A diversidade de indivíduos é o que enriquece a humanidade, afinal de contas, todas as pessoas têm diferentes saberes, habilidades e traços que se destacam em sua personalidade. No entanto, há alguns elementos no jeito de ser de uma pessoa que podem ser mais nocivos do que benéficos.

Estamos falando de pessoas reativas, isto é, daquelas que apenas ajustam as suas atitudes diante das circunstâncias. São o oposto dos proativos, aqueles que “fazem acontecer”, como se diz popularmente. Neste artigo, você vai compreender melhor esses dois estilos de conduzir a vida e por que você deve desenvolver a proatividade. Preparado? Então, siga em frente e boa leitura!

O que é uma pessoa reativa?

As pessoas reativas são aquelas que não agem por conta própria, mas apenas reagem aos fatores externos. Todas as suas falas e ações são apenas respostas às atitudes dos outros e aos acontecimentos do dia a dia. Suas atitudes são sempre submetidas e adaptadas ao poder das circunstâncias e das condições que não dependem de si.

Para esses indivíduos, todo estímulo provoca uma reposta, e não há nada que possa ser feito para interferir nesse processo. É aquele tipo de pessoa que fica de péssimo humor sempre que o trânsito está congestionado, sem dar-se conta de que pode simplesmente abrir os vidros, ligar o rádio e fazer algo para efetivamente tornar a situação menos desagradável.

O que é uma pessoa proativa?

O oposto de uma pessoa reativa é o indivíduo proativo. Ele não espera que as circunstâncias ditem o que deve fazer. Ele analisa o cenário, é claro, mas identifica tudo o que ele pode fazer para torná-lo o melhor possível. Ele assume a parte de responsabilidade que lhe cabe diante das situações e toma iniciativa.

Esses indivíduos entendem que nem tudo está sob o seu controle. No entanto, agem em tudo aquilo que puderem, de acordo com o seu conhecimento e com os seus valores. Se percebem que algo precisa ser feito, vão e fazem, sem esperar que alguém lhes mande.

Preocupações e possibilidades de atitude

Toda pessoa tem preocupações na vida. Saúde física e mental, família, trabalho, finanças, e por aí vai. Podemos colocar todas essas preocupações em uma grande caixinha mental, incluindo tudo aquilo que nos tira o sono. No entanto, muitos dos itens que colocamos nessa caixinha podem ser retirados da caixa das preocupações e colocados em outra caixa, que é a das possibilidades de ação.

Por exemplo: se a empresa em que você trabalha está em crise e vai cortar o seu salário, este item deve ir para a caixa de preocupações. No entanto, você pode adicionar à caixa das possibilidades de ação atitudes como procurar outro emprego, controlar gastos ou fazer uma renda extra para evitar problemas financeiros.

As pessoas reativas focam apenas na caixa das preocupações, como se fossem vítimas fatais das circunstâncias da vida. As pessoas proativas, por sua vez, compreendem que há fatores sobre os quais nada podem fazer, mas concentram a sua energia na caixa das possibilidades de ação, isto é, naquilo que efetivamente podem fazer para amenizar os problemas e tornar a vida mais fácil e melhor.

Vitimização e poder de ação

Dessa forma, não é difícil concluir que as pessoas reativas têm uma tendência maior a apontar culpados, a reclamar da vida e a colocarem-se na posição de vítimas do destino, como se nada pudessem fazer para evitar ou solucionar as situações adversas. O foco nas preocupações drena tanta energia que o indivíduo deixa de visualizar aquilo que pode efetivamente fazer ou sente-se paralisado pelo medo.

Os indivíduos proativos, em contrapartida, conseguem focar nas possibilidades de ação. Isso confere a eles uma sensação de poder e de tranquilidade, já que são conscientes de que não são vítimas inertes de tudo o que acontece. Eles também são forças vivas que agem e respondem adequadamente às circunstâncias.

Os dois comportamentos são círculos viciosos. Quanto mais uma pessoa foca em suas preocupações, mais ela se sentirá em posição de vítima. Por outro lado, quanto mais uma pessoa foca nas suas possibilidades de ação, mais ela fará disso um hábito para lidar com os diferentes momentos de sua vida.

O estresse e a ansiedade

Isso nos leva a graves consequências acerca das pessoas reativas. Gastar tempo e energia diante das coisas que não estão sob o seu controle somente fará com que esses indivíduos fiquem desesperados, estressados e ansiosos. Essas pessoas passarão a ter medo da vida, pois a sua mente está programada para crer que elas não têm nenhum poder de ação diante dos fatos.

Se esse processo tornar-se crônico, isto é, persistente ao longo do tempo, o indivíduo pode ter dificuldade em separar as ameaças reais das que não passam de imaginação. Isso produz reações de raiva, medo e paralisia diante das situações, o que enfraquece a motivação e “rouba” a energia necessária para agir.

Como podemos ser mais proativos?

A formação da personalidade de um indivíduo é resultado de processos biológicos, genéticos e ambientais. Isso significa que esses três fatores atuam para fazer das pessoas mais reativas ou mais proativas. Por isso, mudar o temperamento de uma pessoa é algo complexo, mas, gradativamente, podemos desativar o modo reativo e ativar o modo proativo de viver. Confira as dicas a seguir!

1. Verifique as suas possibilidades de ação

Consulte a sua caixinha de preocupações e questione-se: o que você pode fazer para resolvê-las? Depois de diagnosticar um problema, é importante que você analise as características dele e as separe entre aquilo que não depende de você e aquilo que você pode fazer para tornar a situação mais agradável. Se sentir dificuldade nesses momentos, peça a ajude de alguém que você acredita ter uma visão mais proativa.

2. Cuide da sua linguagem

Muitas vezes, no correr do dia a dia, utilizamos palavras e frases que expressam e que reforçam uma série de crenças limitantes. Alguns exemplos são: “eu sou assim mesmo, agora não há como mudar”, “a vida é assim, não há nada que eu possa fazer” e “eu não sou capaz de…”.

Procure mudar a sua formulação de pensamento e as suas frases, substituindo-as por construções mais proativas, como: “vou analisar o que eu posso fazer”, “vou me concentrar no que está sob o meu controle” e “sou capaz de tomar uma decisão”. É algo que demanda algum trabalho e que vai ser gradativo, mas que tem boas chances de produzir ótimos resultados.

3. Medite

A meditação é uma técnica extremamente benéfica para a saúde mental e para o autoconhecimento. Assim, encontre um estilo que lhe agrade e faça da prática um hábito diário, mesmo que por poucos minutos. Ela favorece a clareza mental, o que o ajudará a ter discernimento diante das situações que estão ao seu alcance das que não estão. Além disso, a técnica ameniza a ansiedade e o estresse, favorecendo um estado de calma e tranquilidade.

4. Comece a agir

Além de modificar a sua mentalidade, aprenda a agir. Começar a tomar atitudes fará com que você perceba o quanto você tem poder diante das circunstâncias da vida. Não precisam ser grandes atitudes. Basta que você divida um grande problema em pequenas tarefas para que você, cumprindo-as aos poucos, seja capaz de solucioná-lo.

E você, querida pessoa, considera-se mais proativo ou reativo? O que tem feito para progredir nesse sentido? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, lembre-se de compartilhar este artigo com quem mais possa se beneficiar deste tema, por meio das suas redes sociais!