Você já esteve num relacionamento em que apenas você abria mão dos seus desejos individuais em nome do interesse coletivo? Em que apenas você dizia “eu te amo”? Ou, de repente, percebeu que o outro era muito mais devotado a você do que você a ele? Esse tipo de relação geralmente traz muitos problemas, não é mesmo?

Isso acontece porque não há reciprocidade nesses casos. Essa palavra é muito importante em todos os tipos de relacionamento que estabelecemos em nossas vidas. Para saber mais sobre o seu real significado e importância, continue a leitura deste artigo.

O que é a reciprocidade e qual a sua importância?

Se você consultar o significado de “reciprocidade” num dicionário, vai se deparar com algo do tipo: “estado do que é recíproco, mútuo, do que se realiza ao mesmo tempo que outra coisa, em que há troca, cooperação; reciprocação”.

Em outras palavras, pode-se dizer que a reciprocidade ocorre quando duas ou mais pessoas estão envolvidas numa relação e todas elas dedicam-se igualmente para que ela dê certo. Todas as partes possuem sentimentos de respeito, consideração, afeto e até mesmo amor. Além disso, cada um desses indivíduos demonstra e age no sentido de cooperar com as outras pessoas para que essa relação seja verdadeiramente honesta, transparente, confiável e feliz.

Uma relação é recíproca quando os sentimentos são correspondidos, quando as alegrias são multiplicadas, quando as dificuldades são divididas e quando ninguém se sente injustiçado. A reciprocidade é, portanto, uma condição essencial para que as pessoas sejam felizes nas relações que estabelecem umas com as outras.

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4 dicas para um relacionamento com reciprocidade

Para que um relacionamento seja recíproco, precisamos analisar tanto as nossas próprias atitudes quanto as atitudes do outro, já que se trata de uma via de mão dupla. Confira as dicas a seguir para viver com reciprocidade.

1. Não seja o único a se dedicar à relação

“Eu tenho amor suficiente para nós dois, portanto, não tem problema que ele me ame menos do que eu o amo”. Você já deve ter visto alguma frase parecida com essa em alguma telenovela, filme ou livro, não é mesmo? Por mais romântica que pareça, ela é bastante problemática.

Ninguém merece fazer parte de um relacionamento em que só você ama, só você se sacrifica, só você abre mão dos seus interesses individuais, só você sente ciúmes, e por aí vai. No início, a sensação de estar apaixonado pode até amenizar os efeitos dessa desigualdade.

Em longo prazo, porém, começa a surgir um sentimento de desgaste e de sacrifícios que não trazem nenhum tipo de retorno. Isso não se sustenta por muito tempo, a não ser que a pessoa se submeta a essa balança desfavorável. Contudo, evite que isso aconteça. É por isso que se diz com tanta frequência que, antes de amarmos outra pessoa, é importante que saibamos amar a nós mesmos.

2. Não jogue todas as responsabilidades para o outro

Num relacionamento, vale aquela frase popular que aprendemos ainda na infância: “não faça ao outro aquilo que você não gostaria que fizessem com você”. Se você não deseja ser o único empenhado num relacionamento, não aja no sentido oposto — de jogar toda a responsabilidade da relação para a outra pessoa.

Será que você responde às declarações de amor que ouve? Você retribui os gestos de carinho que recebe? Você percebe e valoriza os sacrifícios que o seu parceiro tem feito para te ver feliz? São questionamentos que precisam ser realizados constantemente em nome da reciprocidade.

É preciso dividir despesas, trabalhos, tristezas, alegrias, sentimentos, amores. Numa relação, ninguém deve ter “papéis” predefinidos, mas alterná-los constantemente para que ninguém se sobrecarregue. A cooperação e os sentimentos mútuos são a chave de qualquer relação recíproca e, consequentemente, feliz.

3. Fale sobre os seus sentimentos

Um fato óbvio, mas de que muita gente se esquece é: as pessoas não podem adivinhar o que você sente. Num relacionamento feliz, há confiança o suficiente para que as partes envolvidas possam se abrir uma com a outra. Isso vale tanto para os sentimentos positivos, quanto para os sentimentos negativos.

Por isso, é importante que você diga, de preferência diariamente, o quanto o seu parceiro faz você feliz, faz a sua vida valer a pena e quais são as características dele que você mais admira.

Da mesma maneira, também é importante comunicar-lhe daqueles itens sobre os quais você não está muito satisfeito. Se a pessoa te decepcionou por algum motivo ou te magoou de alguma forma, explique o seu sentimento para ela. Não faça isso em tom de cobrança, mas dando à pessoa uma oportunidade de se explicar e de se reconciliar com você.

Nunca cobre alguém de algo que você não deixou claro desde o início. Portanto, para haver reciprocidade, é preciso haver transparência. Como você vai cobrar de alguém uma declaração de amor se você também nunca deixou claros os seus sentimentos por ela?

4. Procure um meio-termo

Há situações nos relacionamentos em que as pessoas envolvidas apresentam opiniões ou interesses opostos. Às vezes, uma pessoa consegue convencer a outra, mas nem sempre isso é possível.

Nesse último caso, o ideal é que todas as partes envolvidas se comprometam em ceder um pouco para que se encontrem num meio-termo. É aquele velho exemplo de quem deseja vender um item por 30 reais, mas o comprador acha que ele só vale 20. Então, os dois concluem a negociação por 25.

É claro que, nos relacionamentos pessoais ou amorosos, isso não é assim tão simples, mas é importante que todos saibam ceder de vez em quando, de forma equilibrada, isto é, sem que ninguém se sobrecarregue.

A reciprocidade só deve existir num relacionamento amoroso?

Quando falamos em reciprocidade, quase sempre nos vem à mente uma relação amorosa. Aliás, você pode ter lido este artigo até aqui com um relacionamento amoroso em mente. No entanto, é importante ressaltar que, em todas as relações saudáveis que estabelecemos, a reciprocidade é necessária, não apenas nas de essência amorosa.

Numa família, por exemplo, é essencial que os filhos ajudem os pais nos cuidados da casa. Não é justo que apenas os pais arrumem as camas e lavem a louça, enquanto as crianças são criadas sem qualquer noção de responsabilidade com o lar. Na velhice, é importante que os pais sejam cuidados igualmente pelos filhos, e não apenas por um ou por outro.

Nas amizades, algo similar ocorre. Há sempre aquele amigo que conversa, que faz uma visita, que planeja um encontro, que ajuda, que oferece conselhos etc. No entanto, é importante que as demais pessoas pertencentes a esse círculo de amizade tenham atitudes semelhantes. Não se pode exigir presença e companheirismo de alguém, mas a pessoa que exige está sempre ausente e indisposta a ajudar os amigos.

Por fim, também é necessário haver reciprocidade num ambiente de trabalho. Se você pede a ajuda de um colega em suas atividades, também deve estar disponível para quando ele precisar. Se um chefe confia em você e te oferece possibilidades de crescimento, você também deve ser leal e grato a ele pelo que tem feito.

Como você pode perceber, todo relacionamento saudável e duradouro depende da reciprocidade, que é uma troca de sentimentos, alegrias, dificuldades, responsabilidades etc. Num relacionamento recíproco, ninguém se sacrifica em excesso e ninguém se beneficia em excesso também. Há uma relação de equilíbrio, justiça e, consequentemente, felicidade.

E você, como tem avaliado os seus sentimentos? Eles são recíprocos? De que forma você pode tornar a reciprocidade mais evidente nas suas relações? Deixe o seu comentário no espaço abaixo e não se esqueça de levar estas dicas aos seus amigos, colegas, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas!