Em muitos momentos da vida, inclusive aqui no blog, você já deve ter ouvido falar que precisamos ter persistência para alcançarmos os nossos objetivos, não é mesmo? É preciso ter determinação para prosperar na carreira, atingir metas financeiras, fazer um relacionamento dar certo, praticar atividade física, enfim, tudo aquilo que definimos como um estado desejável.

No entanto, há casos em que precisamos deixar ir. Nem sempre vale a pena insistir em determinado emprego ou relacionamento, por exemplo. Quando colocamos prós e contras na balança, pode ser que cheguemos à conclusão de que um determinado comportamento está nos fazendo mais mal do que bem.

Nesses casos, desapegar-se e partir para um novo rumo não é vergonha nenhuma. Isso não significa desistir por fraqueza, mas escolher seguir um novo caminho. Dizer “não” também faz parte da vida e, em muitos casos, significa uma escolha saudável em nossa rota para a felicidade.

Para entender melhor sobre como esse procedimento deve acontecer em nossas vidas, continue a leitura deste artigo.

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Por que é importante deixar ir?

É natural para a maioria das pessoas fazer planos e achar que sabem o que de fato as fará felizes. Às vezes isso se concretiza, às vezes não. É o caso de uma pessoa que estudou e se esforçou muito para obter um determinado emprego numa área específica. Entretanto, ao deparar-se com o dia a dia da profissão, essa pessoa percebeu que aquela atividade não a fazia sentir-se profissionalmente realizada como achou que seria.

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É normal que isso aconteça. Como seres humanos, às vezes fazemos juízos equivocados e nos arrependemos. Esse tipo de “equívoco” faz parte da vida. O que não podemos fazer é insistir num erro ou numa vida inautêntica, mesmo depois de já termos chegado à conclusão de que aquilo não nos deixa felizes.

Recalcular a rota é algo que deve ser feito sempre que uma estratégia adotada não está surgindo o efeito esperado. Isso vale tanto para as pessoas quanto para as empresas.

Os tipos de desapego

Quando falamos em desapego, quase sempre pensamos em pessoas. Realmente, as inconstâncias da vida nos levam a observar que as pessoas entram e saem das nossas vidas. Amizades e amores que pareciam eternos revelam-se menos fortes do que pensávamos que de fato eram. Por isso, precisamos encerrar alguns relacionamentos, de modo que outros, que façam mais sentido para nós, possam se concretizar.

Contudo, é preciso ressaltar que nem só de pessoas vive o desapego. Além de namorados, maridos e amigos, muitas vezes precisamos também nos despegar de empregos, de lugares, de planos e até mesmo de ideias.

Como crustáceos que precisam trocar de concha, o nosso processo de evolução também exige mudanças. Muitas crenças que antes faziam sentido para nós deixam de fazê-lo. Empregos que pareciam fontes de felicidade perdem valor quando uma oportunidade que nos parece mais atraente surge. Casas ou cidades que antes eram moradias fixas são substituídas por outras, mais consistentes com a nova fase de nossas vidas.

É claro que ninguém precisa pular de galho em galho sem criar vínculos, pois isso também seria negativo. No entanto, é preciso deixar ir, entendendo que o desapego nada mais é do que o fim de uma etapa para que uma nova, que nos deixe mais próximos da felicidade, tenha início.

Lembre-se do que te fez mal

Se você encontra dificuldade em desapegar-se, seja de um amor, de um amigo, de um lugar, de um emprego etc., pense nos aspectos negativos desse fator. Se um relacionamento chegou ao fim, por exemplo, é interessante refletir sobre o que desencadeou esse término:

  • Incompatibilidade de ideias;
  • Diferentes planos de vida;
  • Ciúme excessivo;
  • Brigas constantes;
  • Perda da “chama inicial” que o fez encantar-se pelo outro.

Na vida, precisamos fazer balanços de tempos em tempos. Naturalmente, isso inclui identificar os aspectos negativos das coisas. Você não nasceu para ser infeliz. Portanto, se algo deixou de valer a pena porque os contras estão superando os prós, não tem por que manter isso em sua vida.

Muitas vezes, permanecemos onde estamos apenas por medo de mudar ou por comodismo. Mas o que há de cômodo num relacionamento que te faz sofrer? O que há de cômodo em manter-se num emprego só pelo dinheiro, mas sem qualquer tipo de alegria nas atividades que você desenvolve? O seu maior medo deve ser o de ser infeliz. Portanto, ao detectar que algo precisa ser “cancelado” de sua vida, não hesite em procurar um caminho melhor. Você deve isso a si mesmo.

Lembre-se do que te faz bem

Quando deixamos ir, abrimos espaço para que novas experiências aconteçam. Sempre que “abandonamos” um caminho, precisamos pegar um novo, afinal de contas, não podemos parar, não é mesmo?

A escolha desse novo caminho nem sempre é fácil. Quando encerramos um ciclo, precisamos voltar o nosso olhar para dentro de nós. Por meio do autoconhecimento, nos reconectamos com quem somos, com o que queremos, com o que nos faz felizes, enfim, com a nossa essência verdadeira.

Sem esse momento de introspecção e de um olhar interno, a tendência é a de que acabemos repetindo os mesmos erros. Para que isso não ocorra, pergunte-se: por que eu quero me desapegar? O que deu errado nessa experiência? O que eu posso fazer de diferente na nova etapa? O que eu preciso para ser feliz?

Lembre-se de quem você é, de seus sonhos, de seus objetivos, das coisas da vida que te dão prazer, dos seus valores. Esse conjunto de itens constitui o que te torna único. Certamente, fazendo esse resgate de sua essência, você conseguirá ressignificar os momentos difíceis pelos quais passou e conseguirá escrever as próximas páginas do livro da sua vida.

Entenda que a vida oferece muito mais possibilidades do que imaginamos

Por fim, precisamos entender que a vida pode ter diversos caminhos que nos conduzem à felicidade. Muitas vezes, ainda jovens, acreditamos que só seremos felizes com o emprego X ou namorando a pessoa Y. O tempo passa, e acabamos percebendo que existe vida fora deste ou daquele relacionamento, ou deste ou daquele emprego.

Somos forçados a fazer escolhas importantes em momentos tão iniciais de nossas vidas que nem sempre sabemos de fato o que queremos. Por isso, não crie uma verdade absoluta em sua mente. Muitas vezes, o que te faz mais feliz está num lugar que você nunca imaginou.

Seja em sua vida pessoal, em suas crenças espirituais, em sua carreira, em suas finanças ou nos seus relacionamentos, abra-se ao novo e permita-se vivenciar certas surpresas. No entanto, lembre-se: sem encerrar adequadamente um ciclo, fica difícil iniciar um novo. Coloque um ponto final definitivo nas situações que em nada mais te acrescentam, ou, pior ainda, que te fazem sofrer. Você não merece e não precisa passar por isso.

Para encerrar, fica aqui uma frase do escritor modernista brasileiro João Guimarães Rosa: “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”.

E você, quais são as áreas da sua vida em que precisa “deixar ir”? Você tem mais dicas sobre como lidar com esses momentos? Então, deixe seu comentário no espaço abaixo e não se esqueça de compartilhar este artigo com seus amigos, colegas, familiares e com quem mais possa se beneficiar deste conteúdo.