A perfeição é um mito. Todo mundo deve sempre dar o melhor de si em tudo aquilo que for fazer, mas acreditar que podemos ser perfeitos é uma ingenuidade, e até mesmo um perigo. A verdade é que todo e qualquer ser humano tem qualidades e defeitos, e o primeiro passo para ser feliz é admitir isso.
Uma pessoa jamais será verdadeiramente feliz se cobrar de si a perfeição. Criar expectativas que vão além das capacidades humanas é um gatilho para a frustração, o que pode até mesmo nos adoecer. Por outro lado, também não podemos simplesmente acreditar que somos seres feitos apenas de falhas e que não há nada que possamos fazer a respeito.
A verdadeira felicidade vem do equilíbrio entre reconhecer as nossas forças e identificar os aspectos em que podemos melhorar. Sem pressa, devemos compreender que a evolução pessoal é um exercício diário, que promove melhorias aos poucos. O importante é que sejamos consistentes, e tudo começa com a identificação das nossas qualidades e defeitos. Mas por que isso é tão importante? Como podemos reconhecer essas características? É o que você conferirá a seguir!
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Por que devemos reconhecer as nossas qualidades?
As qualidades de uma pessoa são todas as características que tornam a sua vida mais fácil ou mais feliz, ou ainda que facilitam e alegram as vidas daqueles que convivem com ela. Por isso, podemos citar como exemplos de qualidades a organização, o planejamento, a criatividade, a inteligência, a empatia, o altruísmo, o equilíbrio emocional, a determinação, o bom humor, e por aí vai.
Quando uma pessoa está em busca dos seus objetivos, frequentemente ela foca tanto no que ainda falta e no que ainda precisa desenvolver, que acaba se esquecendo daquilo em que ela já é boa. Isso pode provocar desânimo, desmotivação e perda da autoconfiança. Sendo assim, precisamos, de tempos em tempos, relembrar de quem somos, do que somos capazes, das vitórias que já conquistamos, das dificuldades que já superamos, enfim, das nossas características positivas.
Além de produzir esse bem-estar mental e essa autoconfiança, a identificação das nossas qualidades também é importante para que possamos definir com clareza os nossos objetivos. Se você é uma pessoa organizada, comunicativa e criativa, tendo o sonho de ser professor, o reconhecimento dessas qualidades certamente será um incentivo para seguir essa profissão, por exemplo.
Por que devemos reconhecer os nossos defeitos?
Aqui no blog, não gostamos muito de utilizar a palavra “defeito”. Preferimos substituí-la por “pontos de melhoria”, pois esse termo combate a ideia de características definitivas sobre as quais nada podemos fazer, dando lugar à ideia de aspectos que ainda não estão bons, mas que podem e devem ser desenvolvidos.
O reconhecimento das nossas qualidades nos leva à motivação e à tomada de decisões eficazes. A identificação dos defeitos, por sua vez, nos leva à humildade e ao reconhecimento de que há elementos que precisamos aprender, desenvolver e evoluir. Assim, se você deseja administrar melhor o seu dinheiro, por exemplo, mas sabe que a disciplina é um ponto fraco, o reconhecimento desse aspecto é o primeiro passo para corrigi-lo.
Como se diz na medicina, o diagnóstico é o primeiro passo do tratamento e da cura. Portanto, devemos reconhecer os aspectos em que precisamos melhorar justamente para que sejamos pessoas melhores. Além disso, essa noção de que não somos perfeitos nos ajuda a agir com humildade e com tolerância também diante das falhas das outras pessoas. Abraçar a nossa essência humana é um combate à arrogância e um estímulo a um convívio mais harmonioso com o outro.
Como podemos fazer isso?
Resumidamente, podemos dizer que identificar defeitos e qualidades é uma etapa do processo de autoconhecimento, ou seja, do ato de conhecer a si mesmo. Infelizmente, não temos como simplesmente fazer um curso sobre nós mesmos. O que precisamos é refletir sobre as nossas ações diárias, sem achar que somos perfeitos e que o mundo inteiro está errado, mas também sem achar que somos o fundo do poço, sem qualquer qualidade. Equilíbrio é tudo!
