O estresse é um conjunto de reações físicas e emocionais que o organismo dá em resposta a determinados fatores externos, de modo que o indivíduo consiga enfrentar esses fatores, sobretudo os negativos. Se você vir um animal perigoso no seu caminho, por exemplo, perceberá uma série de reações físicas e emocionais para que você consiga se proteger, nem que seja para sair correndo.

O problema é que o estresse, quando surge de forma muito intensa ou muito recorrente, começa a provocar um desgaste na saúde física, na saúde mental, nos relacionamentos pessoais e até mesmo no desempenho no trabalho e nos estudos. Neste artigo, vamos compreender melhor as consequências do estresse nas diferentes áreas da vida. Continue a leitura e saiba mais sobre o tema!

Consequências físicas

O estresse pode ocorrer devido a diversos fatores: conflitos familiares ou conjugais, crises financeiras, discussões no trabalho, trânsito pesado nas grandes cidades, excesso de compromissos, e por aí vai. Aos poucos, esse estilo de vida começa a dar sinais emocionais, mas, frequentemente, as pessoas só começam a se preocupar com os efeitos do estresse quando ele atinge a saúde física.

Entre os principais efeitos do estresse sobre o corpo, é comum identificar:

  • Dor de cabeça/enxaqueca;
  • Tensão muscular;
  • Distúrbios gastrintestinais (azia, náusea, má digestão, vômito, diarreia ou prisão de ventre);
  • Sensação de fadiga contínua;
  • Dor no peito e taquicardia;
  • Respiração acelerada;
  • Tremores pelo corpo;
  • Insônia;
  • Respiração acelerada e boca seca;
  • Suor intenso;
  • Queda na imunidade, favorecendo o surgimento de reações alérgicas e quadros infecciosos com mais frequência.

Essas reações são disparadas pelo hormônio cortisol, que prepara o corpo para enfrentar uma situação estressante, como a fuga de um animal perigoso, por exemplo. No entanto, se esse hormônio é disparado com muita frequência ou com muita intensidade, ele pode ser mais nocivo do que benéfico. Ele pode disparar os batimentos cardíacos e a pressão arterial, podendo provocar um mal súbito, como um infarto.

Consequências emocionais

Além dos sintomas físicos, também há sinais emocionais do estresse, que normalmente são negligenciados, pois são interpretados como “frescura” ou “fraqueza”, o que não é verdade. Se as pessoas procurassem ajuda já diante dos sintomas emocionais, poderiam resolver os problemas mais rapidamente, antes mesmo que os sintomas físicos acima descritos aparecessem.

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Em geral, o estresse gera como resposta emocional mais comum a raiva. As pessoas ficam impacientes e facilmente irritáveis, muitas vezes descontando esse sentimento em quem não tem nada a ver com o fato causador. Além disso, os próprios efeitos físicos tendem a deixar a pessoa mais irritada e também preocupada, pensando que algo pode estar errado com o seu organismo.

Se as situações de estresse tornam-se rotineiras, ou seja, aparecem com muita frequência, é comum que o indivíduo passe a desenvolver uma visão naturalmente mais negativa sobre a vida, deixando de apreciar os bons momentos. Ele começa a prestar muita atenção nos problemas, desenvolvendo, nos quadros mais complexos, quadros de depressão ou de ansiedade. Além disso, para fugir do estresse, essa pessoa começa a evitar diversas situações potencialmente desafiadoras, isolando-se.

Consequências na vida pessoal

Diante dos sinais acima expostos, não fica difícil compreender as consequências na vida pessoal do indivíduo. Em situações constantes de estresse, ele acaba falando o que não devia e de maneiras explosivas e raivosas com o parceiro, os filhos, os familiares e até mesmo os amigos.

Além disso, quando o estresse é motivado por um acúmulo de compromissos e responsabilidades, essa pessoa pode acabar deixando de conviver com os amigos e familiares e se isolando. Ela também pode acabar abrindo mão de um estilo de vida mais saudável, deixando de alimentar-se de forma equilibrada, abandonando os exercícios físicos e até mesmo recorrendo a meios autodestrutivos para lidar com o estresse, como o álcool e outras drogas.

O estresse prolongado afeta também a autoestima do indivíduo, que, diante das dificuldades, se vê fragilizado e incapaz de superar os próprios problemas. Assim, ele tende a se isolar e a evitar diversas situações, prendendo-se à chamada “zona de conforto”. Dessa forma, ele fica cada vez mais irritável, emocionalmente instável, isolado, ansioso ou deprimido, afastando as pessoas da sua vida, sobretudo os amigos e até mesmo os familiares.

Consequências na vida profissional e acadêmica

O estresse também prejudica consideravelmente a vida profissional do indivíduo. Se ele tem explosões de raiva e instabilidade emocional com os amigos e familiares, ele também pode tê-las diante de colegas e até mesmo chefes. Essas crises de relacionamento podem isolar o indivíduo no ambiente e prejudicar a sua carreira, podendo até mesmo provocar demissões.

Além disso, como a pessoa estressada confia cada vez menos em si mesma, ela pode abrir mão dos desafios profissionais que poderiam alavancar a sua carreira. Como ela já está atarefada em excesso, ela pode enfrentar problemas de concentração, falhas de memória e erros de desatenção até mesmo em tarefas simples, comprometendo a sua imagem profissional. O estresse, devido às consequências físicas e emocionais, também aumenta os índices de faltas e atrasos.

O mesmo se aplica à vida acadêmica. O estudante estressado enfrenta basicamente esses mesmos problemas: mais faltas, mais atrasos, desmotivação geral para aprender, baixa autoestima, conflitos com colegas e professores, problemas de memória e atenção, dificuldade de aprendizagem, notas mais baixas, indisciplina escolar e até mesmo a desistência dos cursos que iniciou.

Encontrando soluções

O estresse é um fator que faz parte da vida humana, mas nós podemos trazê-lo de volta a níveis considerados saudáveis, sem apresentar as consequências acima descritas. Para isso, é importante que o indivíduo reconheça que o estresse está acima do normal e procure ajuda especializada. Essa ajuda se dá, sobretudo, com os psicólogos e com os médicos psiquiatras, que podem compreender o que se passa com a pessoa e recomendar tratamentos eficazes.

Além do auxílio desses profissionais, é importante saber dizer “não”, sem acumular mais compromissos do que de fato damos conta. É fundamental dedicar um tempo a cada área da vida, sem descuidar-se de nenhuma delas, inclusive da própria saúde. Por fim, procure alimentar-se com equilíbrio, dormir bem, praticar atividades físicas com regularidade, meditar e ter momentos de relaxamento e lazer, ao lado das pessoas de quem você gosta!

E você, querida pessoa, como lida com o estresse do dia a dia? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!