Essa pergunta pode parecer redundante, afinal, como pais e mães, nós sempre buscamos oferecer o melhor aos nossos filhos, não é mesmo? Bem, será verdade? De acordo com a forma como nós fomos educados, acabamos, ainda que de modo inconsciente, repetindo esses mesmos modelos com nossos filhos.
Por isso levantamos essa questão para convidar você que é, mãe ou pai, a fazer essa poderosa reflexão e avaliar a sua forma de educar as crianças. Será que a educação que você recebeu é a melhor para educar também os seus filhos? Acompanhe-nos nas reflexões a seguir!
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Reflexões para iniciar
Saiba de antemão que educação não tem nada a ver com dinheiro ou bens materiais. Ela se relaciona, em primeiro plano, com a relação direta entre você e eles. Nesse sentido, reflita.
Será que as crenças e os valores que você repassa aos seus filhos são os melhores mesmo? Será que os exemplos que você dá a eles estão ajudando a formar um bom caráter e verdadeiros cidadãos? Será que aquilo que você fala e repete diariamente já se tornou uma verdade para eles? Será que os seus pensamentos negativos estão sendo transferidos também? Como eles se comportam longe de você? Qual é a sua maneira de educar?
Pais e mães: os espelhos dos seus filhos
Como pais, nós somos os primeiros e mais importantes espelhos dos nossos filhos. É nos imitando que eles aprendem a falar, a caminhar e também a ter determinados comportamentos e crenças, que tanto podem torná-los seres humanos extraordinários como também pessoas difíceis de lidar.
Se, por exemplo, nós acreditamos e alimentamos sentimentos, emoções e ações positivas e somos bem-resolvidos e felizes, as nossas crianças certamente vão seguir por esse mesmo caminho e vão se tornar adultos empoderados, autoconfiantes, compassivos, generosos, respeitosos e justos.
Quando, por outro lado, alimentamos ideias, sentimentos e atitudes preconceituosas, comportamentos agressivos, atitudes antiéticas e contestáveis — como pessoas, pais e profissionais —, os nossos pequenos acabam achando que isso é normal, podendo ser igualmente preconceituosos, agressivos e inconsequentes. Portanto, se esses também são os exemplos que você dá a eles, como esperar que os seus descendentes sejam diferentes?
Empodere os seus filhos!
Obviamente, existem outros influenciadores da personalidade humana, porém, sabemos que, assim como nós aprendemos lá na infância a seguir as ideias dos nossos pais, os nossos filhos também fazem o mesmo. Por isso, estar atento à nossa forma de educá-los é essencial. Pensando nisso, a cada vez que você cogitar fazer ou dizer algo na frente ou para os seus filhos, pense muito bem antes no que vai dizer ou no modo como pretende agir.
Se você fizer com que acreditem que são pessoas capazes, inteligentes, bonitas, especiais e importantes, eles, com certeza, crescerão empoderados, mais autoconfiantes, felizes, otimistas e com a certeza de que são respeitados, reconhecidos e amados pelos seus pais. Maravilhoso!
Por outro lado, se você ficar dizendo e repetindo que os seus filhos são fracos, que não conseguem fazer nada sozinhos, que são menos inteligentes do que as outras crianças, mais desajeitados, que fazem tudo errado, os seus pequenos crescerão inseguros, com baixa autoestima, e se sentirão incapazes e sempre à deriva. É isso o que você quer?
Dicas gerais para criar filhos felizes e bem-sucedidos
- Não projete nos seus filhos os objetivos que você queria conquistar e não conseguiu. Eles são pessoas diferentes, com autonomia e sonhos próprios;
- Eduque por meio da palavra. As crianças precisam ouvir “sim” e “não”, mas também é importante justificar, ou seja, explicar os porquês das respostas que você dá. Não colocar o dedo na tomada é óbvio para você, adulto, mas não para a criança. Seja paciente e explique a ela como o mundo funciona. Você já sabe, mas ela ainda está descobrindo;
- Eduque por meio das atitudes. Além da palavra, o exemplo também é fundamental. Aliás, a criança começa a desconfiar dos próprios pais se não houver congruência entre o que eles dizem e o que eles fazem. Se você ensina que falar mal dos outros pelas costas é feio, não faça isso. Dê o exemplo;
- Corrija, mas não sufoque. Muitos pais acabam fazendo tudo para os filhos, roubando-lhes a autonomia. Se o seu filho está tentando fazer uma dobradura, por exemplo, deixe-o aprender com a própria experiência. Se você fizer tudo para ele, ele ficará sempre dependente e não desenvolverá a autoconfiança;
- Dê amor e carinho. As pessoas precisam de apoio e de saber que têm uma rede de apoio com a qual podem contar;
- Não desconte nas crianças o seu estresse do dia a dia. Gritos, ofensas e agressões de qualquer tipo são completamente disfuncionais e prejudiciais;
- Converse sobre tudo. Quanto mais você fizer a criança se sentir à vontade, mais ela confiará em você. Morte, sexo, medo, dinheiro — não permita que esses assuntos se tornem tabus;
- Reforce os bons comportamentos, mas sem abusar das recompensas. A criança deve entender que fazer o que é certo é benéfico, sem precisar sempre de um “presentinho” para isso;
- Transmita os seus valores, como: saúde, respeito, cuidado com os seus pertences, higiene, estudo, trabalho, respeito às diferenças, empatia, altruísmo. Ensine os princípios que você considera edificantes para uma vida responsável e feliz!
Conclusão
Concluindo, não faz sentido nenhum continuar a propagar ideias negativas e comportamentos nocivos, que apenas ferem e magoam as pessoas que você mais ama. Queremos lembrar você disso para convidá-lo a repensar sobre a educação que você está dando aos seus pequenos e, se for preciso; considerar mudanças.
Saiba que, quando você melhora e evolui como ser humano e cidadão, consequentemente, você também consegue evoluir como pai/mãe, tornar a vida dos seus filhos muito melhor, cumprir o seu importante papel e realmente ser uma referência positiva na vida deles. Seja, então, o melhor pai/mãe que você pode ser!
E você, querida pessoa, identifica fatores da educação que você recebeu que evita transmitir aos seus filhos? Quais mudanças nesse processo você já promoveu, a fim de criar filhos mais saudáveis e felizes? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!