360b/Shutterstock  A 1ª Lei dos Super-Heróis, baseada nos comportamentos do Batman, diz que é fundamental conquistar o equilíbrio

Equilíbrio é interação entre ser, sentir, pensar e fazer. Super-heróis integram esses quatro estágios centrais da existência em meio à turbulência do mundo.

A lei do equilíbrio reconhece a humanidade dos super-heróis analisando suas realidades interiores. O exemplo desse capítulo vem do Batman. Esse super-herói retrata a homeostasia de sua personalidade após uma infância de torturas, tragédias e a quase condenação ao isolamento. A presença contínua das lembranças do passado de Batman obrigam-no a lidar com sua luz e sombra, com seus lados belo e feio, e produzir bons frutos a partir disso.

Os autores argumentam que “as lutas que Batman trava nas ruas e nos becos da cidade são as mesmas que encaramos todos os dias em nossa própria vida”, bem como suas tragédias pessoais são muito parecidas com as da maioria de nós. É justamente do equilíbrio de todas essas forças antagônicas que regem o mundo e principalmente nosso interior, que faz de nós mais ou menos heróis de nossa própria história.

A Lei do Equilíbrio Na Prática

A lei do equilíbrio é, para Deepak Chopra, o início de tudo. Ele está na capacidade de harmonizar as forças opostas do universo reconhecendo-as e fazendo uso delas. Com certeza, isso só é possível a partir de um conhecimento profundo do nosso interior, somente em contato com o self verdadeiro ou self transcendente conseguimos esse heroico equilíbrio.

Perceba que os super-heróis não são desprovidos de sombras. Eles têm passados tristes e trágicos, têm desejos incontáveis, alguns têm vícios e comportamentos amorais. No entanto, sem negar essa parte constitutiva de si mesmos eles conseguem elevar ao mesmo nível sua coragem, bondade, disponibilidade e outras características que provem uma transcendência da consciência e, consequentemente, o equilíbrio necessário.

Batman não era chamado de Cavaleiro das Trevas atoa. Esse nome lhe foi atribuído exatamente por estar o tempo todo envolvido por escuridão, medo e ansiedade, embora sua atuação revele sua luz na defesa dos fracos, da justiça e do bem comum.

Se ao conhecer a mitologia já encontrávamos deuses e deusas cheios de seus paradoxos, também os percebemos nos super-heróis, tanto os mais antigos quanto os contemporâneos – novos e repaginados. Os autores nos lembram que Deus, com o dilúvio, destruiu todos os habitantes da terra, e quase toda a criação. Shiva, na mitologia indiana, é conhecido como o “destruidor do universo” e Zeus, no panteão grego, tinha a fama de raivoso, atirando raios contra os que o irritavam.

Assim como os super-heróis nós temos em nós todas essas forças que precisam ser equilibradas. Somos advertidos ainda, pelo fato de que, por vezes, a parte maléfica dos super-heróis é mostrada nos seus antagonistas, os vilões. Nós também acabamos por renegar nossas sombras atribuindo-as aos outros, colocamos traves em nossos olhos que nos permitem ver apenas nossa luz e atribuir às sombras a quem está em nossa volta.

Como dica para desenvolver nosso equilíbrio, somos chamados a reconhecer e respeitas as nossas sombras, trabalhando para que elas não se sobressaiam à nossa luz. Além disso, é importante trabalharmos nosso quociente emocional para que nossas emoções não nos tomem, fazendo com que nossas ações sejam nocivas e desproporcionais. O equilíbrio pode ser conseguido por meio dessas dicas simples.

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