Uma pergunta existencial para começar este artigo: você vive a sua vida? Ou apenas faz aquilo que esperam de você, mesmo que, para isso, você tenha que deixar de fazer o que gosta ou mesmo abrir mão de quem é?

Muitas pessoas encontram-se nessa situação, que é a de não ter uma vida autêntica, ou seja, verdadeiramente sua. De tanto adaptarem-se àquilo que a sociedade, os amigos e os familiares desejam, acabam por perder a sua própria identidade. Ao fim do dia, fica aquele questionamento: quem sou eu?

Se você tem dificuldade em responder a essa pergunta, talvez você esteja vivendo uma vida que não é sua. Isso pode ocorrer de diversas maneiras, e, neste artigo, relacionamos as principais delas, às quais precisamos ficar atentos. Confira-as a seguir e boa leitura!

Quando vivemos a vida dos outros?

Viver uma vida que não é sua é um hábito nocivo para o alcance dos objetivos de vida, para a felicidade e até mesmo para a saúde mental. Mas quando de fato vivemos a vida dos outros? Confira.

Quando não saímos das redes sociais

As redes sociais são portais que nos transportam para as vidas das outras pessoas. Por meio delas, podemos descobrir basicamente tudo sobre qualquer pessoa: nome, idade, status amoroso, locais preferidos, hobbies, emprego, família, amigos, religião, interesses, time de futebol, e por aí vai. Hoje em dia, podemos acompanhar a vida não apenas das pessoas que fazem parte do nosso círculo social, mas também de diversas celebridades.

Há pessoas que abrem os aplicativos desses sites e simplesmente perdem a noção do tempo, de tanto interesse que a vida dos outros provoca. Ninguém precisa abandonar as redes completamente, mas precisamos, sim, monitorar o tempo que passamos nelas. Esses sites não mostram a realidade como é, mas apenas aquilo que as pessoas querem que nós vejamos, o que é sempre uma versão idealizada do dia a dia, composta apenas pelos melhores momentos.

PSC

Quando acreditamos nesse conto de fadas, podemos desenvolver a crença de que a vida de todo mundo é mais feliz e interessante do que a nossa, o que é um gatilho perigoso para os problemas de autoestima e de saúde mental.

Quando nos comparamos com outras pessoas

Isso nos leva a outro grave problema: quando não vivemos as nossas vidas, nos comparamos aos outros. Como diz a expressão popular, passamos a crer que a grama do vizinho é sempre mais verde, o que não é verdade.

O amigo de infância comprou um carro novo, a vizinha viajou para Paris em lua de mel, a colega da academia já perdeu 20 kg, o primo foi promovido no trabalho e já está ganhando muito dinheiro. Todos esses fatos produzem em nós a impressão de que a vida de todo mundo caminha enquanto a nossa está estagnada, o que também não é verdade. Cada pessoa tem a sua realidade, as suas dificuldades e o seu tempo para conquistar o que deseja.

Não é justo comparar a sua vida com a de outras pessoas, tendo em vista que as trajetórias são diferentes e quase nunca contam com as mesmas oportunidades. Canalize a sua motivação para ser melhor do que ontem, e não para ser melhor do que os outros. A vida já é bastante desafiante para criar competições paralelas.

Quando agimos apenas para agradar aos outros

Circula pela internet uma frase que faz bastante sentido: “eu não sei qual é o segredo do sucesso, mas o segredo do fracasso é querer agradar a todos”. Muitas pessoas colocam a razão da sua felicidade na opinião dos outros. Só sentem-se bem quando as suas ideias e comportamentos são aprovados pelos amigos e pelos familiares. No entanto, esses indivíduos podem estar com uma autoestima tão baixa que se esquecem de que ser feliz depende de si e não da aprovação alheia.

Adianta estudar engenharia para fazer a vontade dos pais, se o seu sonho era ser arquiteto? Adianta fingir que concorda com os amigos, sendo que a sua opinião é completamente divergente? Adianta casar-se numa religião que não faz sentido para você? Adianta seguir os cortes de cabelo da revista da moda, mas não gostar do que vê no espelho? Em outras palavras, adianta agradar a todos, mas estar descontente consigo mesmo?

Agradar a todos é impossível. Não há figura na história da humanidade que tenha sido unanimidade, portanto, não tenha a pretensão de contentar a todo mundo. Sempre haverá alguém para criticar as suas escolhas, sejam elas quais forem. Portanto, coloque-se como prioridade. Aprenda a dizer “não”, a lutar pelos seus ideais, a manifestar a sua opinião e a viver de acordo com o que você acredita que o fará feliz. Quem ama você de verdade vai compreender e apoiar as suas escolhas!

Quando a fofoca vira rotina

Como podemos observar no item acima, é muito complicado quando damos ouvidos às críticas alheias e anulamos a nós mesmos para agradar ao outro. Em compensação, quando somos nós aqueles que criticam a vida alheia, também estamos vivendo a vida do outro, e não a nossa. Trata-se do outro lado da mesma moeda.

Assim como ocorre nas redes sociais, algumas pessoas também ficam obcecadas pelas vidas dos outros. Isso pode ocorrer na vizinhança, na família, no círculo de amizades, no local de trabalho etc. Basta que o indivíduo não esteja presente para que se torne o assunto da rodinha. Fala-se de tudo: do salário, da casa, do carro, do corpo, do namorado, entre outras questões que em nada agregam à vida de quem faz os comentários.

Todo mundo comenta sobre a vida alheia, isso é um fato. No entanto, não podemos permitir que isso se torne um hábito. Há pessoas que “dedicam” tanto tempo a atitudes do tipo que simplesmente colocam as suas próprias vidas em segundo plano. Seguem aquela ideia: “já que a minha vida não está muito interessante, vou falar da vida do outro para me divertir”. Mas será que o tempo gasto falando da vida alheia não poderia ser utilizado para tornar a própria vida mais feliz?

Viva a sua vida!

Como você pode perceber, querida pessoa, há diferentes maneiras pelas quais uma pessoa deixa de ser a própria prioridade e começa a viver a vida dos outros. A utilização excessiva das redes sociais, a comparação constante com o outro, a necessidade da aprovação das outras pessoas, a dificuldade em dizer “não” e as fofocas são exemplos a serem evitados.

Viva a sua vida, deixe as comparações de lado, conheça aquilo que faz você verdadeiramente feliz e lute pelos seus objetivos. Quem amar você de verdade estará ao seu lado. Jamais deixe de ser quem você é!

E você, tem desenvolvido alguns desses hábitos que nos impedem de ser quem realmente somos? Deixe o seu comentário no espaço abaixo. Por fim, lembre-se de compartilhar este artigo com todos os seus amigos, colegas, familiares e com quem mais possa se beneficiar desta reflexão, por meio das suas redes sociais!