Sigmund Schlomo Freud nasceu em 6 de maio, de 1856, em Pribor, então Áustria. Logo depois, em 1860, se mudou com sua família para a capital, Viena, onde viveu grande parte de sua vida e construiu grande história e legado.
Lá, aos 17 anos iniciou sua graduação em medicina, onde segundo relatos, não teve um desempenho notório. Entretanto, foi lá que ele deu origem ao seu trabalho como o conhecemos hoje. Em 1886, casou-se com Martha Bernays, com quem teve seis filhos e uma vida simples e modesta.
Freud morou em Viena até 1938, quando teve que refugiar-se na Inglaterra para fugir da Segunda Guerra Mundial, que estava prestes a começar, e do massacre aos judeus comandados por Hitler. Durante o holocausto, perdeu quatro de suas cinco irmãs em campos de concentração nazistas.
O Trabalho de Sigmund Freud
Sigmund passou muito tempo dedicado à pesquisa científica, entretanto, como ganhava muito pouco e precisava sustentar sua família, deixou esta área para trabalhar no hospital Geral de Viena. Lá, ele e outros parceiros fizeram um estudo pioneiro sobre os efeitos terapêuticos da cocaína, que acabou depois que um dos membros da equipe morreu de overdose.
Tudo muda quando viaja para a França e começa a trabalhar com o médico psiquiatra e neurologista, Jean-Martin Charcot no atendimento de mulheres jovens que sofriam repentinamente de problemas como: cegueira parcial, paralisia, disfunção motora.
Neste mesmo período, Freud conheceu as técnicas da hipnose e, por meio de sua aplicação, utilizou pela primeira vez esta poderosa ferramenta no tratamento da histeria. Além de massagem e terapia de repouso, Charcot, seu mentor, usava o método como uma forma direta de entrar na mente e acessar as informações guardadas no inconsciente da pessoa e, que segundo ele, poderiam ajudar a curá-la. De volta à Viena, Freud passou a replicar à técnica no atendimento e tratamento de suas pacientes.
A Psicanálise – A Cura Pela Fala
Segundo relatos históricos, foi graças à amizade e também as discussões de casos com o também médico austríaco, Josef Breuer, que Freud desenvolveu a Psicanálise. Foi por meio desta parceria que os primeiros artigos sobre o assunto vieram a público e apresentaram ao mundo “a cura pela fala”.
Breuer lançou o primeiro estudo de caso, relatando o tratamento ministrado numa mulher com histeria apenas por meio da fala, ou seja, da discussão direta, entre médico e paciente, dos problemas como uma forma de entender a questão e superá-la. Porém, diferente de Josef, Sigmund acreditava que todo o foco de repressão humana, como também as informações ocultadas eram sempre causadas por uma força de origem sexual.
Esta controvérsia fez com que os amigos fossem por caminhos diferentes e desfizessem sua parceria. Entretanto, mesmo sofrendo muitas críticas de parte da classe médica da época, Freud continua com seus estudos e avança para o que culminou no lançamento da obra “A Interpretação dos Sonhos”. Para escrever seu livro, por um tempo, o médico anotou e analisou seus próprios sonhos como uma forma de identificar, compreender e interpretar as origens de suas próprias neuroses.
Desta autoanálise surgiu a famosa teoria do “Complexo de Édipo”, uma vez que Sigmund concluiu que seus dilemas neuróticos eram provenientes de sua atração pela mãe e que era isso que o levava a ter problemas com o pai. Essa ideia, mais tarde seria confrontada e negada pelo psicólogo Bruno Bettelheim.
Além de A Interpretação dos Sonhos, Freud também lançou A Psicopatologia da Vida Cotidiana. Mesmo sendo contestado pela ala mais conservadora, ganhou respeito e admiração de médicos importantes como, por exemplo, Paul Eugen Bleuler, psiquiatra suíço que muito contribuiu para o tratamento da esquizofrenia e de Carl Jung, que posteriormente criaria a Psicologia Analítica.
Sigmund Freud morreu aos 83 anos, em Londres e, com certeza, deixou uma grande legado com seus estudos pioneiros e sua defesa da cura pela fala.