Nem todo chefe é um líder. Nem todo líder é um chefe. Isso acontece porque a liderança é um conjunto de habilidades e competências, o que não vem automaticamente com um cargo de chefia.

Um bom líder é, acima de tudo, alguém que inspira, que motiva, que toma decisões, que assume riscos, que presta auxílio e que orienta, enquanto um simples chefe pode limitar suas ações a dar ordens.

Nesse conjunto de fatores que caracterizam a atuação de um líder, a inteligência emocional é um elemento essencial. Mas você sabe o que é liderança? O que é inteligência emocional? O que uma coisa tem a ver com a outra? Continue a leitura deste artigo e descubra.

O que é liderança?

Liderança é a autoridade que um indivíduo conquistou e que exerce ao comandar as ações e tomar as decisões em nome de um grupo. Isso acontece nos departamentos das empresas, nos trabalhos de faculdade, nas comunidades, em projetos específicos e até mesmo dentro das próprias famílias.

No entanto, o trabalho de um líder não se resume a dar ordens. Ele deve identificar as habilidades e competências de cada um de seus liderados e distribuir-lhes tarefas compatíveis. Também deve auxiliar, tirar dúvidas, fortalecer a motivação dos colaboradores, avaliar seus desempenhos, solicitar as correções necessárias, promover contratações e/ou demissões e tentar manter um clima de produtividade e de harmonia no grupo.

O que é inteligência emocional?

Diz-se que um líder deve ser alguém emocionalmente inteligente para ser competente. A inteligência emocional consiste na capacidade que um indivíduo possui de identificar suas emoções, reconhecer suas causas e administrar a sua intensidade. Isso permite que as pessoas saibam como agir, mesmo diante das dificuldades e dos sentimentos negativos, procurando entender o que eles têm a ensinar.

PSC

A inteligência emocional também diz respeito à empatia, isto é, à nossa capacidade de identificar e respeitar as emoções do outro, procurando manter com ele um relacionamento saudável e harmônico. Um líder precisa administrar as suas próprias emoções e respeitar os indivíduos com os quais trabalha, daí a importância de ser emocionalmente inteligente para exercer essa missão.

7 atitudes de uma liderança marcada pela inteligência emocional

Ao ler essas definições, você pode estar se perguntando: quais hábitos caracterizam um líder com desenvolvida inteligência emocional? A seguir, você confere 7 bons exemplos de atitudes típicas de uma liderança emocionalmente inteligente.

1. Saber ouvir e incluir a equipe na tomada de decisões

Por ser um líder, o indivíduo sabe que a última palavra nas decisões a serem tomadas pertence a si. No entanto, isso não o torna o único do grupo a ter valor, conhecimento ou experiência. Cada pessoa que faz parte de uma equipe possui suas competências, habilidades e experiências.

Portanto, cabe ao líder saber ouvir e respeitar o que os outros têm a dizer. São eles os que executam as tarefas do dia a dia e, portanto, eles podem ter uma visão muito mais aprofundada sobre diversos aspectos do que o próprio líder. É preciso dar voz e vez a todos, fazendo da liderança uma gestão democrática.

2. Gerenciar o estresse e a ansiedade

Lidar diariamente com pessoas de diferentes personalidades, lidar com as cobranças dos chefes, cobrar resultados das equipes, avaliar o desempenho de diferentes pessoas e bater metas — tudo isso corresponde a apenas algumas das responsabilidades de um verdadeiro líder.

Se algo dá errado na equipe, quem responde é ele. Portanto, é natural que a responsabilidade pese sobre seus ombros, produzindo estresse e ansiedade. Assim, o líder precisa desenvolver mecanismos para aliviar esses fatores emocionais e manter a serenidade e o equilíbrio para lidar com todas essas demandas.

3. Dar ordens e feedbacks com clareza e respeito

Por falar em gerenciar o estresse e em lidar com pessoas diferentes, isso nos leva ao terceiro item da lista: dar ordens e feedbacks com respeito. Sempre que um líder atribuir uma tarefa a alguém, ele deve dar essa ordem conforme a sua autoridade, o que não deve ser confundido com autoritarismo, arrogância ou humilhações.

