O comodismo é o ato de acomodar-se na vida, ou seja, de ficar do jeito que está, sem correr riscos e sem enfrentar as dificuldades. Por um lado, isso parece ótimo, afinal de contas, nos livramos de muitos problemas. Por outro, é preciso ressaltar que os comodistas não alcançam os seus objetivos, o que os afasta da felicidade.

É claro que você também não deve correr desesperado, sem saber para onde ir. É preciso planejar a realização dos seus sonhos e agir, passo a passo, para que isso aconteça. Só não podemos deixar de sonhar e de viver, por medo dos riscos que corremos. Não há nada de bom no comodismo, e você vai conhecer as principais consequências desse comportamento nocivo neste artigo. Boa leitura!

1. Dependência de outras pessoas

Quando nos acomodamos, automaticamente passamos a depender mais das outras pessoas. Isso pode acontecer de diversas formas: a dependência financeira de um parceiro, a dependência emocional, a dependência de um chefe para manter um emprego e até mesmo a dependência de caronas por não saber dirigir.

Quando uma pessoa tem outras que façam tudo por ela, dificilmente ela vai querer sair dessa zona de conforto, afinal de contas, elas tornam a sua vida muito mais fácil. No entanto, se, um dia, por algum motivo, esses indivíduos não puderem mais ajudá-la, ela ficará completamente perdida, sem saber o que fazer.

É claro que todos nós dependemos de outras pessoas em algum grau, mas é importante agir no sentido de amenizar essa dependência. Isso nos tornará mais autoconfiantes e diversificará as coisas que sabemos fazer. Assim, tornamo-nos mais independentes e capazes de criar o nosso próprio destino, o que é a chave da felicidade.

2. Ausência de objetivos pessoais

O comodismo quase sempre tem as suas origens no conformismo, que é a crença de que tudo está bem do jeito que está e que não há nada que possamos fazer para melhorar. Isso não é verdade. As pessoas precisam de objetivos que norteiem as suas vidas e que as animem para agir.

Assim, pense naquilo que você deseja conquistar: um namorado, um casamento, um carro, uma casa nova, mudar-se para outra cidade, ter filhos, adotar um cãozinho de estimação etc. É importante definir metas, das mais simples às mais complexas, pois são elas que nos movem e dão real sentido à vida.

Uma pessoa sem objetivos já deixou de viver. Para ela, tanto faz que as coisas mudem ou que continuem do jeito que estão. Essa postura não é bacana, pois impede as pessoas de alcançarem o estilo de vida que tanto desejam.

3. Estagnação profissional

Esse marasmo pessoal também pode se estender à vida profissional. Nesse caso, o comodismo leva as pessoas a fazerem sempre as mesmas coisas, mantendo-se no mesmo emprego, sem qualquer sombra de mudança. Isso pode ser interessante se você já tiver alcançado todos os seus objetivos profissionais, mas quantas pessoas podem dar-se a esse luxo?

Essa postura leva os indivíduos a deixarem de procurar oportunidades melhores. Assim, pessoas que não ganham o salário que gostariam de ganhar ou que nem mesmo desenvolvem atividades que lhe ofereçam um mínimo de prazer deixam de correr atrás de meios para resolver esses problemas.

Além disso, essas pessoas desenvolvem a crença de que não têm mais como crescer e, por isso, deixam de estudar. Como consequência, perdem oportunidades de serem promovidas, pois são “ultrapassadas” por pessoas motivadas em crescer e que nunca deixaram de estudar e de desenvolver novos conhecimentos e competências. Aliás, e se essa pessoa for demitida, o que fará para se recolocar no mercado?

4. Perda da capacidade de lidar com riscos e adversidades

Abandonar a postura comodista significa planejar e agir para a conquista de objetivos mais ousados. Naturalmente, lutar para alcançar as próprias metas é um desafio, pois nos expõe a determinados riscos. Além disso, nem sempre as coisas dão certo, o que demanda de nós a capacidade de recalcular a rota, de lidar com situações adversas e de sermos criativos e emocionalmente inteligentes para vencer esses desafios.

Uma pessoa comodista não se expõe aos riscos e não luta por objetivos, se é que os definiu. Consequentemente, ela perderá ou deixará de desenvolver a resiliência, que é a capacidade de lidar com as situações que fogem do seu controle ou que apresentam resultados indesejados. Quem nunca sai da zona de conforto não sabe o que fazer se esse conforto de repente “acabar”. São pessoas que tendem a sofrer mais com a instabilidade emocional, com a ansiedade e com o medo do desconhecido.

5. Perda da capacidade de aprender e de superar limites

É errando que se aprende, como diz a sabedoria popular. Contudo, como vimos, as pessoas que mergulham no comodismo deixam de correr riscos. Consequentemente, elas não cometem erros, mas também não aprendem nada. Elas se esquecem de que os nossos progressos na vida dependem dos conhecimentos que adquirimos e das habilidades que desenvolvemos, que são proporcionados pelos estudos e pelas vivências práticas.

Um comodista simplesmente deixa de estudar e não se expõe a novas vivências. Quem faz sempre as mesmas coisas, sem qualquer alteração, vai exercitar sempre as mesmas áreas do cérebro, ou seja, deixará de expandir os seus horizontes. Em decorrência disso, esse indivíduo deixará de testar as suas competências e não terá meios para superar os seus limites. Por isso, o comodismo promove uma espécie de “atrofia”, em que a pessoa deixa de crescer em diferentes aspectos.

6. Não realização dos seus sonhos

Em consequência de tudo o que já foi citado até aqui, não é nenhuma surpresa afirmar que as pessoas comodistas deixam de realizar os seus sonhos.

A realização de um sonho é um projeto difícil por natureza, pois demanda organização, planejamento, coragem e muita atitude. Se alcançar esses objetivos é difícil para qualquer pessoa, imagine para alguém comodista?

Esse tipo de pessoa simplesmente não define metas para si, não pensa em progredir, não se esforça para melhorar, não estuda, não procura melhores oportunidades de trabalho, enfim, não age. No máximo espera que uma oportunidade valiosa caia do céu.

Como são bem poucas as oportunidades que de fato vêm do alto, essas pessoas passam pela vida sem grandes realizações. Acostumam-se à mediocridade ou àquilo que os outros conquistam e compartilham com elas. Mas será que isso realmente significa felicidade?

Como você pode ver, o comodismo é um elemento perigoso. Ele pode ser um mecanismo de defesa em momentos difíceis e traumatizantes, quando queremos realmente fugir dos riscos. Todavia, sem nos expormos a eles, dificilmente alcançaremos o progresso a que almejamos. Portanto, planeje-se e proteja-se das adversidades da vida, mas não deixe de agir por medo delas. Coragem!

E você, ser de luz, como afasta o comodismo quando ele pensa em aparecer na sua vida? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!