A ansiedade é considerada o mal do século. Enquanto transtorno mental, ela realmente pode prejudicar as pessoas, tanto na vida pessoal como na vida profissional. Por isso, é essencial que fiquemos atentos aos sintomas desse problema, de modo que possamos pedir ajuda quando necessário, pois há meios de tratar e prevenir esse transtorno.
Na vida profissional, a ansiedade tem demonstrado os seus impactos sobre as carreiras dos indivíduos, independentemente do cargo que ocupam ou da área em que atuam. O estresse do dia a dia infelizmente tornou-se algo “normal”, o que exige que as pessoas aprendam a lidar com ele, mas isso nem sempre ocorre. Nesses casos, surgem diversas consequências que afetam o desempenho profissional da pessoa, conforme você vai conferir neste artigo!
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O que é a ansiedade e quando ela se torna um problema?
A ansiedade é, na verdade, um mecanismo que a mente tem de proteger o indivíduo. Ela consiste em projetar na mente cenários negativos em relação ao futuro, de modo que a pessoa possa agir no presente para evitar que esses cenários se concretizem.
Quer um exemplo bem simples? Você olha para os dois lados da rua antes de atravessá-la, não é mesmo? Em uma fração de segundo, você cogitou a possibilidade de ser atropelado (cenário negativo) e tomou uma atitude preventiva para atravessar em segurança. Agradeça à sua ansiedade por estar vivo até hoje!
Portanto, a ansiedade em si não é um problema. O problema acontece quando esse mecanismo começa a ser ativado excessivamente ou de forma muito intensa, desproporcional aos riscos a que de fato estamos expostos. Aí sim estamos diante de uma doença psiquiátrica, que demanda tratamento, chamada “transtorno de ansiedade”, causada por fatores biológicos, sociais e ambientais.
Quais são os impactos do problema na carreira?
A ansiedade no trabalho pode ser benéfica, no sentido de que é ela quem o ajuda a planejar o seu futuro, a organizar as suas tarefas e a realizá-las, pois não fazer isso certamente poderia causar a sua demissão. No entanto, quando ela aparece de forma excessiva, constituindo um transtorno mental, ela impacta negativamente a vida profissional. Na sequência, você conferirá 7 consequências da ansiedade no trabalho.
1. Pessimismo e desânimo
Conforme citamos, a ansiedade é um mecanismo que dispara pensamentos extremamente negativos a fim de nos protegermos. No trabalho, o excesso de ansiedade pode gerar um pessimismo que causa sofrimento. O indivíduo está sempre achando que vai ser demitido, que o salário não vai ser pago, que o projeto vai dar errado, que o colega vai puxar o tapete dele, que o chefe não gosta dele, que vai perder o cliente, enfim, uma infinidade de cenários terríveis que não necessariamente são reais.
2. Medo e desistências
Essa constante maré de pensamentos negativos gera desânimo e medo, afinal de contas, uma pessoa que está sempre pensando em tudo o que pode dar errado fica apreensiva e angustiada. Muitas vezes, isso leva o indivíduo ansioso a recusar promoções, funções de maiores responsabilidades, projetos mais ousados e até mesmo apresentações em público que poderiam ser oportunidades de destaque. A ansiedade o impede de sair da zona de conforto, o que o mantém estacionário.
3. Perfeccionismo e baixa autoestima
As desistências que citamos acima frequentemente têm como causa uma condição muito associada à ansiedade: o perfeccionismo. O indivíduo perfeccionista quer que tudo seja perfeito, mesmo sabendo que a perfeição não existe. Isso o leva a considerar-se sempre incapaz de fazer algo, pois o nível das suas expectativas está sempre muito alto. Assim, ele se sente desanimado e com baixa autoestima, pois, para ele, é melhor não fazer nada do que fazer um trabalho que não seja excelente.
4. Oscilações emocionais
Tomando a ansiedade como um transtorno psiquiátrico, é sabido que ela altera os níveis de determinados neurotransmissores no cérebro. Em consequência, o indivíduo manifesta sinais emocionais que certamente impactam o seu trabalho e o seu relacionamento com colegas, chefes e clientes, como: tristeza, angústia, medo, irritabilidade, pensamentos negativos constantes, dificuldade de concentração, problemas de memória e atenção, impaciência, dificuldade de dizer “não” etc.
5. Sintomas físicos
Além das questões emocionais, o transtorno de ansiedade também desperta sintomas físicos, que causam crises responsáveis pelo afastamento de muitos funcionários. Entre esses sintomas, podemos citar: batimento cardíaco acelerado, elevação da pressão arterial, tensão muscular, boca seca, distúrbios gastrintestinais e urinários, tontura, sudorese intensa, dor de cabeça e nas costas, falta de ar, zumbido no ouvido, problemas de pele, alterações no ciclo menstrual, insônia, oscilações de apetite etc.
6. Queda de produtividade individual e em equipe
Considerando todos os sintomas físicos e emocionais citados acima, reflita: é possível que alguém mantenha a produtividade nessas condições? É claro que não. Por isso, o indivíduo que passa pelo transtorno de ansiedade tem a sua capacidade produtiva prejudicada. Consequentemente, ele também prejudica o desempenho da equipe da qual faz parte, afinal de contas, as funções de cada colaborador são interdependentes em um trabalho coletivo, desencadeando resultados negativos.
7. Maior absenteísmo
Por fim, é fato que o profissional ansioso provavelmente terá mais faltas e atrasos nos seus momentos de crise. Isso também prejudica a sua imagem na empresa e os resultados a serem obtidos, o que pode gerar punições e até mesmo a perda do emprego. Para evitar que isso ocorra, o melhor a se fazer é abrir o jogo com os líderes e explicar que se trata de um problema de saúde. Procurar tratamento o quanto antes é fundamental para restabelecer a qualidade de vida e a produtividade no trabalho.
Procure ajuda
Diante disso, se você se identificou com algum dos sinais acima descritos, pode ser que você esteja vivenciando um transtorno ansioso (lembrando que há vários tipos desse transtorno). Nesse caso, procure a ajuda de um médico psiquiatra e de um psicólogo o quanto antes para iniciar o seu tratamento — que, em geral, consiste em mudança de hábitos, psicoterapia e (quando necessário) uso de medicamentos.
E você, querida pessoa, já passou por episódios de ansiedade relacionados ao trabalho? De que maneira lidou com a situação? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!