Você é a mesma pessoa que era há cinco anos? Tem os mesmos objetivos, o mesmo estilo de vida, as mesmas crenças? Muito provavelmente, você respondeu que não. E isso é ótimo.
A mudança faz parte da vida de qualquer pessoa. Geralmente, mudar é um processo lento e gradual, mas há casos em que precisamos de algumas mudanças mais enérgicas, como: parar de gastar tanto, controlar os ciúmes da pessoa amada, ter mais disciplina na academia etc. Se não promovermos mudanças do tipo em nossas vidas, consequências negativas estarão por vir.
Mas por que é tão difícil mudar? Essa é a pergunta que vamos responder neste artigo.
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A importância da mudança
Sempre que adquirimos algum conhecimento novo, isso muda a nossa forma de compreender o mundo. Por exemplo, se você adquire o conhecimento de que a prática regular de exercícios físicos melhora a sua saúde física e mental, você provavelmente começará a analisar a sua vida até aqui e a refletir sobre como melhorá-la.
Se você não praticar exercícios físicos e continuar com uma alimentação desregrada, vai continuar enfrentando os mesmos problemas de saúde, que inclusive só tendem a aumentar com o tempo. A falta de mudança nos impede de progredir, de atualizar o nosso sistema interno, de resolver problemas que já estão conosco há muito tempo.
O exemplo acima de saúde e qualidade de vida é apenas um aspecto dos vários que compõem nossas vidas. Diariamente, adquirimos novos conhecimentos e, por conta deles, descobrimos que crenças antigas que possuíamos já não fazem mais sentido para nós. Essa mudança de crenças é importante para que se manifeste também em mudança de atitudes, de modo que encontremos uma vida de mais felicidade e plenitude.
Em contrapartida, aquelas pessoas que simplesmente se recusam a mudar param no tempo. Não progridem, não se adaptam às mudanças do mundo, não aprendem coisas novas e ficam para trás. Isso se vê muito no ambiente profissional, por exemplo. Há profissionais que se recusam a reciclar seus conhecimentos e aprender novas técnicas e ferramentas, o que torna seu trabalho bem menos produtivo do que o da concorrência.
Resumindo: se você não é a mesma pessoa que era cinco anos atrás, parabéns! Mudar faz bem.
Mas por que mudar é tão difícil?
Lendo os parágrafos acima você provavelmente adquiriu uma visão positiva sobre a mudança, não é mesmo? No mundo das ideias, esse processo pode até ser mais fácil. Contudo, quando partimos para a prática, tudo fica mais difícil. Mas não impossível.
Ainda seguindo o exemplo citado acima, compreender que a prática frequente de alguma atividade física é extremamente benéfica para a nossa saúde física e mental não é tão difícil. O difícil é sair do sofá e ir diariamente à academia, não é mesmo?
Isso acontece porque mudar significa trocar de hábitos, e esse processo é extremamente complicado. Acabar com um hábito é difícil e construir um hábito novo também.
O organismo de qualquer ser humano, ainda como resquícios de nosso processo evolutivo, é programado para economizar o máximo possível de energia. Por isso os alimentos calóricos e gordurosos são tão agradáveis ao nosso paladar. Por isso ficar deitado no sofá é muito mais gostoso do que levantar peso na academia.
Esse tipo de hábito está muito enraizado em nós. E um hábito nada mais é do que um mecanismo que desenvolvemos para tornar as atividades mais práticas, agradáveis e com menor gasto de energia. Mudar significa seguir na contramão de tudo isso, por isso é tão difícil.
Quando temos um hábito, nossos neurônios já sabem exatamente o caminho que devem percorrer. Quando adquirimos um novo hábito, precisamos ensinar nosso corpo e nossa mente que uma nova atividade está sendo desenvolvida, o que demanda tempo e esforço.
4 dicas para que o processo de mudança não seja tão complicado
1. Foque no propósito
Para que fique mais fácil promover uma mudança de hábitos em sua vida, você precisa focar no propósito, mais do que na mudança em si. Por exemplo, se você deseja frequentar a academia 5 vezes por semana, não é positivo para sua mente pensar no esforço que será adquirir esse hábito ou mesmo levantar cedo para exercitar-se.
