Os processos de recrutamento e seleção de uma empresa são cruciais ao seu sucesso. Isso acontece porque é a partir desses processos que um quadro de colaboradores diversificado e competente pode ser formado. Dessa forma, os profissionais de recursos humanos devem ser bastante criteriosos ao conduzir a seleção.

O mais comum é que as empresas abram o recrutamento à sociedade como um todo, divulgando a vaga para que qualquer um que se sinta apto possa se inscrever. Todavia, existe também a possibilidade de comunicar a vaga apenas a quem já trabalha na empresa e queira mudar de cargo, em um processo conhecido como recrutamento interno.

Mas será que esse processo apresenta mais vantagens ou desvantagens? Será que vale a pena investir nessa estratégia? Neste artigo, você vai conferir algumas reflexões que podem ajudá-lo a responder a essas e outras perguntas. Siga em frente e tenha uma ótima leitura!

O que é o recrutamento interno?

Imagine que você trabalha no departamento financeiro de uma empresa, como analista. A organização, então, comunica que haverá uma seleção para o cargo de novo coordenador do departamento, já que o antigo está de saída.

Bem, se a empresa percebe que ali dentro já existem profissionais capacitados para assumir esse cargo, o que é o seu caso, ela pode dar a você e aos seus colegas a oportunidade de participar dessa seleção. Pode ser que nem seja necessário abrir a vaga externamente, concluindo em um processo de recrutamento e seleção interno.

Geralmente, os recrutamentos internos ocorrem justamente nessas circunstâncias: para que um colaborador consiga assumir um cargo mais alto. No entanto, se ele de repente quiser mudar de área, também pode ser uma oportunidade, embora isso não ocorra com tanta frequência.

Quais são as vantagens do recrutamento interno?

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Podemos elencar ao menos 7 razões para investir em recrutamento interno. Confira-as na sequência!

1. A empresa já conhece o candidato, e vice-versa

Nos processos de seleção internos, a empresa já sabe quem é o candidato, já conhece as suas habilidades, já tem o seu currículo e já identifica no dia a dia o seu perfil comportamental. Da mesma maneira, o colaborador já conhece a cultura e a estrutura da empresa, tendo uma noção mais clara sobre quais seriam as suas responsabilidades nesse novo cargo. Dessa forma, fica muito mais fácil e mais rápido tomar uma decisão acerca da aptidão do indivíduo à vaga em questão.

2. Valoriza e motiva o time interno

Quando uma empresa adota as seleções internas, ela automaticamente comunica as suas equipes de que elas são prioridade e que há um investimento na evolução de cada profissional ali dentro. Isso gera um sentimento de valorização, pois o colaborador percebe que pode crescer ali. Por isso, pode surgir também um espírito de mais motivação e dedicação ao trabalho, de modo que aqueles profissionais queiram mostrar as suas competências para que oportunidades internas surjam.

3. Incentiva a meritocracia

Um processo seletivo interno, desde que seja justo, certamente dará prioridade aos colaboradores mais experientes, mais bem-sucedidos, mais estudados e com melhores resultados para assumir uma nova posição. Isso cria uma atmosfera essencialmente meritocrática, em que cada indivíduo é recompensado de acordo com a qualidade daquilo que produziu ao longo do tempo. Trata-se de um estímulo ao desenvolvimento profissional, desde que, é claro, a empresa seja justa na avaliação.

4. É mais barato

As empresas gastam dinheiro para abrir vagas, divulgá-las nos sites de emprego, avaliar currículos, convocar os profissionais para entrevistas, realizar testes teóricos e práticos, contratar o indivíduo, realizar o processo de onboarding e promover cursos e treinamentos ao novo funcionário. Como nem todas essas etapas são necessárias em um recrutamento interno, é natural que a empresa também consiga economizar uma quantia razoável, em relação aos processos seletivos tradicionais.

5. Promove a retenção de talentos e reduz a rotatividade de colaboradores

Se um colaborador percebe que ele pode crescer na carreira dentro da empresa em que ele já está inserido, talvez ele não pense em sair dali. Por isso, o recrutamento interno reduz a rotatividade de funcionários, o chamado turnover, e aumenta a retenção de talentos. Muitas empresas perdem profissionais valiosíssimos por não oferecerem a eles chances de crescer. As seleções internas são uma maneira clara de evitar que isso ocorra, permitindo que o funcionário cresça ali mesmo.

6. Promove o sucesso do profissional

Imagine que um colaborador tenha entrado na empresa como estagiário. Aos poucos, ele foi participando de seleções internas e passou por diferentes cargos, como assistente, analisa júnior, analista pleno, coordenador de departamento, até tornar-se diretor. Sem sair do lugar físico, ele foi capaz de construir uma trajetória de sucesso, pois a organização lhe concedeu oportunidades para que isso ocorresse. Aproveitando que ele já está integrado ao ambiente, fica mais fácil evoluir e crescer.

7. Torna os processos mais ágeis

Por fim, conforme já citamos, um processo de recrutamento interno dispensa várias etapas das seleções tradicionais, o que o torna muito mais rápido e ágil. O departamento de recursos humanos e as próprias lideranças da organização já conhecem o perfil profissional e comportamental do colaborador, que, por sua vez, já conhece as dinâmicas e a cultura da empresa. A seleção é mais rápida, assim como a adaptação e integração do colaborador ao novo cargo.

Existe alguma desvantagem no processo?

Para não dizer que não falamos do “lado B” do recrutamento interno, podemos citar algumas desvantagens. A primeira e mais óbvia delas é que o recrutamento externo aumenta a diversidade de candidatos. Pode ser que a empresa realmente esteja necessitada de determinadas competências que ela não identifica no seu atual quadro de funcionários. Dessa forma, trazer alguém de fora pode contribuir com novas experiências e conhecimentos, enriquecendo a dinâmica de trabalho.

Além disso, algumas organizações defendem a ideia de que os processos de recrutamento interno geram uma competitividade excessiva, que pode até mesmo desencadear conflitos entre os funcionários. Se um colaborador não for selecionado, ele pode se sentir desmotivado e acreditar que as pessoas da sua própria empresa não confiam nas suas capacidades. Por isso, é essencial que o processo seja conduzido com muita transparência e com um feedback detalhado e humanizado.

Dessa forma, é possível concluir que o recrutamento interno é uma ótima oportunidade para promover a motivação e o crescimento de quem já faz parte da organização, além de ser mais ágil e mais barato do que o modelo tradicional de seleção. Contudo, se o objetivo da empresa é justamente diversificar e aumentar a sua quantidade de funcionários, aí realmente pode ser preferível recorrer ao recrutamento externo.

E você, querida pessoa, identifica mais vantagens ou desvantagens no recrutamento interno? Já teve alguma experiência nesse sentido? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!