha vivido há 300 anos no Brasil: felicidade é uma meta universal.

Por conta disso, é natural que, em cada cultura que surgiu ao longo do tempo, diferentes visões de mundo tenham aparecido também, incluindo o que é preciso para ser verdadeiramente feliz. Os filósofos da Grécia Antiga tinham as suas opiniões, assim como os iluministas na Europa do século XVIII. Neste artigo, vamos nos dedicar com mais atenção aos 4 princípios básicos da felicidade, na visão do povo tolteca.

Preparado para descobrir os segredos da felicidade? Então, siga em frente e tenha uma ótima leitura!

Quem foram os toltecas?

Os toltecas foram um povo que ocupou a porção centro-sul do México entre os séculos X e XII, portanto, antes da chegada de Cristóvão Colombo à América. Foram uma cultura bem-sucedida, com importantes contribuições para a civilização no que diz respeito aos calendários, à escrita e à metalurgia.

O império tolteca teve a sua queda diante da invasão dos chichimecas, mas, ainda que a civilização tenha acabado, alguns dos seus legados se perpetuaram. Médico aposentado e descendente dos antigos toltecas, Don Miguel Ruiz sabe bem disso, pois é mestre da tradição tolteca. Ele é o autor do livro “Os quatro compromissos — o livro da filosofia tolteca”, de 1997.

Na obra, Ruiz relata os 4 compromissos que toda pessoa deve assumir consigo mesma para que encontre a verdadeira felicidade, de acordo com os toltecas. O processo envolve a busca pela harmonia com tudo aquilo que está ao nosso redor, o que inclui desaprender hábitos nocivos e substituí-los por novas atitudes, mais compatíveis com um futuro de paz e felicidade.

Adquirir a consciência de que precisamos mudar e agir no sentido de promover essas mudanças são as grandes dificuldades que as pessoas enfrentam no caminho para a felicidade, segundo o autor. O processo como um todo é complexo, mas positivamente transformador para que nos libertemos dos conflitos e do sofrimento.

Os 4 compromissos dos toltecas

Ainda de acordo com Don Miguel Ruiz, adotar os 4 compromissos dos toltecas é um processo gradativo, que nos dirige ao bem, ao amor e à harmonia. Nenhuma transformação profunda se dá do dia para a noite, no entanto, de modo que a paciência e a perseverança se fazem ingredientes essenciais a essa filosofia.

Na sequência, você vai conferir, de forma resumida, os 4 compromissos dessa rica cultura, mas recomenda-se a leitura do livro na íntegra para a aquisição de um conhecimento mais sólido, à procura de uma vida de mais equilíbrio.

1. “Seja impecável com a sua palavra”

A palavra, seja ela falada ou escrita, é uma das mais utilizadas maneiras de concretizar os nossos pensamentos. É por meio delas que comunicamos as ideias que temos aos nossos semelhantes, de modo que elas revelam tudo aquilo que está em nosso interior.

Ser impecável com a palavra significa não pecar por meio dela. Pecar, aqui, pode ser entendido como utilizar a palavra para fazer o mal, para disseminar a mentira, para incentivar a discórdia, para julgar, para criticar e para condenar — o outro ou a nós mesmos.

A palavra pode nos libertar, mas também pode nos escravizar. Por isso, abandonar essas atitudes de pecado com a palavra é um fator que nos liberta e nos livra dos conflitos e do sofrimento. Dessa forma, antes de falar ou de escrever qualquer coisa, precisamos nos certificar de que as palavras escolhidas estejam na direção do bem, do amor e da harmonia. É o compromisso mais importante!

2. “Não leve nada para o lado pessoal”

Qualquer coisa que aconteça com você não deve ser direcionada para o lado pessoal. Se um completo desconhecido o para na rua e o ofende, por exemplo, não há por que sentir-se ofendido, afinal de contas, a pessoa sequer o conhece. A ofensa diz mais sobre o ofensor do que sobre o ofendido.

As coisas só nos ofendem verdadeiramente quando acreditamos nelas e concordamos com o que foi dito. Isso acontece quando damos importância demasiada ao que os outros nos dizem, muitas vezes mais do que às opiniões que nós mesmos construímos a nosso respeito.

Uma pessoa que combate esse sistema combate também o egoísmo, pois adquire a consciência de que o mundo não gira em torno de si. Além disso, quem não leva as coisas para o lado pessoal não se ofende com as críticas e também não se ilude com os elogios. Ofensas e falsidades alheias não atingem esse indivíduo, pois ele é um profundo conhecedor de si mesmo.

3. “Não tire conclusões”

As conclusões que tiramos acerca de outras pessoas ou de situações sobre as quais não temos total conhecimento são a base do preconceito. Isso nos leva a agir de forma precipitada e, muitas vezes, de maneira equivocada. Tirar conclusões é algo muito fácil, mas elas nem sempre são verdadeiras. Quantas vezes não pensamos o pior de uma pessoa e causamos graves conflitos sem a menor necessidade?

Da mesma forma, não gostamos quando alguém tira conclusões precipitadas a nosso respeito, não é mesmo? Portanto, qualquer presunção resulta em problemas. Entendimentos inadequados de situações ou de intenções das pessoas provocam conflitos que poderiam ser completamente prevenidos se apurássemos os fatos antes de fazer afirmações venenosas. É preciso refletir sobre essas atitudes e evitar que se repitam!

4. “Sempre dê o melhor de si”

Por fim, o quarto e último compromisso da filosofia tolteca para que sejamos felizes consiste em darmos o melhor de nós mesmos em tudo aquilo que fizermos. Isso significa que, quanto mais você adquirir conhecimento, dedicar-se em suas habilidades e corrigir os próprios erros, mais conseguirá alcançar a excelência.

Em contrapartida, quem faz as coisas sem se preocupar com a qualidade e com as consequências daquilo que faz certamente encontra consequências negativas pelo caminho ou, no mínimo, se afasta do alcance dos seus próprios objetivos.

Os toltecas ressaltam, porém, que o “seu melhor” é algo que varia. Há dias em que estamos particularmente dispostos, de modo que alcançamos maiores graus de produtividade. Contudo, há outras ocasiões em que não estamos em estado de humor tão positivo, de modo que o “seu melhor” nesse dia não será tão bom.

É importante aceitar essas inconstâncias da vida, mas agir no sentido de fazer o melhor que estiver ao nosso alcance, mesmo nos dias mais difíceis. Esse último compromisso é, na verdade, um resumo dos três primeiros, pois, quanto mais nos habituarmos a eles, mais conseguiremos despertar as melhores versões de nós mesmos.

Concluindo, os quatro compromissos para uma vida mais feliz, na visão dos toltecas, consistem em: ser impecável com a palavra, não levar nada para o lado pessoal, não tirar conclusões e dar sempre o melhor de si.

E você, querida pessoa, o que pensa desses quatro conselhos dos toltecas? Quais deles você considera os mais necessários para desenvolver agora em sua vida? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, que tal levar esta reflexão a todos os seus amigos, colegas, familiares e a quem mais possa se beneficiar dela? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!