As pessoas dedicam em média um terço das 24 horas do dia às suas atividades profissionais. Isso quer dizer que uma boa parte da nossa existência é devotada ao trabalho. Sendo assim, é importante que encontremos alguma motivação nessas atividades, a fim de que o trabalho não seja um tormento.
É fato que a remuneração é o grande objetivo de quem trabalha. Contudo, ela não é a única responsável pelos momentos em que a desmotivação parece desaparecer dessa área da vida. Neste artigo, reunimos 7 razões pelas quais as pessoas simplesmente perdem o interesse e a energia nas suas atividades profissionais. Será que você está sofrendo com alguma delas? Continue a leitura a seguir e descubra!
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1. Feedback inadequado
Os feedbacks são devolutivas que os líderes fazem sobre o desempenho dos seus colaboradores. É essencial que esse processo ocorra com certa frequência, de modo que o funcionário esteja ciente das suas forças e das suas limitações, tendo a oportunidade de agir para melhorar. Além disso, esses momentos revelam a transparência do líder e o seu desejo de que cada funcionário progrida.
No entanto, o feedback deve ser individual, em conversas particulares, com critérios específicos e com muito respeito. Broncas, gritarias e palavras de baixo calão podem traumatizar uma pessoa, o que não deve ser o caso. A ideia é motivar pelas palavras e dicas, e não pela ameaça e pelo medo. Essa postura certamente desmotiva os colaboradores.
2. Conflitos com colegas
O clima organizacional precisa ser minimamente harmônico para que as pessoas se sintam confortáveis em fazer parte daquela equipe. É claro que as pessoas nem sempre concordarão com tudo, mas isso não deve impedi-las de ter uma convivência pacífica.
Isso não ocorre nos ambientes em que existe competição desmedida, desonestidade, mentira, falsidade, “tapetes puxados”, fofoca, preconceito, bullying e comportamentos abusivos de qualquer tipo. Tão logo sinais como esses sejam identificados, cabe ao líder chamar os responsáveis para uma conversa franca e cortar imediatamente esses comportamentos tóxicos. Defina as regras da sua empresa e deixe bem claro que aqueles que as desrespeitarem não são dignos de trabalhar naquela equipe.
3. Metas inatingíveis ou pouco estimulantes
A maioria dos colaboradores de uma empresa trabalha movida por metas. Isso é importante para que as pessoas consigam canalizar a sua energia, mensurar a sua performance e, consequentemente, motivar-se para que sejam melhores a cada dia. Contudo, se as metas definidas estiverem muito distantes da realidade do indivíduo, ela se desanimará, por se sentirá pressionado de uma maneira que está além das suas capacidades. Pode até sentir-se sobrecarregado e adoecer física e mentalmente, como ocorre na síndrome de burnout.
Isso é terrível, pois o trabalhador começa a sentir-se incompetente, quando, na verdade, as metas é que estão fora da realidade. Entretanto, o mesmo vale para as metas pouco desafiadoras. Se elas estiverem muito abaixo das competências do profissional, ele também deixará de se esforçar e de se empenhar, afinal de contas, não há motivo para ir além. Tudo é uma questão de equilíbrio!
4. Problemas de comunicação interna
A comunicação interna é extremamente importante. As lideranças, por exemplo, precisam ser extremamente claras ao definir metas e objetivos, ao delegar funções, ao explicar o que deve ser feito, ao tirar as dúvidas dos colaboradores, ao fazer as correções necessárias, ao avaliar o desempenho obtido, ao reconhecer os bons trabalhos, enfim, em toda e qualquer interação.
Além disso, o líder deve estimular essa clareza de comunicação nos seus próprios funcionários. Eles precisam ser objetivos e detalhistas ao falar e ao escrever uns com os outros, de modo que nenhuma informação seja duvidosa ou ambígua. É importante apurar a veracidade dos fatos antes de comunicá-los e escolher o meio adequado para fazê-lo. Algumas situações podem ser resolvidas com uma mensagem de texto, enquanto outras exigem uma interação presencial.
