O corpo e a mente estão intimamente conectados, por essa razão, quando um não está bem o outro costuma a apresentar sinais também. Em se tratando das chamadas crises de pânico, que geralmente ocorrem com pessoas que sofrem de algum transtorno de ordem mental ou em situações de muito estresse, as sensações podem envolver tanto aspectos físicos quanto emocionais, como aperto no peito, falta de ar, angústia, medo de perder o controle, sudorese, palpitações, formigamento pelo corpo, entre outras.
Continue acompanhando para entender melhor o que uma pessoa sente ao sofrer uma crise de pânico, o que gera essas sensações, além de dicas para ajudá-la a amenizar os sintomas.
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Como é Ter uma Crise de Pânico?
As pessoas que já passaram por um ataque de pânico o descrevem como um forte sentimento de medo que surge sem avisar. E as reações costumam ser desproporcionais à realidade, pois, geralmente, não há nenhum perigo iminente que as justifique. Contudo, dentro da mente da pessoa que passa por isso, é como se algo muito ruim fosse acontecer e é essa a sensação que faz com que os demais sintomas apareçam.
As crises de pânico frequentemente envolvem uma combinação de sintomas emocionais, cognitivos e físicos. Quando experimenta uma crise como essa, a pessoa pode sentir vergonha por conta dos sintomas, além de sudorese, tremor e dor no peito. Ela pode ter medo de perder o controle sobre o seu corpo e a sua mente. Então, a junção dessas sensações pode causar sentimentos de medo intenso, fazendo com que deseje escapar de sua situação e não consiga.
Dentre os principais sintomas de uma crise de pânico, estão:
- Batimentos cardíacos acelerados e palpitações;
- Calafrios ou ondas de calor;
- Despersonalização, que é a sensação de estar se observando, como se estivesse em um filme;
- Dores no peito;
- Falta de ar e sensação de asfixia;
- Formigamento nas mãos e nos pés;
- Medo de perder o controle sobre si mesmo;
- Náuseas e dores no abdômen;
- Suor excessivo;
- Tontura e fraqueza.
Tipos de Crise de Pânico e Suas Causas
Pessoas podem experimentar crises de pânico por razões diferentes, assim, esses ataques podem ser classificados de três maneiras. A primeira é a crise inesperada, que pode ocorrer a qualquer momento, geralmente com pessoas que já possuem algum tipo de transtorno, como ansiedade, fobias, síndrome do pânico e depressão. Nesses casos, não há como prever que os sintomas irão aparecer.
O segundo tipo de crise está relacionado a alguma situação específica, que ocorre quando o indivíduo tem contato com algo que lhe causa medo. Esse é o caso de pessoas que têm medo de altura, que podem experimentar um ataque de pânico ao entrarem em um avião ou andarem em uma roda gigante em um parque de diversões, por exemplo. Ao saber que se sente assim nessas situações, torna-se possível prever essas crises e evitá-las.
O terceiro tipo é uma junção dos dois anteriores, pois envolve um agente gerador, mas não acontece exatamente durante a exposição a ele ou no início dela. Ainda citando o exemplo do avião, a crise não acontece assim que o indivíduo entra na aeronave, pode ocorrer após horas de voo ou após o fim do mesmo. Nesse caso, o ataque de pânico não é considerado previsível e nem imprevisível, porque não há a certeza de que irá acontecer, mas, ao mesmo tempo, existe uma probabilidade.
Ter uma Crise de Pânico Não Significa Ter Síndrome do Pânico
Em quadros de síndrome do pânico, as crises costumam ser um tanto quanto frequentes. Contudo, o fato de uma pessoa ter uma crise não significa que ela possua esse transtorno. Como disse anteriormente, esses ataques podem ser um sinal de outros problemas, como fobias, depressão e ansiedade, ou fruto de um grande nível de estresse.
De qualquer maneira, é sempre importante consultar um médico ao passar por uma situação como essa. Assim, ele poderá investigar a origem da crise, a fim de identificar se é um indício de um transtorno ou não. Lembre-se que procurar ajuda especializada ao notar qualquer anormalidade em relação a aspectos emocionais é tão importante quanto fazer o mesmo em relação à questões físicas.
5 Dicas Para Aliviar os Sintomas de uma Crise de Pânico
Existem algumas medidas que podem auxiliar a amenizar os sintomas de uma crise de pânico. Veja, a seguir, quais são elas.
1 – Ter a Consciência de Que Se Trata de uma Crise de Pânico
Em primeiro lugar, é preciso estar consciente de que se trata de uma crise de pânico. Isso porque os sintomas, muitas vezes, levam o indivíduo a acreditar que está sofrendo algo grave, como um ataque do coração, por exemplo. Assim, a ciência de que se trata de uma crise ajuda a trazer a calma, que certamente auxilia no alívio dos sintomas.
2 – Respirar Profundamente
A falta de ar é um dos principais sintomas de uma crise de pânico e a falta de oxigênio no cérebro faz com que o estresse se torne cada vez mais intenso. Desse modo, a respiração profunda se mostra como uma ótima maneira de reverter esse quadro. Além disso, se concentrar em respirar fará com que tire o foco dos pensamentos ruins.
3 – Concentrar-se no Momento Presente
Como as crises de pânico causam uma sensação de distanciamento da realidade, concentrar-se no momento presente pode ajudar a aliviar os sintomas. Para isso, é importante utilizar os sentidos para se conectar ao que está realmente vivendo. Sinta os seus pés tocando o chão, a textura do tecido da sua roupa, ouça os sons do ambiente, observe, viva o agora.
4 – Visualizar uma Situação Agradável
A mente humana é muito poderosa e você pode utilizá-la para se acalmar durante uma crise de pânico. Para isso, pense no lugar mais agradável que puder e se imagine nele. Pode ser a casa de um ente querido, uma praia paradisíaca, o que desejar. Pense em cada detalhe da paisagem, incluindo as suas sensações de estar lá.
5 – Faça Exercícios Leves
Praticar atividades físicas leves, como a caminhada, é mais uma maneira de se distrair e estimular o corpo a liberar endorfinas, que são neurotransmissores ligados ao bem-estar. Contudo, apenas faça isso caso não esteja com falta de ar, deixe para caminhar quando conseguir respirar normalmente.
Você já passou por uma crise de pânico? O que fez para que os sintomas desaparecessem? Compartilhe sua experiência nos comentários abaixo!
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