Diz-se que as grandes crises revelam problemas que permaneciam adormecidos nas empresas. Muitas vezes, elas revelam também o tipo de comunicação que as pessoas que trabalham juntas costumam adotar. Pode ser que elas se comuniquem com clareza, de modo que consigam resolver os problemas. No entanto, pode ser também que elas se comuniquem de forma agressiva nesses momentos, o que serve apenas para agravá-los.

De um jeito ou de outro, o fato é que não se pode negar que a comunicação faz parte do dia a dia de trabalho, podendo ser usada tanto para o bem quanto para o mal. Neste artigo, propomos uma reflexão sobre a sua importância neste contexto e sobre os tipos de comunicação que existem. Boa leitura!

A importância da comunicação nas organizações

Comunicar significa “tornar uma ideia comum”, ou seja, fazer com que outras pessoas pensem na ideia que antes estava restrita à sua mente. Para tornar essas ideias comuns a outras pessoas, podemos recorrer a diferentes meios de comunicação, como as palavras escritas ou faladas, os gestos, as expressões faciais, a linguagem corporal, e por aí vai.

No ambiente de trabalho, as pessoas precisam adquirir a consciência de que o trabalho de um funcionário impacta o do outro, e vice-versa. Portanto, a comunicação cria sintonia entre as pessoas que trabalham juntas, de modo que cooperem umas com as outras para que alcancem os seus objetivos.

Os conflitos nas empresas frequentemente surgem porque informações não chegaram aonde deveriam ou porque chegaram de forma equivocada. Sendo assim, é primordial que as pessoas reflitam sobre as palavras que vão usar, sobre o canal de comunicação que vão escolher e até mesmo sobre o tom de voz que vão empregar na conversa.

Pessoas bem informadas amenizam o medo e a ansiedade, o que lhes permite tomar decisões mais eficazes. A questão é que essas informações só chegam às pessoas por meio da comunicação. É por isso que as reuniões e os grupos de trabalho são tão essenciais para um bom andamento das atividades.

4 tipos de comunicação no trabalho

PSC

A psicologia define 4 tipos de comunicação, e certamente algum deles está presente na sua equipe de trabalho. Conheça melhor esses tipos a seguir e confira o que é possível fazer para que os colaboradores interajam de forma clara e bem-sucedida.

1. Comunicação passiva

A comunicação passiva ocorre naqueles indivíduos que evitam tomar a dianteira diante de determinadas situações. Preferem falar pouco para evitar conflitos, podendo parecer tímidos. Essas pessoas tendem a ficar mais quietas durante as reuniões. Além disso, podem mudar de opinião quando estiverem sendo contrariadas, por medo do conflito. “Por mim tanto faz” é uma frase comum nesse tipo de comunicação.

Para lidar adequadamente com essas pessoas, dê preferência às interações individuais do que à comunicação em grupo. Assim, elas se sentirão mais à vontade para dizer o que pensam. Além disso, você também pode permitir que essas pessoas escrevam mensagens ou e-mails para que se comuniquem com mais tranquilidade.

Para que os comunicadores passivos se sintam mais confiantes em dizer o que pensam, é importante que os líderes e os colegas os tranquilizem e ofereçam segurança psicológica. Isso consiste em ressaltar que, naquele ambiente, toda e qualquer opinião que seja emitida de forma respeitosa será bem-recebida, mesmo que as pessoas não concordem com ela.

2. Comunicação agressiva

Os comunicadores agressivos estão no lado oposto dos passivos. Esses indivíduos são muito confiantes e nada tímidos. Falam bastante e sem medo de expressar os seus pontos de vista. Comunicam-se de forma clara e direta. Isso até parece uma postura saudável, mas a verdade é que as outras pessoas podem se sentir intimidadas ao discordar de um colega assim.

Essas pessoas costumam falar com clareza e até alguma imponência. Dominam as conversas e podem interromper outros colegas. Falam muito, desafiam as opiniões dos outros e nem sempre se importam com os sentimentos alheios.

Dessa forma, se você encontra pessoas assim na sua equipe, defina limites sobre a hora de falar e a hora de ouvir, bem como sobre maneiras educadas de discordar do que foi dito. Ao perceber que um indivíduo assim tem uma energia intensa para “descarregar”, procure conversar individualmente com ele.

3. Comunicação passivo-agressiva

A comunicação passivo-agressiva é aquela em que o indivíduo alterna entre os dois extremos de acordo com os seus próprios interesses. São pessoas que não se comunicam com clareza e utilizam as indiretas com frequência. Parecem simpáticos a alguns e antipáticos a outros.

Essas pessoas podem ser ora gentis, ora indiferentes. Pode ser também quem o tom de voz empregado e que a própria linguagem corporal/facial não coincidam com as palavras ditas. Essas pessoas expressam o seu descontentamento de forma obscura e não resolvem diretamente os problemas.

Ao conversar com uma pessoa assim, você deve fazer perguntas para que o indivíduo seja mais claro e objetivo quanto ao que sente e pensa. Isso o encorajará a tomar uma atitude diante dos próprios problemas. Se algum colega estiver evitando conversar com você ou fazendo comentários sarcásticos, chame-o em particular para esclarecer o que estiver acontecendo.

4. Comunicação assertiva

Por fim, temos a chamada comunicação assertiva, que, como o próprio nome sugere, é o estilo ideal. Nele, os indivíduos conseguem expressar as suas opiniões, concordando ou discordando com objetividade, mas sem querer impor o seu jeito de pensar e sem calar-se diante daquilo com que não concordam.

São pessoas extremamente objetivas na hora de resolver os conflitos e equilibradas ao respeitar o momento de falar e o momento de ouvir o que os outros têm a dizer. Esses indivíduos são claros, diretos, ajudam os colegas e pedem ajuda, resolvem os problemas assim que surgem, demonstram inteligência emocional e dão valor à opinião do outro, mesmo que discordem dela. Naturalmente, as pesquisas têm comprovado que o tipo de comunicação assertiva é o que mais produz resultados positivos no ambiente de trabalho.

Em geral, as pessoas têm um tipo de comunicação predominante, mas podem transitar entre vários deles, dependendo do contexto. O lado bom é que ninguém está destinado a comunicar-se de uma mesma maneira para sempre. Isso significa que todo indivíduo pode e deve identificar os pontos em que precisa melhorar em sua comunicação, aprendendo a expressar as suas ideias com mais assertividade. Isso é especialmente útil em tempos de crise, em que a comunicação assertiva promove a paz e o entendimento.

E você, querida pessoa, com qual dos tipos de comunicação citados acima se identifica? Em quais aspectos você acredita que deve melhorar em sua comunicação? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!