Estabeleça uma cultura organizacional que divide claramente os contextos formais dos contextos informais e que seleciona adequadamente os canais de comunicação. Além disso, enquanto líder, faça parte do dia a dia da sua equipe e coloque-se à disposição de todos para auxiliá-los no que for preciso. Entenda que a comunicação é uma via de mão dupla, o que significa que você deverá falar, mas também ouvir.
5. Falta de reconhecimento
Quando falamos em reconhecimento no trabalho, quase sempre pensamos no aumento salarial e na promoção de cargo. De fato, esses são gestos concretos que resumem o quanto o líder admira aquele colaborador, a ponto de retribuir-lhe com posições mais altas. No entanto, essa não é a única possibilidade de expressar esse reconhecimento.
A sua empresa faz feedbacks completos, que incluem os aspectos positivos? Enquanto líder, você elogia quando acredita que o colaborador merece? Há algum tipo de prêmio destinado aos colaboradores que apresentam os melhores desempenhos? A comunicação é direta, em que o líder agradece a todos pelo empenho, conhece todos pelo nome e olha nos olhos das pessoas? A empresa tem programas de qualidade de vida, que demonstram que o funcionário é visto como um ser humano, e não como uma máquina de produzir?
Todos esses aspectos revelam o quanto a organização reconhece o seu colaborador. O simples fato de ser compreensivo se o funcionário precisar faltar para socorrer o filho doente, por exemplo, revela esse reconhecimento e o respeito pela dignidade do ser humano que ali trabalha.
6. Ausência de oportunidades de crescimento
Por outro lado, não podemos deixar de citar que a motivação realmente vai embora se o colaborador percebe que, mesmo alcançando as suas metas, não tem o salário aumentado ou uma chance de ser promovido. Por isso, as empresas que não têm planos de carreira para os seus colaboradores costumam ter rotatividades de funcionários mais altas, pois eles acabam mudando para organizações em que essa possibilidade de crescimento de fato existe.
Dessa forma, é essencial que os líderes da organização e que o departamento de recursos humanos se reúnam com cada colaborador, de modo a compreender os seus objetivos de carreira e de que maneira a empresa pode auxiliá-lo. Os planos de carreira consistem em progressões de cargo e de salário, que são atingidas depois de algum tempo de experiência e de bons resultados. Assim, os treinamentos de capacitação profissional, as avaliações de desempenho e os feedbacks devem fazer parte da organização.
7. Incompatibilidade de funções
Por fim, outro aspecto que é extremamente desmotivador ocorre quando uma pessoa é contratada para fazer determinadas atividades, mas acaba sendo responsabilizada por outras. Se um arquiteto, por exemplo, é apaixonado por arte e estudou muitos anos para executar projetos arquitetônicos, não faz sentido que ele seja contratado por um escritório apenas para fazer orçamentos de obras.
É claro que o orçamento faz parte da vida de qualquer arquiteto, mas será que é só dessa maneira que aquele colaborador pode contribuir com a empresa? Ele não tem talento para dar ideias ou ajudar na projeção dos ambientes? Não subaproveite as competências dos seus colaboradores. Isso é ruim para a empresa, que perde valiosas oportunidades, e para o funcionário, que se desmotiva ao perceber que não está colocando em prática os seus talentos, conhecimentos e habilidades.
Como você pode notar, a desmotivação no trabalho pode surgir de diversas maneiras. Assim, cabe aos colaboradores encontrar meios de resolver esses problemas, tão logo sejam diagnosticados. Da mesma forma, cabe às empresas e aos seus líderes serem mais enérgicos e planejados, a fim de evitar que as situações descritas acima aconteçam. Caso contrário, certamente os funcionários partirão para outros empregos.
E você, querida pessoa, já teve algum momento de desmotivação no trabalho? Quais foram as causas? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!