Na sequência, você conferirá 4 sugestões para fortalecer o seu autoconhecimento. Confira!
1. Reflita diariamente sobre as suas ações
Ao longo do dia, qualquer pessoa tem pontos altos e pontos baixos, ou seja, momentos bons e momentos que poderiam ser melhores. Ao fim do dia, reflita sobre o que aconteceu com serenidade. Nos momentos felizes, certamente você poderá reconhecer qualidades suas que contribuíram para que isso acontecesse. Se você resolveu um problema, é sinal de que você foi inteligente, objetivo, criativo etc.
Da mesma forma, a reflexão sobre os momentos não tão legais nos revela os aspectos em que devemos melhorar. Se você discutiu com alguém, por exemplo, não jogue toda a culpa na outra pessoa. Questione o que você poderia ter feito para evitar o conflito. Assuma a sua parcela de responsabilidade e aprenda com os próprios erros. Além da reflexão, a meditação diária é uma poderosa ferramenta de serenidade e autoconhecimento.
2. Tenha um diário ou um caderno de anotações
Refletir é um processo essencialmente mental. Por mais incrível que o nosso cérebro seja, é fato que nem sempre as informações que o habitam ficam organizadas. Nesse sentido, entenda que colocar os seus pensamentos no papel é uma maneira de visualizá-los e compreendê-los com mais clareza, oferecendo à sua mente um alívio e um estado de paz, sem remoer os pensamentos com tanta energia.
Por isso, uma dica bacana é ter um diário ou um caderno de pensamentos. Escrever o que se passa em nossas mentes facilita a compreensão das nossas atitudes, sentimentos, pensamentos, qualidades e pontos de melhoria. Faça disso um hábito. Você desenvolverá o seu autoconhecimento, ao mesmo tempo em oferecerá um alívio à sua mente ansiosa.
3. Peça feedbacks
Outra maneira de conhecer melhor a si mesmo é perguntar aos outros o que eles pensam a seu respeito. No entanto, essa dica precisa ser conduzida com muito cuidado, por dois motivos. O primeiro deles é que, por mais que um feedback seja interessante, não devemos atribuir à opinião dos outros mais importância do que ela merece. O segundo é que devemos saber a quem pedir esses feedbacks.
O ideal é escolher pessoas que de fato queiram o seu bem e que possam fazer críticas construtivas, e não que possam ofendê-lo gratuitamente. Um amigo verdadeiro ou um familiar de confiança podem dar a você feedbacks pessoais. Já um supervisor ou um colega de trabalho podem oferecer feedbacks profissionais. Ouça com atenção o que eles têm a dizer, sempre com o senso crítico de identificar se o que foi dito faz sentido e se é, de fato, uma crítica construtiva.
4. Procure ajuda profissional
Por fim, nunca é demais lembrar que há especialistas nos temas autodesenvolvimento e autoconhecimento. Estamos falando de escritores de autoajuda, filósofos, psicólogos, coaches e demais profissionais do comportamento humano. Conheça o trabalho deles, leia sobre o tema, participe de palestras e cursos sobre o assunto e amplie os seus conhecimentos.
Por fim, participe de sessões de psicoterapia ou de coaching, deixando claro ao terapeuta/coach o seu objetivo de conhecer melhor a si mesmo, sobretudo no que diz respeito às suas qualidades e aos seus pontos de melhoria. Nesse sentido, saiba que o Instituto Brasileiro de Coaching — IBC é a grande referência nacional em coaching, pois contamos com profissionais qualificados e técnicas específicas para que você desperte a melhor versão de si mesmo!
E você, querida pessoa, como tem avaliado o seu autoconhecimento? Consegue identificar as suas forças e pontos a serem desenvolvidos? Então, deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, que tal levar esta reflexão a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!