O departamento de marketing das instituições é responsável por quatro itens básicos, conhecidos como os 4 Ps do marketing: produto (produtos e serviços que a empresa vai disponibilizar para resolver desejos e necessidades da sociedade), preço (quanto a empresa vai cobrar por suas soluções), praça (como será a rede de distribuição dos produtos) e promoção (quais estratégias serão utilizadas para divulgar a marca e as suas soluções).

Por ser um departamento tão essencial na vida de qualquer empresa, é fundamental que todas as decisões a serem tomadas no marketing sejam pautadas em um plano estratégico, conhecido como plano de marketing. Para saber mais sobre a importância dessa ferramenta, continue a leitura do artigo a seguir.

O que é um plano de marketing?

O plano de marketing é um documento que deve nortear, organizar e planejar todas as ações a serem desenvolvidas no marketing de uma instituição. Trata-se de uma importante ferramenta de gestão para esse departamento, pois sintetiza todos os fatores-chave para o seu sucesso, como: estratégias, período, objetivos, indicadores, entre outros elementos fundamentais ao sucesso da organização.

Esse documento precisa ser utilizado em todas essas ações estratégicas, devendo ser desenvolvido e empregado por empresas de todo e qualquer segmento ou porte. Contudo, tão fundamental quanto redigir esse plano é colocá-lo em prática para que resultados cada vez mais expressivos possam ser alcançados.

Quais partes compõem um plano de marketing?

O plano de marketing é composto pelos 11 itens a seguir:

  1. Diagnóstico da empresa: resumo sobre a situação atual da instituição, incluindo a estrutura, os colaboradores, o faturamento, o volume de vendas, o posicionamento atual, as forças e as fraquezas da organização.
  2. Análise ambiental: análise não só da empresa, mas também do cenário em que ela está inserida, levando em consideração os fatores externos (oportunidades ou ameaças): demográficos, econômicos, naturais, tecnológicos, político-legais e socioculturais;
  3. Análise de concorrência: monitoramento das ações dos concorrentes, identificando a sua posição no mercado, as oportunidades de posicionamento e a criação de vantagens competitivas;
  4. Público-alvo: as ações de marketing de uma empresa devem ter um grupo de pessoas como alvo, que deve ser bem segmentado em termos de: faixa etária, gênero, classe socioeconômica, localização geográfica, perfil psicográfico, medos, desejos, necessidades, sonhos, estilos de vida etc.;
  5. Definição de posicionamento: estabelecimento de uma identidade única, relevante e diferenciada de todos os concorrentes no mercado;
  6. Objetivos de marketing: definição daquilo que a empresa deseja obter: conquista de novos clientes, aumento no volume de vendas, crescimento em participação de mercado, aquisição de uma nova imagem/posicionamento etc.;
  7. Determinação de métricas: determinação de indicadores numéricos que permitem que a empresa compreenda se está ou não alcançando os objetivos desejados;
  8. Ações estratégicas: determinação das ações que a empresa adotará em relação a escolhas de produtos, precificação, redes de distribuição e ações de comunicação;
  9. Recursos e orçamento: determinação da quantia financeira investida em todas as etapas e ações de marketing, considerando: funcionários, ferramentas, mídia paga, serviços, internet e eletricidade etc.;
  10. Cronograma e responsáveis: determinação de quais indivíduos ficarão responsáveis por cada etapa e cada tarefa do plano, bem como os prazos para a execução de cada atividade;
  11. Desenvolvimento do plano de marketing: redação do documento oficial que deve conter todas as informações acima em profundidade, mas sem ser uma leitura cansativa.

5 bons motivos para fazer um plano de marketing

Agora que você já sabe o que é um plano de marketing e quais são os itens que o compõem, é hora de conhecer mais a fundo as vantagens que ele oferece às organizações que utilizam essa ferramenta. Conheça-as na sequência.

1. Embasamento para a tomada de decisões

Já deu para perceber que, no mundo do marketing, decisão a ser tomada é o que não falta, não é mesmo? Qual produto lançar? Qual preço cobrar? Vender em lojas físicas ou digitais? Anunciar na televisão ou nas redes sociais? Quanto investir em cada canal de comunicação?

A existência de um plano de marketing, construído com base em pesquisas sérias e dados fidedignos permite que os gestores da área saibam quais são os caminhos com mais chances de encontrar resultados positivos. Não se trata de uma ciência exata, mas de uma ferramenta que aponta estratégias mais eficazes dentro do cenário da empresa.

2. Otimização de investimentos

Outra vantagem que o plano de marketing oferece para as organizações é um melhor aproveitamento de seus recursos financeiros. Sem esse plano, a empresa poderia acabar investindo em diversas estratégias caras e sem potencial real para trazer mais clientes e promover mais vendas.

O plano, por sua vez, mostra os públicos de interesse, as estratégias mais vantajosas a serem adotadas e previsões de retorno sobre aquilo que foi investido. O marketing não deve “gastar” dinheiro, mas investi-lo em ações que proporcionem crescimento.

3. Melhorias na comunicação interna

Além do marketing externo, também existe o chamado marketing interno, ou endomarketing. Trata-se de um conjunto de ações voltadas para conquistar e satisfazer o público interno da empresa, isto é, os seus próprios colaboradores. Ações de endomarketing incluem: definição de planos de carreira, bônus por desempenho, premiações, eventos internos, momentos de descontração e integração, entre outros.

Tudo isso favorece a comunicação interna, a motivação dos colaboradores e a criação de um clima organizacional positivo. Assim, as pessoas produzem mais não apenas porque precisam, mas também porque querem e porque gostam de fazer parte daquela empresa.

4. Mapeamento de cenário

Muitas vezes, as empresas não sabem quais são os seus pontos fortes, pontos fracos, concorrentes e os demais fatores que influem diretamente sobre o marketing. Além disso, essa falta de conhecimento pode esconder as reais ameaças às quais a empresa está exposta e as oportunidades que pode estar perdendo.

O plano de marketing evita que a organização entre nessa guerra contra a concorrência no escuro, pois as informações mostram qual é o posicionamento atual da empresa, quais problemas internos e externos ela precisa resolver e quais oportunidades ela pode encontrar no cenário em que está inserida.

5. Resultados sustentáveis

Por fim, é justo e sensato afirmar que as empresas que tomam decisões baseadas em dados, como um plano de marketing, obtêm resultados mais satisfatórios. O planejamento estratégico (e a sua aplicação dedicada) é o que permite que os objetivos de marketing que foram determinados sejam efetivamente alcançados.

Assim, esses bons resultados podem ser obtidos em curto, médio e até longo prazo, de maneira sustentável. Um plano de marketing bem executado tende a ajudar na aquisição de novos clientes, na satisfação plena do consumidor, no desenvolvimento de produtos de qualidade, na adoção de uma rede de distribuição eficaz, no aumento do volume de vendas, na conquista de mercado, na comunicação eficiente e no fortalecimento de uma marca baseada em uma imagem positiva e atrativa.

Concluindo, o plano de marketing é um documento detalhado que diagnostica os desafios da empresa e aponta os meios pelos quais eles podem ser superados com sucesso, frente aos concorrentes. Portanto, cabe às organizações, independentemente de seu porte ou segmento de atuação, criar esse documento e utilizá-lo antes de tomar decisões estratégicas.

Gostou deste artigo? Então, deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, lembre-se de compartilhá-lo com todos os seus amigos, colegas, familiares e com quem mais possa se beneficiar deste conteúdo, por meio das suas redes sociais!