Fazer Coaching com a própria família pode parecer um trabalho difícil, principalmente pelo risco da mistura de papéis entre coach e o filho, a esposa, o pai, a mãe, independente do grau de parentesco, ou até mesmo com um amigo muito íntimo. Quando nossos pais, filhos ou parceiros, tem algum problema, por mais profissionais que sejamos não podemos nos esquecer de que também somos humanos, ou seja, por mais que nos esforcemos para separar as coisas, estas dificuldades acabam nos acompanhado durante o processo de Coaching também.
Este é um processo que envolve autoconhecimento individual e coletivo, aceitação, respeito, ressignificação e deve ser livre de julgamentos. Por esses motivos, os papéis devem ficar bem claros e serem distintos durante a sessão de Coaching. Para criar o local seguro no Setting de Coaching, utilize 4 cadeiras, sendo cada uma delas para um papel distinto. A 1ª e a 2ª cadeiras pertencem ao coach e ao coachee, assim como orientado Setting de Coaching.
Lembrando que essas duas cadeiras devem ficar dentro do Ambiente Seguro. A 3ª e 4ª cadeiras devem ser posicionados o membro da família e quem vai conduzir a conversa, como por exemplo: a 3ª cadeira é a da mãe e a 4ª cadeira é a do filho, onde relações podem ser discutidas, também conhecida como a famosa D.R. (Discutir Relação).
Criando o Ambiente Seguro no Setting de Coaching
No processo de Coaching chamamos de ambiente seguro não apenas um local físico onde as pessoas se encontram para as sessões. Este conceito vai além do coachtório, pois representa estabelecer um vínculo de confiança entre coach e coachee, laços estes que são muitas vezes invisíveis, mas que conectam profunda e verdadeiramente cada uma destas partes importantes.
Como reflexo desta poderosa interação, cria-se então um ambiente seguro, onde o seu familiar sente-se acolhido, respeitado e honrado, num movimento sinérgico e propício a que dois se tornem três, vivam o Txai, entrem em rapport de almas, tenham a total sensação de segurança. Isso faz com que haja uma abertura infinitamente maior da pessoa a viver o processo de Coaching e todos os seus desdobramentos, e que pode ser definido pela palavra autoconhecimento.
Como funciona a Conversa de Coaching Familiar?
Durante a conversa pode haver a mistura de papéis. Essa teoria da troca de cadeiras está baseada no Psicodrama, na troca de papéis, também conhecida como Role Play. Por exemplo: O filho pode começar a conversa com a mãe, faz o Coaching Education e deixa claro o papel como filho e explicando quem é coach e quem é coachee. Também deve ficar claro o foco do Coaching para o familiar e quem de fato está no controle em determinado momento. Fazer acordos nesse momento é fundamental para que o processo funcione.
Para finalizar, o filho (coach) deve explicar como será a sessão para sua mãe (coachee). Se achar que está sendo filho e não coach, deve levantar-se e mudar de cadeira. Ao mudar de cadeira e iniciar o atendimento, se estiver no papel de coach, deve chamar a coachee pelo seu nome e se estiver conversando como filho, deve chamar a mãe como “mãe”. Dessa forma, a confusão de papéis será ajustada na outra cadeira e o foco da conversa mudará e não prejudicará o processo de Coaching.