Da mesma forma, ao dar um feedback, o líder deve ser empático e respeitoso, mostrando ao colaborador o que deu certo e o que poderia ter sido melhor em seu desempenho. Isso deve ser feito sem raiva e sem ofensas, mas com o objetivo real de ajudar aquele funcionário a tornar-se um profissional mais competente a cada dia.

4. Tomar decisões com “cabeça fria”

Todo líder, seja de uma empresa, de um departamento ou de um projeto específico, precisa tomar decisões. É ele quem deve decidir o que deve ser feito, quando deve ser feito, como deve ser feito e por quem deve ser feito. Nesse sentido, é preciso ter visões estratégicas para que as melhores decisões possíveis sejam tomadas.

No calor do momento, péssimas escolhas são feitas. Por isso, um líder emocionalmente inteligente é capaz de respirar fundo, analisar as possibilidades e tomar as suas decisões num momento de maior frieza, sempre pesando os prós e contras. Na empolgação, na raiva ou na tristeza, nada deve ser feito. Como citamos anteriormente, cabe ao líder desenvolver mecanismos para “aliviar” as tensões emocionais.

5. Criar e manter um clima de harmonia

Cabe ao líder “dar o tom” do ambiente de trabalho. Um líder estressado estressa a todos os demais, enquanto um líder tranquilo e confiante transmite essa mesma tranquilidade aos colaboradores.

Por isso, todo líder deve fazer o possível para manter o clima no grupo tranquilo e descontraído. Ele deve fazer cobranças e “puxar a orelha” de quem merecer, mas não precisa se exaltar de forma desnecessária. O diálogo continua sendo a melhor maneira de prevenir e de remediar os conflitos. Educação, respeito e confiança são vias de mão dupla, ou seja, o que o líder exige é o que ele também deve dar de exemplo.

6. Identificar as forças individuais de cada membro da equipe

Persuasão, influência e empatia. Essas três palavras caracterizam um bom líder, daqueles que marcam a nossa passagem pelas empresas. Um líder que reúne essas três características consegue observar atentamente os seus funcionários e identificar quais são as suas principais características.

Com essa percepção aguçada, ele saberá que tipo de atividade produzirá melhores resultados para cada funcionário, como dirigir-se a cada um deles e o que esperar de cada um ao término de um projeto. Assim como um professor tem a sensibilidade de acompanhar a evolução de um aluno, o mesmo deve ser realizado pelos líderes para com seus liderados.

7. Motivar a equipe

Por fim, todo líder precisa realmente acreditar na importância daquilo que faz. Essa confiança do líder deve ser transmitida a toda a equipe, e ele precisa deixar claro aos seus colegas que confia plenamente nas competências e habilidades de cada um deles. Isso os tornará mais motivados e autoconfiantes, o que lhes permitirá executar um trabalho muito mais bem-feito.

Por fim, todo líder também precisa ser humilde e pedir feedbacks daqueles que são liderados por ele. Uma pessoa emocionalmente inteligente está sempre se preocupando em ser alguém melhor, o que não exclui os líderes. Por isso, muito deles pedem avaliações anônimas a seus liderados para que tenham uma noção de como a equipe está observando o seu desempenho.

Como é possível perceber, a inteligência emocional é muito importante para a liderança, pois ela torna as lideranças mais respeitosas e democráticas, ajuda as pessoas a administrarem o estresse, favorece tomadas de decisões mais sábias, permite a construção de um clima organizacional harmônico, torna as equipes mais motivadas e favorece a humildade do líder.

E você, conhece líderes emocionalmente inteligentes? Você se identifica com as atitudes acima, caso já seja um líder? Deixe um comentário no espaço abaixo com a sua opinião. Por fim, não se esqueça de compartilhar este artigo com todos aqueles que possam se beneficiar desta reflexão, em suas redes sociais.