Contudo, se você pensar com frequência nos benefícios dessa mudança, seu cérebro a entenderá como um sacrifício que vale a pena. Por isso, foque no corpo em forma, na disposição, na redução do estresse, na prevenção às doenças cardiovasculares, no fortalecimento dos músculos etc.
Isso vale para todas as mudanças de sua vida. Se quiser gastar menos, por exemplo, lembre-se de como é bom ter dinheiro para conquistar grandes objetivos (como um carro, apartamento ou viagem) toda vez que se apaixonar pela blusa da vitrine.
2. Mude o gatilho
Mudar de hábito exige também que mudemos o gatilho que o dispara. Por exemplo, se você não consegue resistir às incríveis promoções da loja de roupas daquela rua em que você passa todo dia, mude de rota. Se quando você acorda, imediatamente pega o celular e fica enrolando na cama ao invés de levantar-se para ir à academia, não pegue o celular ao acordar. Ou melhor, nem o traga para o quarto quando for dormir.
Como você pode perceber, um hábito associa-se ao outro. Por isso, se você quer acabar com algum hábito, precisa também pôr um fim em seus gatilhos. Assim, seu cérebro compreenderá melhor que você está mergulhado numa nova rotina, o que tornará o processo mais fácil.
3. Mude uma coisa de cada vez
No exemplo acima, você percebeu que controlar os gastos com as liquidações da loja já exigiu que a pessoa mudasse sua rota diária. Isso significa que mudar apenas um aspecto de nossas vidas (nesse caso, a vida financeira) já é um grande desafio, pois o cérebro e o corpo precisam mudar pequenas atitudes do dia a dia.
Agora, imagine o caso de alguém que deseja mudar seus hábitos alimentares, seus exercícios físicos, sua vida financeira, seu relacionamento e o local onde mora. Complicado, né? Mudanças radicais podem ser interessantes nos filmes ou nas novelas, mas, na vida real, “sobrecarregam” o indivíduo, fazendo com que desista mais facilmente. Por isso, a dica dos especialistas é sempre mudar uma coisa de cada vez.
4. Repita o novo comportamento até tornar-se um hábito
Nas primeiras vezes em que você acordar cedo, trocar de roupa, ir à academia, suar a camisa e tomar banho; esse novo hábito parecerá horrível. No entanto, quanto mais você repetir esse comportamento, menos doloroso ele será. Com o passar do tempo, essa nova atividade vai se tornar um hábito, ou seja, vai se tornar um comportamento prático e capaz até de te dar prazer.
Para que isso ocorra, porém, é preciso persistir. Os primeiros dias são os mais difíceis, e é neles que você mais deve se lembrar de todos os benefícios que você tem a ganhar com o novo hábito. Só assim o processo de mudança ocorrerá efetivamente. Não há um prazo oficial para que um novo comportamento se torne um hábito, pois isso varia de pessoa para pessoa.
Só não se esqueça de uma dica importante: crie metas realistas. Se você nunca praticou um exercício físico na vida, não se proponha a tornar-se um triatleta em 2 meses, ok?
Você não pode controlar o mundo, mas pode controlar a si mesmo
Mudar é um acontecimento que envolve muita determinação e uma “reeducação” de nossos corpos e mentes. Você não pode controlar as opiniões de outras pessoas, o clima ou as ações do governo, por exemplo, mas, com certeza, pode controlar as suas ações diante das circunstâncias.
O cérebro é um órgão poderoso. Pode ser difícil para ele acostumar-se a um novo estilo de vida, mas, quando ele se acostuma, você sente que está diante de uma nova rotina, muito mais benéfica e capaz de te aproximar do que te faz verdadeiramente feliz.
Mudar ainda é um grande empecilho para você? Quais são as mudanças que você deseja ver em sua vida? O que tem feito para concretizá-las? Deixe suas respostas aqui nos comentários e não se esqueça de compartilhar as dicas acima com seus amigos e familiares.